JORNALISMO INTERATIVO
1 página, 15 grupos|259.820 Visualizações
Cemig protela
solução
para ponte do Rio Ventaria,
em Grão Mogol
“Passos de tartaruga”
– nesse ritmo a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) trata de encontrar
uma medida paliativa para minorar o incômodo e o sofrimento de milhares de
pessoas que precisam atravessar a ponte sobre o Rio Ventaria, no município de
Grão Mogol.
Acompanhados do vice-prefeito de Grão Mogol, Hamilton Gonçalves
Nascimento, os vereadores Edmundo Martins da Rocha, presidente da Câmara
Municipal, e Alcir de Oliveira foram a Belo Horizonte se encontrar com o
diretor de Transmissão da Cemig, Luiz Henrique Castro Carvalho, para pedir
agilidade na solução paliativa do problema e a antecipação da solução
definitiva prometida para dezembro do próximo ano.
A ida deles à capital foi aprovada em reunião da Câmara Municipal, depois
da pouca eficiência de uma audiência pública realizada em 29 de agosto, no
Clube dos Garimpeiros, em Grão Mogol, quando a Cemig enviou sete representantes
e não levou solução.
Para os vereadores Antônio Messias e Aparecida Sandra Rosa, a empresa estaria
“empurrando com a barriga” o problema culpando a burocracia, enquanto os
usuários da ponte têm que dar voltas de 60 a 80 km para deixarem ou retornarem
às suas respectivas comunidades.
Se para os deputados Felipe Saraiva, federal, e Paulo Guedes, estadual,
que participaram do finalzinho da audiência e combinaram de ir juntos,
pessoalmente, ao presidente da Cemig pedir “solução rápida” do problema, tudo
parecia fácil, pois em se tratando de emergência caracterizada haveria
“dispensa de licitação”, nada mudou de lá para cá.
Quase um mês após a audiência pública, eles nem cumpriram com o prometido,
pois ainda não foram à Cemig, nem a Cemig cumpriu com a obrigação de dar pelo
menos uma solução paliativa.
O prefeito Jéferson Augusto de Figueiredo, presente à audiência pública
havia sugerido a instalação de uma balsa, mas a Cemig considera difícil esse
paliativo porque, segundo explicou, ontem, o vereador Alcyr Oliveira, “seria
mais demorada devido à necessidade de licença ambiental”.
A empresa promete ônibus para os moradores, com um roteiro
pré-estabelecido durante a semana e horários marcados.
O vereador Antônio Messias, um dos prejudicados pela interdição da ponte,
tem informação de que a Cemig protela a solução do problema “para transferi-lo
ao próximo governo”.
Assim que o agricultor Gentil Esteves de Oliveira, 60 anos, percebeu a
deterioração do pilar 3 da ponte sobre o Rio Ventania, construída pela empresa
Collem Moallem Construtora, que logo tirou o corpo fora, o prefeito de Grão
Mogol informou à Cemig e pediu providências.
Se na época a empresa tivesse tomado uma atitude, as comunidades atingidas
não estariam se sentindo revoltadas com essa situação nem sofreriam prejuízos
diários inestimáveis, pois dependem da ponte para tudo no dia a dia.
*SOBRE
ALBERTO
·
Sou de Montes Claros (MG). Nasci pelas mãos da Irmã
Beata. Comecei no Jornalismo aos 17 anos, na Redação do “O Jornal de Montes
Claros”. Fui de repórter até editor no Jornal “Estado de Minas” nas editorias
de Agropecuária, Meio Ambiente, Abastecimento e Economia. Trabalhei no “Hoje em
Dia” e na “Gazeta Mercantil”. Tenho Prêmio Esso de Jornalismo (Direitos
Humanos) e Prêmio Fenaj de Jornalismo (Meio Ambiente). Como repórter, rodei o
mundo. Fiz duas vezes a pé o Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha (800
km). Subi e desci a pé (300 km) o maciço da Serra da Mantiqueira três vezes,
rumo ao Santuário de N.S. Aparecida.