FCO.LAMBERTO FONTES
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29 DE SETEMBRO DE 2016 ÀS 15:00
GREENWALD:
“GLOBO É A PRAGA PRINCIPAL DO BRASIL”
Jornalista
norte-americano Glenn Greenwald, do site The Intercept, publicou o comentário
em cima de um texto de J. P. Cuenca, em que ele descreve o evento de entrega do
Prêmio Comunique-se, onde "algumas categorias conseguiam a proeza de ter
todos os três indicados trabalhando para o grupo Globo"; Cuenca deixou a
Folha de S. Paulo e passou a escrever para o Intercept; seu primeiro texto é
sobre a censura
na imprensa brasileira
247 – "Mais nojento
do que pode ser expressado. Globo é a praga principal do Brasil mesmo",
publicou o jornalista Glenn Greenwald em seu Twitter, ao comentar um
texto de J. P. Cuenca, o mais novo
integrante do site The Intercept Brasil, a respeito do Prêmio Comunique-se,
cujo evento ocorreu na terça-feira 27.
"Para cada indicado, uma longa
propaganda de um dos patrocinadores era exibida nos telões, e aí subia o
gerente de marketing pra entregar o prêmio.
Só empresas representantes do
demônio na terra, tipo BAYER. Algumas categorias conseguiam a proeza de ter
todos os três indicados trabalhando para o grupo Globo", conta Cuenca.
Nesse texto, ele diz que muitos
presentes olhavam para ele e Greenwald, a sós numa mesa, como se fossem
"dois black blocs". E lembra que nenhum daqueles jornalões e canais
de TV reproduziu uma linha ou um segundo do furo do jornalista Inácio Vieira,
do Intercept: a fala de Temer em NY admitindo que o impeachment ocorreu porque
Dilma Rousseff não topou implementar o programa de governo do PMDB.
Em seu texto de estreia no The
Intercept, Cuenca traça um belo retrato – e dá muitos exemplos – de como
funciona a censura no Brasil.
"Em e-mails abertos, editores orientando
repórteres a manipular coberturas através de omissões e ênfases, já sem
qualquer pudor: é a era do 'podemos tirar se achar melhor'", cita.