FCO.LAMBERTO FONTES
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20 / 09 / 2016
Por que a tese do
'domínio do fato'
não vale para os
verdadeiros 'capos'
que comandam a corrupção?
Se o ex-presidente Lula
foi apontado por procuradores do Ministério Público Federal (MPF) como o
"comandante máximo" do esquema de corrupção na Petrobras, pela tese
do domínio do fato, o que dizer dos principais acionistas e presidentes de empreiteiras,
que há décadas corrompem o poder público em busca de privilégios nas obras?
Se a tese do domínio do
fato vale para Lula, por que não vale na acusação dos corruptores, verdadeiros
'capos' que comandam os assaltos aos cofres públicos há gerações e gerações sem
punição?
Ao longo de todas essas décadas de
roubalheiras, os agentes políticos corruptos se renovaram, mas os corruptores
são sempre os mesmos, e com estes nada acontece.
Diretores de
empreiteiras vão presos, são condenados mas, após delações premiadas, acabam
com simples tornozeleiras eletrônicas, e continuam a usufruir do produto
milionário de seus roubos.
Alguns, pasmem, ganham
até bônus e gordos benefícios após fecharem acordo com a Justiça.
Executivos da Odebrecht que participam
de delação premiada, por exemplo, receberão cada um em média R$ 15 milhões por
ficarem inabilitados para trabalhar no ramo em que atuavam.
A Andrade Gutierrez
também estaria pagando indenizações de R$ 15 milhões aos que fechassem acordo
com a Justiça.
Nesta semana, o
ex-presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, foi condenado
por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa no âmbito da Lava
Jato.
A pena, que inicialmente era de 18 anos de prisão, se transformou em um
ano de prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica.
Enquanto isso, o país afunda numa severa
crise econômica, provocada pelos escândalos de corrupção que paralisaram a
economia e deixaram 12 milhões de desempregados.
Quem vai alimentar os
filhos dos pais sem trabalho?
Quem vai pagar os
remédios?
Quem vai pagar as
escolas?
Não há delação premiada
que justifique tantas perdas incalculáveis.