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30/12/2014
Nuvem de metano de 4000km2
está pairando sobre o oeste dos
Estados Unidos da América.
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O legado das perfurações em busca de combustíveis fósseis
é uma nuvem gigantesca, composta por poderosos gases estufa,
que pode ser vista do espaço.
Uma monstruosa nuvem de metano acumulado
- um potente gás estufa - agora paira sobre uma grande porção do oeste dos
Estados Unidos, de acordo com imagens de satélite analisadas pela NASA e
noticiadas pelo Washington Post.
Criada por causa de anos e anos de vazamentos intencionais de
gás natural durante as operações de perfuração do solo em busca de combustíveis
fósseis, a nuvem - invisível ao olho humano mas capturada por tecnologias
avançadas de imagens de satélite - está centrada sobre o noroeste do Novo
México e é descrita pelo Post como ''uma nuvem de metano do tamanho do estado
de Delaware, tão vasta que os cientistas questionaram seus dados quando a
estudaram há três anos.''
Alarmado pelo tamanho da nuvem, o pesquisador da NASA
Christian Frankenberg declarou ao Post, ''não podíamos ter certeza de que o
sinal era real.''
Apesar do fato de que, ano a ano, o metano é cada vez menos
lançado na atmosfera, o gás é vinte vezes mais poderoso enquanto gás estufa do
que o dióxido de carbono (CO2)
A acumulação de metano não é um problema novo, mas algo que
parece ter piorado a partir da perfuração hidráulica do solo (ou fracking) e
outras operações intensas de extração de combustíveis fósseis que continuam
aumentando no sudoeste do país.
A última análise da NASA sobre o
fenômeno descobriu que a nuvem possui aproximadamente ''uma extensão de 400
quiômetros quadrados.'' Frankenberg apontou que esta estimativa foi feita antes
do aumento mais recente da extração de gás e petróleo no sudeste americano.
Apesar da indústria ignorar os perigos da 'queima de gás' -
na qual o excesso de metano é simplesmente queimado durante o processo de
perfuração em busca de gás e petróleo - ambientalistas e cientistas do clima já
há muito tempo acionaram o alarme sobre o impacto do metano quanto ao
aquecimento global e aos danos ambientais.
E apesar do gás natural ser apresentado
como uma opção mais limpa do que o carvão, muitos estudos mostraram que ainda
que isso seja verdade, o fato de muito do gás escapar durante a extração e o
transporte faz com que o impacto cumulativo de seu efeito estufa seja igual ou
pior que o do carvão.
O gráfico abaixo foi criado pelo
Washinton Post a partir dos dados disponíveis:
Tradução
de Roberto Brilhante - Créditos da foto:
Faces of Fracking / Flickr
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