FCO.LAMBERTO FONTES
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18 de Maio de 2018
Leonardo Attuch é jornalista e editor-responsável
pelo 247,
além de colunista das revistas Istoé e Nordeste
Por que o brasileiro não confia na Justiça |
"Os brasileiros começam a se dar conta de que o Poder Judiciário no
Brasil tem lado e atende a interesses da classe dominante. O problema, no
entanto, é que o projeto dessas elites protegidas pela toga vem destruindo o
Brasil", diz o colunista Leonardo Attuch, editor do 247. "Tudo isso é
dramático, surreal e apenas confirma o que foi dito pelo grande profeta do
golpe de 2016, o senador Romero Jucá (MDB-RR), flagrado denunciando um
"golpe com Supremo, com tudo". Deposta sem crime de responsabilidade,
a presidente Dilma Rousseff já alertava que o golpe criaria um País com duas
classes: a dos brasileiros abaixo da lei e dos sujeitos acima da lei"
A pesquisa CNT/MDA desta semana trouxe um dado
mais interessante do que a confirmação de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva lidera, com folga, a sucessão presidencial, mantendo intacta sua força
eleitoral, mesmo após uma prisão que já dura mais de quarenta dias.
Trata-se da constatação de que, para
90% dos brasileiros, a Justiça não age de forma igual para todos.
Ou seja: ela é seletiva, parcial e, nos dias
atuais, atua de forma até partidária, perseguindo um campo político, o das
forças populares, e protegendo outro, justamente aquele das forças associadas
ao golpe de 2016.
Divulgada na segunda-feira, a pesquisa antecedeu
fatos que confirmaram seus números. Paulo Vieira de Souza, o operador de
propinas do PSDB, que movimentou mais de 120 milhões na Suíça, ganhou a
liberdade depois que ameaçou delatar tucanos graúdos.
Milton Lyra, que ocupava posição semelhante no
MDB, também foi solto. Para completar o quadro, mais um tesoureiro do PT, Paulo
Ferreira, foi condenado à prisão, enquanto o ex-ministro José Dirceu foi
sentenciado a uma pena de reclusão superior à de assassinos e estupradores.
Como cereja do bolo, o juiz Sergio Moro foi a Nova
York confraternizar com o ex-prefeito João Doria, que concorre ao governo de
São Paulo pelo PSDB...
Alguns dirão que as decisões de Gilmar Mendes
sobre Paulo Preto e Milton Lyra foram acertadas. Afinal, todo cidadão tem
direito à presunção de inocência e ao devido processo legal. No entanto, por
que os mesmos critérios não se aplicam a representantes de outras forças
políticas, acusados de delitos muito menores?
Como explicar que a presidente do Supremo Tribunal
Federal, Cármen Lúcia, tenha sido responsável, ao mesmo tempo, pela manobra que
mandou Lula à prisão e por outra que salvou o mandato do tucano Aécio Neves
(PSDB-MG), desmoralizado pelas gravações da JBS?
Sim, os brasileiros começam a se dar conta de que
o Poder Judiciário no Brasil tem lado e atende a interesses da classe
dominante.
O problema, no entanto, é que o
projeto dessas elites protegidas pela toga vem destruindo o Brasil.
Na semana passada, a pinguela para o passado ruiu,
o dólar disparou e saíram dados do IBGE que mostram que nunca houve tantos
desempregados no País. Se isso não bastasse, nada menos do que seis líderes
europeus condenaram a prisão política de Lula e denunciaram o uso do Poder
Judiciário como instrumento de supressão da democracia.
Tudo isso é dramático, surreal e apenas confirma o
que foi dito pelo grande profeta do golpe de 2016, o senador Romero Jucá
(MDB-RR), flagrado denunciando um "golpe com
Supremo, com tudo".
Deposta sem crime de responsabilidade, a presidente
Dilma Rousseff já alertava que o golpe criaria um País com duas classes:
a dos
brasileiros abaixo da lei e dos sujeitos acima da lei.