sexta-feira, 27 de junho de 2014

A PRIVATARIA TUCANA AGINDO ANTES DAS ELEIÇÕES... SABEM QUE ESTARÃO FORA DO PODER EM MINAS E AS FALCATRUAS TERÃO DE SER REALIZADAS ANTES DOS RESULTADOS... PELO SIM, PELO NÃO.....................

 

QUINTA-FEIRA, 26 DE JUNHO DE 2014

PEC da Gasmig:

mais um capítulo da

privataria tucana


 Mais uma vez o tucanato e seus aliados acenam para o campo das privatizações. Eles parecem adorar esse tipo de manobra para desestatizar o patrimônio do povo e entregá-lo de mão beijada aos grandes grupos econômicos privados.

Na última terça-feira (24), foi apresentada na Assembléia Legislativa de Minas Gerais uma proposta de Emenda Parlamentar Estadual, que permitiria a venda de ações de empresas públicas que não são administradas de forma direta, ou seja, aquelas que não estão diretamente sobre a tutela do estado.
Caso da Gasmig, alvo direto da manobra, que tem como acionistas a Cemig (59,6%), a Petrobras – Gaspetro (40%) e o município de Belo Horizonte (0,4%).
Há no artigo 14 da Constituição Estadual (CE) um mecanismo, criado durante o governo Itamar Franco, que barra esse tipo de negociata com o patrimônio estatal. Trata-se da PEC 50, de 2001, da qual Rogério Correia foi relator. 
Esse Projeto de Emenda Constitucional protegeu as empresas públicas e suas subsidiárias da privatização e exigiu lei específica para alienação de ações. A PEC exige 3/5 dos votos dos deputados estaduais e que haja um referendo popular para que uma desestatização seja permitida. Ou seja, a população tem de ser ouvida nesse caso. Nada mais justo, se as empresas do estado pertencem ao povo mineiro, não a grupos políticos e econômicos.
Os 33 deputados da bancada governista parecem não concordar com isso e pretendem, através da PEC 68, alterar o artigo 14 da CE e negociar parte do controle acionário da Gasmig. 
Outro grande temor por parte dos trabalhadores e do Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais é o fato da alteração mexer no teor universal da lei, abrindo brechas para que novas privatizações sejam realizadas, podendo vir a prejudicar empresas como a COPASA.
Quem perde com isso é o povo mineiro, pois esta PEC beneficia o projeto neoliberal, visando apenas o lucro dos grandes grupos econômicos, tirando divisas das mãos do estado, que fica no prejuízo. 
Um exemplo disso é a parceria firmada entre a Cemig e a Companhia Espanhola de Gás Natural Fenosa (GNF). 
Esta associação deu origem à empresa Gás Natural do Brasil (GNB). Os termos da sociedade ainda não foram divulgados, mas o que se estipula é que a CEMIG ficará com no máximo 30 % das ações. Se isso também não é privatização, não sei mais o que é.
Uma reunião entre parlamentares e os trabalhadores da Gasmig esta semana buscará soluções para o impasse e pensará estratégias para conter os malefícios da PEC 68
Privatizações já deram muita dor de cabeça em Minas Gerais

Em Minas Gerais, os governos tucanos sempre causaram estragos ao patrimônio do estado. No passado, em esfera nacional, os tucanos privatizaram várias empresas consideradas não apenas tesouros dos brasileiros, mas com uma ligação muito íntima com o povo mineiro. Entre elas, a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD).
Vendida em 1997 por cerca de 3,3 bilhões de reais, hoje a CVRD está avaliada em mais de 180 bilhões de reais. No período em que foi privatizada, houve projeção de que vários empregos seriam gerados. Não foi o que de fato aconteceu. Em 2008, o então presidente Lula chegou a agir energicamente contra 1.300 demissões ocorridas na empresa.
Frente a quadros como esses, quais garantias os servidores da Gasmig têm quanto à segurança de seus empregos?