FCO.LAMBERTO FONTES
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01 de agosto de 2016
Um dos agressores de Sabatella
é filho de envolvido
no escândalo do Banestado
A
informação de que Gustavo Abagge, aquele que chamou a atriz de “puta” em
Curitiba, é filho de Nicolau Elias Abagge, presidente do Banestado na época do
desfalque de bilhões de dólares, foi divulgada pelo jornalista Bob Fernandes,
que cobriu o caso.
Na época,
quem conduzia o processo era o juiz Sérgio Moro,
que
arquivou o caso de “da maior lavagem de dinheiro do mundo”
Por Redação
Um dos
agressores da atriz Letícia Sabatella na manifestação em Curitiba no último
domingo (31) foi identificado: Gustavo Abagge.
Depois que Abagge foi reconhecido, o jornalista Bob Fernandes
divulgou uma informação que vem repercutindo com força nas redes sociais: o
sujeito é filho de Nicolau Elias Abagge, presidente do Banestado em 1998, época
do desfalque bilionário de sonegação que foi noticiado pela Carta Capitalem edição extra, na
época, como “a maior lavagem de dinheiro do mundo”.
O
caso foi arquivado pelo juiz Sérgio
Moro na época e ninguém foi preso.
Ao pai
do agressor de Sabatella, a pena sugerida foi de dez anos de prisão.
Confira, abaixo, a íntegra da postagem de Bob Fernandes sobre o
caso.
“Leio que Gustavo Abagge é o cara
que chamou Leticia Sabatella de “puta” na manifestação de Curitiba. Gustavo
seria filho de Nicolau Elias Abagge, ex-presidente do Banestado, do Paraná.
Na farra das contas CC-5 este
banco, entre outros, tornou-se símbolo de lavanderia de dinheiro porco;
sonegado, na melhor das hipóteses.
Por ele, e outros, fortunas – me
lembro de certo Bilhão – eram enviadas para paraísos fiscais.
Quem conheceu as listas de dinheiro
enviado pra fora via gambiarras nas CC-5 sabe que muitos do que agora bradam,
e vários dos que mancheteiam contra a “córrupissão” estavam
naquela farra.
Conheci tais listas porque em 34 páginas
escrevi, em Maio de 98, a única edição extra de Carta Capital, “Brasil: a maior
lavagem de dinheiro do mundo”.
Tratava desse tema, toda a edição.
Lembrar daquela
longa apuração e ver certos tipos pontificando sobre “ética” nas ruas, mídias e
redes, provoca engulhos:
como
conseguem ser tão cínicos, tão hipócritas?
Mas voltando à
Sabatella, aos zurros curitibanos, e ao cara que é filho do cara, uma
constatação:
a neurociência avançou barbaridades, a
farmacopéia idem, mas o velho e bom Freud ainda explica muito…”