25
DE JUNHO DE 2014
A UTOPIA DESSA
GENTE DIFERENCIADA
É necessário então responsabilizar o PT,
partido que interrompeu a trajetória da concentração do capital e da
privatização do estado para a elite, por todos os males
Os patrões da mídia nunca suportaram o PT, Lula, Dilma e
toda essa gente brasileira batalhadora que insiste em mostrar seu valor. Isso
começou no século 16, mas atingiu o nível máximo da insuportabilidade com
criação do PT, ampliada nos últimos 12 anos com a chegada do primeiro operário
e da primeira mulher à presidência da República.
É necessário então
responsabilizar o PT, partido que interrompeu a trajetória da concentração do
capital e da privatização do estado para a elite, por todos os males. A corrupção?
É coisa só do PT? Partido algum tem corrupto, só o PT. Corruptor? Esses não
existem para mídia. São todos gente de bem, seduzidas por um partido de
companheiros bruxos e companheiras bruxas, capazes de enfeitiçar não só a plebe
ignara, mas também empresários incautos daqui e de outras terras.
Em "A
antiutopia pelega", Fernão Lara
Mesquita assegura que a semente do ódio está apenas no PT, jamais em quem abusa
da ficção para criar alianças entre o PCC e os black blocs para aterrorizar a
população, só para ficar num exemplo recente de jornalismo livre tão defendido
pelo articulista.
Aliás, o mesmo jornalismo livre responsável pelo caos
anunciado e tão desejado nos aeroportos, avenidas e arquibancadas, mas negado
pelos fatos nesta que já é considerada, por quem está aqui e quem assiste lá
fora, como a melhor Copa do Mundo de todos os tempos.
Os argumentos dessa
gente diferenciada que tem um conceito particularíssimo, privado até, de
democracia, estão cada vez menos convincentes para leitores, ouvintes e
telespectadores. Isso desagrada e provoca desespero nessa elite branca
preconceituosa e desconectada da realidade, como acentuou com precisão um seus
mais notáveis e honestos conhecedores, o ex-governador Cláudio Lembo.
Acreditando cumprir um
papel de guardião da lucidez e de profeta dos bons ensinamentos, Fernão Lara
Mesquita coloca o eleitor à frente de uma encruzilhada.
À esquerda o beco sem saída do ódio vermelho e branco do
petismo que tirou mais de 22 milhões de pessoas da extrema miséria e levou
outros 40 milhões a fazer parte da chamada nova classe C.
À direita, o caminho dos homens de muitos bens,
representado pelo candidato que o articulista e outros patrões da mídia apoiam
ardorosamente, mas não ousam dizer explicitamente o nome; que representa o
passado de um Brasil que foi três vezes ao FMI, que acha que salário mínimo
está alto demais, que têm na entrega do patrimônio público para grupos
internacionais o caminho da salvação eterna do país.
A escolha em outubro, diz Fernão Lara
Mesquita, vai decidir o destino de uma geração.
E vai mesmo!
Milhões que brasileiros vão escolher entre a continuidade das
mudanças rumo a um Brasil ainda mais participativo e inclusivo
ou
o retorno ao tempo em que o Estado era exclusividade de uma
elite predadora, ela sim a matriz e estimuladora do ódio àqueles que ousam
criticar e governar contra seus interesses e privilégios!