FCO.LAMBERTO FONTES
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6 de Agosto de 2016
ODEBRECHT IMPLODE TEMER
COM ENTREGA DE R$ 10 MILHÕES EM DINHEIRO VIVO
O governo provisório de Michel Temer está
chegando ao fim; além da pesquisa Vox Populi que revelou que apenas 17% dos
brasileiros querem que ele fique até 2018 e da vaia de 105 decibéis registrada
na abertura da Rio 2016, ele foi um dos principais nomes delatados por Marcelo
Odebrecht em sua colaboração premiada; Marcelo revelou que, após uma reunião no
Palácio do Jaburu, Temer, como vice-presidente da República e presidente
nacional do PMDB, pediu uma ajuda extra ao partido, que foi entregue em
dinheiro vivo: nada menos que R$ 10 milhões, dos quais R$ 4 milhões teriam sido
entregues a Eliseu Padilha, braço direito do interino; o restante foi doado ao
caixa dois de outros candidatos
247 – O governo provisório de Michel
Temer está chegando ao fim.
Motivo 1: uma pesquisa Vox
Populi, divulgada no sábado pela revista Carta Capital, revelou que 79% dos
brasileiros defendem sua saída (leia aqui).
Motivo dois: Temer recebeu
ontem, na abertura da Rio 2016, uma das maiores vaias da história, que atingiu
105 decibéis, mesmo tendo pedido para não ser citado na nominata das
autoridades presentes (leia aqui).
Motivo três, e mais importante:
o interino é um dos principais personagens da delação premiada de Marcelo
Odebrecht, maior empreiteiro do País, que começou a ser feita na última
quinta-feira.
De acordo com reportagem de Daniel Pereira (leia aqui),
Temer, na condição de vice-presidente da República e presidente nacional do
PMDB, promoveu um jantar com Marcelo Odebrecht, em que pediu ajuda extra para
os candidatos do partido.
Marcelo concordou e doou nada menos R$ 10 milhões,
via caixa dois, em dinheiro vivo.
Desta montanha de dinheiro, R$ 4 milhões foram entregues ao braço
direito de Temer, Eliseu Padilha, que é o atual chefe da Casa Civil.
O restante
foi doado a outras candidaturas, como a de Paulo Skaf, presidente da Fiesp, que
concorreu ao governo de São Paulo, em 2014.
Em nota, o interino confirmou o jantar, mas disse que ele e o
empresário conversaram “sobre auxílio financeiro da construtora Odebrecht a
campanhas eleitorais do PMDB, em absoluto acordo com a legislação eleitoral em
vigor e conforme foi depois declarado ao Tribunal Superior Eleitoral”.
Em 2014, a Odebrecht repassou R$ 11,3 milhões ao PMDB, mas Marcelo
pretende provar que, além desses recursos, também doou outros R$ 10 milhões,
via caixa dois, ao partido.
Eliseu Padilha também confirmou a negociação.
“Lembro que Marcelo
Odebrecht ficou de analisar a possibilidade de aportar contribuições de
campanha para a conta do PMDB, então presidido pelo presidente Michel Temer”,
afirmou.
Além de Marcelo, outros 50 executivos da empreiteira farão
delações premiadas – o que deve implodir todo o sistema político brasileiro.