sábado, 15 de março de 2014

DURA LEX, SED LEX : A expressão sofreu uma adaptação "literária" por FERNANDO TAVARES SABINO, escritor e jornalista brasileiro nascido em Belo Horizonte, ao pronunciar a conhecida frase: “Para os pobres, é DURA LEX, SED LEX... Para os ricos, é DURA LEX, SED LATEX”, que significa: "para os pobres a lei é dura mas é a lei, e para os ricos a lei é dura, mas estica". Com essa "adaptação", Fernando Sabino critica, DE FORMA BRILHANTE, a questão jurisdicional brasileira que possui, muitas vezes, a capacidade de adaptar a aplicação da lei de acordo com INTERESSES PRIVADOS...


O caso Furnas
e a cegueira seletiva
da justiça mineira
A notícia veiculada pelo Estadão nesta quarta-feira, 12 de março, de que o lobista da Alstom é o mesmo do esquema de Furnas acrescenta mais uma prova à existência de lavagem de dinheiro através da estatal. Enquanto isso, o jornalista Marco Aurélio Carone, principal divulgador de informações sobre o esquema de corrupção conhecido como Lista de Furnas, permanece preso sob o silêncio da mídia e da justiça mineira.

Já são muitos os fatos que remontam à existência do esquema em Furnas: o relatório da Polícia Federal comprovando a autenticidade da Lista de Furnas, a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro detalhando o esquema, a denúncia de Roberto Jefferson, o recibo apresentado pelo deputado Antônio Júlio e agora a ligação entre Furnas e o caso Alstom.

Contudo, parece que nada disso é suficiente para enquadrar o alto escalão do tucanato e reverter a situação do preso político Marco Aurélio Carone.


O silêncio sobre a prisão de Carone evidencia a estratégia de “dois pesos, duas medidas” adotada pelo judiciário em Minas Gerais: enquanto o jornalista, juntamente com o lobista Nilton Monteiro, segue preso mesmo sem condenação; os condenados de Felisburgo agora gozam dos privilégios de um habeas corpus.
Tudo ao sabor dos governantes do estado.