Apesar do pouco destaque dado pelos grande
veículos de comunicação do país, o Plebiscito Popular por uma Constituinte
Exclusiva e Soberana do Sistema Político conseguiu exatos 7.7754.436 milhões de
votos; 97,05% foram favoráveis à convocação do plebiscito pela reforma
politica; balanço da campanha foi divulgado hoje em coletiva na sede do
Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo; resultado das urnas será
entregue para Presidência da República, Congresso Nacional e Supremo Tribunal
Federal nos dias 14 e 15 de outubro; "O plebiscito popular teve o caráter
educativo de mostrar que há pessoas querendo modificações na política. Esse é o
momento para as organizações que ainda não participaram, se engajem nessa
luta", defendeu o presidente nacional da CUT,
Vagner Freitas
247 - Mesmo com o boicote dos grandes meios de comunicação, que
ignoraram o tema, o Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e
Soberana do Sistema Político conseguiu exatos 7.7754.436 milhões de votos nas
urnas fixas espalhada por todo o país e por meio da internet.
Do total, 97,05% (7.525.680) foram favoráveis à convocação da
consulta.
O balanço da campanha foi divulgado em coletiva na sede do
Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, nesta tarde desta
quarta-feira (24), e representa 95% das urnas apuradas. A expectativa é que o
número total seja apresentado até o próximo mês.
Os estados de São Paulo (2.617.703 votos), Minas Gerais
(1.354.399) e Bahia (774.218) lideraram a participação na campanha, que contou
até com eleitores em outros países, quesito em que a França lidera (4.621). Os
votos brancos e nulos somam 0,37% (28.691).
Presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, lembrou a relevância
dos números num cenário em que a parcela conservadora da sociedade brasileira
vende como negativa a participação na política por meio de movimentos sociais e
partidos.
"O plebiscito popular teve o caráter educativo de mostrar
que há pessoas querendo modificações na política. Esse é o momento para as
organizações que ainda não participaram, se engajem nessa luta", defendeu.
Manifestação em Brasília
A campanha entregará o resultado das urnas para a Presidência da
República, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, nos dias 14 e 15
de outubro, quando as 477 organizações que compuseram o plebiscito promoverão
um ato unificado em Brasília.
Vagner destacou a importância da campanha para pressionar o
Legislativo a convocar um plebiscito oficial e lembrou o Projeto de Decreto
Legislativo (PDL) que depende de 172 assinaturas, o equivalente a um terço da
Câmara, para ir ao plenário.
A proposta é encabeçada
pelos deputados federais Renato Simões (PT-SP) e Luiza Erundina (PSB-SP).
No Brasil, ao contrário de outros países, uma consulta popular
oficial é submetida ao Congresso. "A única forma de fazer a proposta andar
é pressionar por dentro e fora do Congresso e, principalmente, nas ruas como
forma de ganhar a consciência popular", definiu o dirigente.
Para o diretor Executivo da CUT, Júlio Turra a ideia de que não
dá para fazer uma reforma política com os parlamentares do atual Congresso é o
que unifica os movimentos.
"A ausência de reforma política trava as outras reformas
estruturais. Como fazer reforma agrária com um Congresso composto por 191
deputados e 14 senadores na bancada ruralista? Como reduzir a jornada com uma
maioria de congressistas capitalistas.
Como descriminalizar o
aborto se as mulheres são somente 9% da Câmara?", criticou.
Expectativa e mídia
Membro da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra (MST), João Paulo Rodrigues, acredita que, mesmo mudando
alguns nomes, o Congresso na próxima legislatura permanece definido por
"oito ou 10 empresas que montam sua bancada de acordo com seus
interesses."
"O resultado do plebiscito demonstra que há apoio popular
para a Constituinte Exclusiva e devemos aproveitar para envolver a juventude no
debate sobre os rumos do país", defendeu.
Representante da Consulta Popular, Paola Strada avaliou que a
mobilização nos estados conseguiu superar o silêncio da mídia, que não
repercutiu a campanha nem mesmo quando os candidatos à presidência da
República, Luciana Genro (PSOL), Marina Silva (PSB) e Pastor Everaldo (PSC)
participaram ou quando a presidenta Dilma Rousseff declarou apoio à iniciativa.
"O silêncio da mídia foi avassalador, ainda que tenhamos
tido muita luta nas ruas e atuação nas redes sociais. O que prova que ela não é
tão democrática. E nossa bandeira é justamente aprofundar a democracia
brasileira."
Histórico
A proposta de construção do plebiscito para debater o sistema
político é um dos resultados das manifestações de junho e julho do ano passado,
que sacudiram o Brasil.
O tema do Plebiscito apresenta questões relacionadas ao sistema
político, como o financiamento público de campanhas, a subrepresentação das
mulheres, indígenas e negros no parlamento e a importância do fortalecimento de
mecanismos de democracia, como a participação em conselhos e a construção de
referendos e plebiscitos,
que permitam ao povo participar das decisões
políticas de forma efetiva.
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