16 DE SETEMBRO DE 2014
PSB ASSUME:
QUER ABRIR O PRÉ-SAL
A
ESTRANGEIROS
Com todas as letras,
coordenador de campanha Walter Feldman disse a empresários em São Paulo que
modelo de partilha será mudado em caso de vitória de Marina Silva (PSB); pelo
atual regime, aprovado durante o governo Lula, o País fica com a maior parte dos
lucros obtidos e a Petrobras é parte obrigatória na exploração de todos os
campos; Feldman chamou política de "doutrinária" e errada e disse que
executivos do setor se queixaram do modelo; pelo regime de concessão, em vigor
do governo FHC e mais apropriado para áreas onde há menor quantidade de
petróleo, predominam os interesses das multinacionais;
proposta de acabar com o modelo de partilha também é defendida
pelo tucano Aécio Neves
247
– O PSB da candidata
Marina Silva assumiu: tem a intenção de priorizar o interesse das
multinacionais na exploração do pré-sal.
É o que prevê, pelo menos, a revisão do regime de partilha,
aprovado durante o governo Lula.
Nesta segunda-feira 15, durante encontro com empresários em São
Paulo, o coordenador da campanha da presidenciável, Walter Feldman, chamou a
política atual de "doutrinária" e errada.
No atual modelo, vigente para a exploração de áreas cuja
expectativa é de grandes quantidades de petróleo, o Estado fica com a maior
parte dos lucros obtidos e a participação da Petrobras é obrigatória na
exploração de todos os campos. Feldman argumenta que a situação financeira da
estatal não permite que isso seja praticado. "A própria Petrobras se diz
com dificuldades de responder a essa demanda", disse ele.
No modelo de concessão,
vigente durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e
apropriado para áreas de maior risco exploratório e com expectativa menor em
relação a quantidades, predominam os interesses das grandes multinacionais,
como Shell, BP (British Petroleum) e Chevron, que passariam a
explorar e obter a maior parte dos lucros da riqueza extraída de mares
brasileiros.
Segundo Walter
Feldman, executivos do setor criticaram a emissários da candidata, durante
encontro na semana passada, a política de conteúdo local – que prevê que 60%
dos componentes sejam feitos no Brasil.
Rever o regime de partilha na exploração de petróleo também é
uma proposta do candidato do PSDB, Aécio Neves, duramente criticada pelo
ex-presidente da ANP Haroldo Lima, em entrevista ao 247 concedida em abril
desse ano
( leia aqui ).
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