Publicado em 12/07/2013
Gurgel:
parecer sobre ação contra
Aécio sai em breve
O procurador-geral da República, afirmou que "nos próximos dias" emitirá parecer sobre a representação contra Aécio e sua irmã Andrea Neves
Agência Estado
Agência Estado
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) deve
ter em breve uma definição sobre a possibilidade de entrar na disputa com o
peso de uma investigação por suspeita de ocultação de patrimônio e sonegação
fiscal sobre a cabeça. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel,
afirmou nesta sexta-feira (12) que "nos próximos dias" emitirá
parecer sobre a representação feita contra Aécio e a irmã dele Andrea Neves.
"Ainda não conclui esse exame. É
uma questão que ainda está sendo examinada, mas haverá uma definição antes da
conclusão do meu mandato, sem dúvida nenhuma", declarou Gurgel,
referindo-se à representação. Ele esteve nesta sexta-feira em Belo Horizonte
para receber a Grande Medalha Presidente Juscelino Kubitschek, entregue pelo
governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia (PSDB), mas que foi concedida a
Gurgel em 2009, ainda durante a gestão de Aécio na administração estadual.
A representação contra o senador do
PSDB de Minas Gerais foi apresentada à Procuradoria da República, em maio de
2011, por deputados que fazem oposição ao governo do Estado. A justificativa
é de que Aécio declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de pouco mais de R$
617 mil, mas foi flagrado numa batida policial da Lei Seca no Rio dirigindo
um Land Rover. Aécio recusou-se a fazer o teste do bafômetro e contratou um
taxista para dirigir o carro até a residência que mantém na capital
fluminense.
O automóvel, avaliado em mais de R$
300 mil, estava em nome da Rádio Arco-Íris, retransmissora da Jovem Pan em
Belo Horizonte que pertence ao senador do PSDB, a Andrea e à mãe deles, Inês
Maria Neves Faria. De acordo com a Junta Comercial do Estado de Minas Gerais
(Jucemg), a rádio tem capital social de R$ 200 mil. Mas a arco-íris tinha
outros 11 carros na frota - pelo menos três importados.
Aécio entrou na sociedade no fim de
2010, após deixar o governo de Minas Gerais e ser eleito para o Senado.
O caso deflagrou uma briga interna no
Ministério Público Estadual (MPE) de Minas. Depois de o então
procurador-geral de Justiça do Estado, Alceu José Torres Marques, arquivar
representação para verificar se a Arco-Íris, que era dirigida pela irmã de
Aécio, recebia recursos do governo estadual durante a gestão dele - na qual
ela presidia o grupo técnico de comunicação da gestão estadual - integrantes
do bloco Minas Sem Censura, de oposição ao Poder Executivo, fizeram nova
denúncia ao MPE.
O promotor João Medeiros, da
Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, chegou a instaurar inquérito
civil para apurar repasses publicitários do Executivo, mas Marques avocou o
expediente e, novamente, arquivou a denúncia. O caso foi parar no Conselho
Nacional do Ministério Público (CNMP), que confirmou o arquivamento.
|
|
Notícias
relacionadas
|