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15 de dezembro de 2014
Ataque a
Petrobras
na Bolsa tem
nome:
entreguem o
pré-sal
O ataque
especulativo que as ações da Petrobras estão sofrendo tem um significado muito
claro.
Não corresponde, em
hipótese alguma aos “perigos” que os desvios de recursos produzidos por Paulo
Roberto Costa e Cia possam ter produzido.
Mesmo que tenham
atingido o bilhão de reais que a mídia acena, isso não corresponde, sequer, a
um mês de lucro da companhia.
Há razões objetivas
óbvias para a queda que passam muito longe deste motivo: a queda de 40% no
preço do petróleo no mercado internacional.
Que só é
mencionada, nas análises de nosso jornalismo econômico muito en passant.
As perdas das
petroleiras no mercado acionário são generalizadas. Chevron, Shell e BP caíram,
desde outubro, algo em torno de 20%
Claro que as da
Petrobras, com ataque desfechado contra a empresa, no último mês, ultrapassaram
com folga as demais.
Qual é a chance que
o mercado vê?
A primeira, é
óbvio, é impor uma derrota a Dilma forçando-a a entregar a cabeça de Graça
Foster, em nome de deter o vórtice onde o mercado está lançando a petroleira
brasileira.
Mas isso é o
tático. O estratégico é…
Deixo que O Globo responda, no editorial que publicou
ontem.
“A política brasileira para o petróleo, extremamente concentrada
na Petrobras, terá de passar por uma revisão. Há sinais que isso começará a
ocorrer em 2015. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) vai propor ao Conselho
Nacional de Política Energética uma rodada de licitações no ano que vem com uma
oferta que englobe de 200 a 300 novas áreas destinadas à exploração. Após
tantos anos sem rodadas ou com ofertas minguadas a potenciais investidores,
2015 pode marcar uma reviravolta na política do petróleo.”
Leiloar áreas
petrolíferas, numa hora de depreciação do mercado é uma loucura que não pode ir
em frente. Porque as petroleiras, que não estão dando conta de tudo o que
investiram em exploração de novos campos na hora do petróleo em alta darão o
que para assumirem novos compromissos? Nada, é claro, ainda mais tendo que se
submeter a políticas de conteúdo nacional e prazos. Mas, aí, para atraí-las,
revogam-se as primeiras e dilatam-se os segundos, não é?
Mas tem mais,
querem ver?
“O próprio pré-sal também precisa de uma revisão nas regras de
exploração de futuros blocos. O governo Lula instituiu o modelo de partilha de
produção no pré-sal, tornando a Petrobras operadora única desses blocos, e com
uma participação de no mínimo 30% no consórcio investidor. Na prática,
ressuscitou o monopólio para essas áreas. Ambas as condições são inexequíveis
para a realidade financeira e gerencial da Petrobras.(…)Ainda que mantenha o
modelo de partilha para o pré-sal, o governo terá então de rever a obrigação de
a Petrobras ser a operadora única dos futuros blocos e ter um limite mínimo de
participação nos consórcios.”
Perto do que
pretendem fazer com o petróleo brasileiro, Paulo Roberto Costa era ladrão de
galinhas…