FCO.LAMBERTO FONTES
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26 de Setembro de 2016
TEREZA CRUVINEL Colunista do 247, Tereza Cruvinel é uma das mais respeitadas jornalistas políticas do País
LAVA JATO IGNORA PROPINAS
EM OBRAS DO PSDB E DO PMDB
Durante coletiva sobre a 35ª fase da Operação Lava Jato, o delegado Filipe Pace disse, e talvez tenha se arrependido, estar “documentalmente provado” que Marcelo Odebrecht coordenou pagamento de propinas relacionadas a várias obras federais e estaduais, citando, entre elas, o metrô e trens de São Paulo e a coleta e tratamento de lixo no Estado, além da reforma do aeroporto Santos Dumont e outras obras do Rio; "Estas ilicitudes, entretanto, estão vinculadas a governos do PSDB, no caso de São Paulo, e do PMDB, no caso do Rio", destaca Tereza Cruvinel, lembrando que o delegado "tergiversou" quando questionado "sobre os agentes identificados como recebedores destas propinas"; "Estes casos não interessaram à Lava Jato.
Afinal, não envolvem 'agentes políticos' do PT", afirma Tereza
Na
entrevista coletiva sobre a operação deflagrada hoje, e que resultou na prisão
do ex-ministro Antonio Pallocci, os porta-vozes da Lava Jato disseram, de
raspão, possuir planilhas da construtora Odebrecht sobre o pagamento de
propinas por obras realizadas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro e em
outras unidades da federação.
O
delegado Filipe Pace disse, e talvez tenha se arrependido, estar
“documentalmente provado” que Marcelo Odebrecht coordenou o pagamento de
propinas relacionadas com várias obras federais e estaduais, citando, entre
elas, obras para o metrô de São Paulo, para a Companhia de Transportes Urbanos
de São Paulo, para coleta e tratamento de lixo em São Paulo, além da reforma do
aeroporto Santos Dumont, obras no autódromo de Jacarepagá e de piscinas
olímpicas para os Jogos Panamericanos do Rio, entre outras tantas.
Estas
ilicitudes, entretanto, estão vinculadas a governos do PSDB, no caso de São
Paulo, e do PMDB, no caso do Rio. Quando a repórter da CBN perguntou sobre os
agentes identificados como recebedores destas propinas relacionadas a estes
contratos, ele citou o nome de “bagrinhos”, funcionários desconhecidos que
certamente não são os verdadeiros beneficiários. Tergiversou.
Estes
casos não interessaram à Lava Jato.
Afinal, não envolvem “agentes políticos” do
PT.
Pallocci agora é a bola da vez e seu papel no esquema petista foi apontado
como “mais relevante” que o do ex-ministro José Dirceu, até hoje sempre
qualificado como o grande operador.
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