Publicado em
20/05/2013
EDITORIAL:
VENDE-SE O BRASIL
Geraldo
Elísio escreve no "Novojornal". Prêmio Esso Regional de jornalismo,
passado e presente embasam as suas análises
Por Geraldo
Elísio
"Sou um amante fanático da liberdade, considerando-a como o
único espaço onde podem crescer e desenvolver-se a inteligência, a dignidade e
a felicidade dos homens; não esta liberdade formal, outorgada e regulamentada
pelo Estado, mentira eterna que, em realidade, representa apenas o privilégio
de alguns, apoiada na escravidão de todos; (...) só aceito uma única liberdade
que possa ser realmente digna deste nome, a liberdade que consiste no pleno
desenvolvimento de todas as potencialidades materiais, intelectuais e morais
que se encontrem em estado latente em cada um (...)." - Mikhail
Alexandrovich Bakunin
Ao se eleger presidente
nacional do PSDB, o tucano Aécio Neves deu visíveis mostras de sua caducidade
apostando todas as suas fichas na falácia de que o povo não tem memória. Em
primeiro lugar ele retirou da tumba o “faraó” Fernando Henrique Cardoso,
fraudador da dívida externa brasileira segundo o deputado federal delegado
Protógenes Queiroz (PC do B/SP), hoje licenciado da Polícia Federal.
O povo não deve se esquecer de que FHC literalmente comprou a sua
reeleição pagando 200 mil reais por cabeça. Se alguém tiver alguma dúvida sobre
este episódio basta recorrer aos arquivos da mídia impressa e clippings
eletrônicos para saber que os deputados federais João Maia e Ronivon Santiago,
do Acre, foram expulsos do então PFL, hoje DEM, por esta prática imoral. Os
“demonofrênicos tucanopatas”, expressão cunhada pelo internauta Gilson Lima,
talvez sem querer ou precipitadamente tatuasse a testa de Fernando Henrique Cardoso
a ferro e fogo com esta pecha de vergonha que ele não tem.
Além do mais foi Fernando Henrique Cardoso que mudou as regras da
Previdência Social submetendo todos os aposentados ao nefando Fator
Previdenciário, uma eutanásia econômica que igualmente irá prejudicar todos os
trabalhadores brasileiros em seu conjunto cada um a seu tempo do futuro. Nas
universidades federais os professores se quiserem se aposentar com os salários
integrais que ganham hoje terão de aderir a um programa de aposentadoria complementar
sem o qual isto não ocorrerá. É uma exigência da banca internacional que não
abre mão de abocanhar a Previdência Social pouco se importando se os salários
serão reduzidos na hora em que o cidadão mais precisa. Talvez o objetivo seja
mesmo a eliminação física das pessoas para facilitar a concentração de rendas
preconizada pelo neoliberalismo de Milton Friedman e justificar a teoria de
Francis Fukuyama para quem a história acabou. Na terra do herói Tiradentes que
ofereceu a sua vida lutando pela liberdade ele tem o desplante de falar em
entrega e patrocinar a neocolonização para atender os interesses dos patrões
dele de além mar.
Acusado de ser usuário de drogas ilícitas pesadas – por que Aécio
não me processa quando eu escrevo isto e assino em baixo o meu nome? – no
discurso para o qual se elegeu presidente dos tucanos, uma ave que segundo o
doutor Ulisses Guimarães “É voraz, de vôo curto e tem incontinência
intestinal”, ele voltou a defender as privatizações que tão mal fizeram ao
Brasil, beneficiando unicamente a Europa e os EUA em crise.
Privatizar o quê? A Petrobrás, transformando-a em Petrobrax? O
Banco do Brasil? A Caixa Econômica Federal. Internacionalizando a Amazônia?
Transformando o nosso Exército, Marinha e Aeronáutica em organismos policiais?
Doando as nossas riquezas naturais a exemplo do nióbio a grupos estrangeiros?
Sei não! Essa gente deve ter em suas veias o sangue de Joaquim Silvério dos
Reis, aquele que pôs a perder a Conjuração Mineira visando a nossa
independência e liberdade.
Aécio Neves não se pejou em falar que os tucanos serão defensores
da ética e da liberdade, como se ninguém soubesse que a preço de ouro ele
corrompeu todas as instituições mineiras, numa logomarca que se expressa na
Gang dos Castro, de dar inveja a qualquer máfia existente no mundo e fazendo
corar der vergonha o mafioso mais conhecido do mundo que é Al Capone. Por que
também não sou processado quando escrevo assim?
E não se corou em falar em liberdade quando sabidamente “Sinhá”
Andréa ou “Frau Andréa Goebbels Neves”, a “Mãos de Tesoura”, igual a um
Torquemada de saias exerce a corrupção em mais alta escala da imprensa de Minas
e de boa parte do Brasil comprando elogios e silêncios para beneficiar o seu
irmão.
Minas Gerais é hoje um Estado em derrocada, com a saúde pública
arrasada, o ensino público detonado e a saúde pública beirando o caos num
momento em que ostentamos um desonroso primeiro lugar em incidência da dengue.
Com as vísceras do choque de gestão expostas como a maior mentira de que temos
notícia, justificando para a dupla Aócio Never e Sinhá Andrea o duplo Troféu
Pinóquio, obviamente sem querer ofender o boneco criado por Gepeto. O déficit
zero outro engodo, quando Minas Gerais apresenta uma das maiores dívidas de
todos os tempos.
Em seu discurso “Aético” ainda acusou a presidenta Dilma Rousseff
de complicar o Brasil. Neste aspecto tenho minhas ressalvas. Não vou defender
dona Dilma porquê não sou um idiota, quando primeiro, na sua fome de Poder o PT
se aliou a Aécio criando o “Lulécio”, depois quando a própria Dilma rejeitou o
“Dilmazia” criado por Walfrido dos Mares Guia e ela mesmo propôs durante visita
a Belo Horizonte que tal união se chamasse “Anastadilma”. O ditado popular diz
que “um gambá cheira o outro”. Não gosto de “Oregan de Gambá”. Prefiro saber o
que pensa o senhor ministro Fernando Pimentel, amigo de Aécio ao qual se aliou
para eleger prefeito de Belo Horizonte o “Gringo” Márcio Lacerda, aquele
guerrilheiro pé de chinelo que depois se justificou dizendo ter tido “devaneios
da juventude”. E então senhor ministro Pimentel o que você tem a responder a
Aécio, ou um eventual apoio a uma eventual candidatura sua ao governo de Minas
absolve todas a diatribes lançadas por Aécio contra a sua protetora? Ou eu
posso acreditar que o PT e o PSDB são as duas faces de uma mesma moeda e ainda
as suas bordar atende atendendo, por exemplo ao Bilderberg Group, a Casa das
Garças e ao Instituto Milênium, com a condição de que vocês também fiquem por
dentro ignorando o povo? No momento é o que me parece.
Este espaço é permanentemente aberto ao democrático direito de
resposta a todas as pessoas e instituições aqui citadas.