FCO.LAMBERTO FONTES
Trabalha em JORNALISMO INTERATIVO
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11 de Fevereiro de 2017
A justiça
do jeitinho
Para
criminalizar o brasileiro, principalmente o pobre e o trabalhador, cunhou-se a
expressão "jeitinho brasileiro", usada seletivamente para desdenhar
dos arranjos muitas vezes legítimos, mesmo ilegais, que a criatividade de nossa
gente arquitetou para conviver numa sociedade pornograficamente desigual,
injusta, hipócrita, leviana...
Agora,
com mais uma decisão de uma justiça historicamente de dois pesos e duas
medidas, um magistrado deu nova aplicação ao termo: um jeitinho para resolver a
situação do "angorá", da camarilha golpista.
Segundo
decisão do juiz, o nobre ministro do ilegítimo poderá ser mantido no cargo, mas
perde o foro privilegiado.
É mais ou menos assim: o sujeito praticou um crime;
é condenado à prisão mas, sendo da turba do rei, pode cumprir uma prisão
domiciliar.
Esse
jeitinho justiceiro poderá ser confirmado por um togado supremo; daquela
excelsa corte que tem coronel e poderá receber nos próximos dias um plagiador
do "barco do amor", depois da devida vênia de senadores que
compartilham com o novo parceiro justiceiro as mesmas qualidades curriculares.
A
esculhambação nessa república das bananeiras transforma, diuturnamente, Al
Capone e seu bando num simples estagiário.
Enquanto
isso, pavões justiceiros de toga, aliados à mídia inquisitorial da casa grande,
continuam a praticar o terrorismo da operação lavajato, que não lava a lama dos
amigos tucanos, peemedebistas e seus aliados bandoleiros.
Sem
moral, as instituições e as autoridades perderam quase tudo; mas continuam
agarradas nas artimanhas da justiça para se manterem onde estão.
E com
os jeitinhos justiceiros, "la nave va"... mesmo que seja para o
precipício, levando junto toda uma nação que assiste em berço esplêndido, salvo
exceções, um espetáculo dantesco que, dia após dia, tem cenas horripilantes.