5º Encontros dos Movimentos Sociais
Análise de conjuntura e discussão sobre modelo energético marcam primeiro dia do Encontro dos Movimentos Sociais
Participantes do 5º Encontro dos Movimentos Sociais lotam o pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais Foto: Mateus Marotta |
Realizado na Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o 5º
Encontro dos movimentos sociais. O evento debateu diversos temas, dentre eles o
pedido de Plebiscito para a Reforma Constituinte e a diminuição dos valores do
ICMS cobrado, o que poderia gerar impacto direto sobre a diminuição no preço da
energia elétrica.
Na primeira mesa de
debates, composta por João Pedro Stédile (MST / Via Campesina) e Beatriz
Cerqueira (SindUTE / CUT MG), foi feita uma análise sobre a conjuntura política
atual do Brasil.
Para Stédile, os programas sociais implantados pelo governo PT
foram extremamente importantes.
“Em termos de distribuição de renda, todos os lados ganharam, os
banqueiros, os industriários, a classe média e os trabalhadores. A taxa
de desemprego caiu muito, praticamente não temos mais desemprego, o salário
mínimo aumentou acima da inflação” analisou a liderança do MST, mas, segundo
ele, é preciso pensar em medidas que gerem uma maior independência da população
frente a estes programas.
A líder sindical do SindUTE e CUT/MG, Beatriz Cerqueira, analisou
a política em Minas como sendo uma administração que despreza o trabalhador e é
totalmente voltada para as classes dominantes.
“Aqui em Minas Gerais não se barrou o projeto neoliberal e desde
2003 nós vemos o aprofundamento dele”, disse.
A professora disse ver com espanto a falta de conhecimento que
as pessoas em outros estados têm sobre o governo de Minas.
“Quando você comenta, para alguns parece coisa de servidor
público.”, observou.
Para ela, é preciso alertar todo o Brasil sobre o chamado
“Choque de Gestão”, que muitos consideram como sendo o modelo ideal para a
administração de seus estados.
Beatriz ainda ironizou o senador Aécio Neves, líder nacional do
PSDB e um dos responsáveis pela implantação do modelo de “Choque de Gestão”.
“Se fosse por vontade dele, ele seria um líder interplanetário”, disse.