Publicado em 15/07/2013
EDITORIAL I:
UM SONHO GREGO
Geraldo Elísio escreve no "Novojornal". Prêmio
Esso Regional de jornalismo, passado e presente embasam as suas análises
“Se queres a verdadeira liberdade, deves fazer-te servo da filosofia.” - Epicuro
Sonhei que passeava em Atenas com o filósofo Aristóteles e contagiado pelo empirismo da escola criada pelos “itinerantes”, aqueles que passeavam indagando os por que me senti à vontade para dialogar com ele, pois o sábio não se irritava com tantas perguntas.
- Aristóteles por que o governador de Minas, Anastasia, está solicitando um empréstimo bilionário se tanto o governo de Aécio Neves quanto o dele próprio proclamaram aos quatro ventos que o choque de gestão produziu um déficit zero?
Ele olhou fixo para mim e respondeu:
- Anastasia, em grego significa Anastacia, mas deixa isto para lá. Empiricamente vemos se tratar de uma mentira, hoje comprovada, portanto o objetivo de minha escola foi contemplado. Você conhece o deputado estadual Sávio de Souza Cruz? Ele é do seu tempo. Ele pode responder melhor a questão formulada.
O sonho nos permite trafegar em todas as dimensões passado, presente e futuro.
- Pelo que você me diz eles devem acreditar que “O homem é a medida de todas as coisas", portanto são sofistas.A sofística , sustenta o relativismo prático, destruidor da moral. Górgias declara plena indiferença para com todo moralismo: ensina ele a seus discípulos unicamente a arte de vencer os adversários; que a causa seja justa ou não, não lhe interessa. Dizem que a submissão à lei torne os homens felizes, pois grandes malvados, mediante graves crimes, têm freqüentemente conseguido grande êxito no mundo e, aliás, a experiência ensina que para triunfar no mundo, não é mister justiça e retidão, mas prudência e habilidade. Então a realização da humanidade perfeita, segundo o ideal dos sofistas, não está na ação ética e ascética, no domínio de si mesmo, na justiça para com os outros, mas no engrandecimento ilimitado da própria personalidade, no prazer e no domínio violento dos homens. Esse domínio violento é necessário para possuir e gozar os bens terrenos, visto estes bens serem limitados e ambicionados por outros homens.
- Sim eles sofismam o tempo inteiro. Choque de gestão, deficit zero, críticas de Aécio Neves ao programa educacional da presidenta Dilma Rousseff, a ida de Pavarotti a Belo Horizonte, a Estrada Real, tudo não passa do que vocês hoje chamam de conto da Carochinha. Por falar nisto quem e a Carochinha?
Na minha santa ignorância de um sonho respondi não ter certeza, mas desconfiar que Carochinha é uma moça chamada “Sinhá” Andréa “Frau Goebbels” Neves, a “Mão de Tesoura” e ainda “Pomba Gira Socialite”.
Ia formular mais perguntas, porém um pernilongo me picou e eu, preocupado com a dengue que virou pandemia em Minas Gerais acordei, até porquê ouvi um barulho estranho o que me deixou sobresaltado. Igualmente Minas Gerais não conta com segurança pública e os agentes da área padecem, como os professores e a turma da área médica com os salários que lhe são pagos. Cai na realidade. Eu tive um sonho grego, mas o Aécio Neves e a turma dele são o Cavalo de Troia que alguém deixou à porta de Minas Gerais. Como disse um amigo meu do FaceBook “querendo ligar o nariz do Triângulo Mineiro à linha branca da Bolívia”.
Acordado deixei o filósofo caminhando pelas ruas da antiga Atenas. E vivendo a era da imagética, como perdi o sono, liguei o PC, mais adequado a Ludwig Wittgenstein e o reducionismo da palavra,onde deixei uma mensagem para o presidente Barack Obush: “Dear Obama. Mister President I forgot a poem I wrote two years ago on FaceBook. You can ask the CIA to send me a copy. Thank you. Caro Obama. Senhor presidente eu esqueci um poema que eu escrevi há dois anos passados no FaceBook. Você pode pedir a CIA para me enviar uma cópia. Muito obrigado.” e vi a seguir o pronunciamento do deputado Sávio de Souza Cruz.
Se Wittgenstein é de poucas palavras o Sávio rasgou o verbo, e recomendo a todos os internautas que vejam para conhecerem a extensão da verdade.
Este espaço é permanentemente aberto ao democrático direito de resposta a todas as pessoas e instituições aqui citadas.
geraldo.elisio@novojornal.com
Editorial II:
COMPROVADO TRAIDOR DA PÁTRIA
Por Geraldo Elísio
"Não vale nada um povo que não sabe defender a
honra da sua Pátria." - Friedrich Schiller
Segundo informações exibidas no último final de
semana, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o fraudador da dívida
externa brasileira segundo o deputado federal delegado Protógenes Queiroz (PC
do B/SP), licenciado da Polícia Federal, deverá ser convocado pela CPI da
Espionagem para explicar a entrega dos satélites da Embratel para os EUA.
O jornal “O Globo”, em matéria de capa com o versal
“exclusivo”, estampou manchete sob o título “Brasília abrigou base dos EUA de
espionagem por satélite”, em certo trecho da matéria correlata dizendo que
“equipes da Agência de Segurança Nacional (ASN) e da Agência Central de
Inteligência (CIA) trabalharam em conjunto em Brasília, pelo menos até 2002,
uma das 16 bases que os EUA montaram para a coleta de informações por satélites
(...)”.
Já a revista “Istoé”, ao abordar o tema sob o
título “Brasil devassado” e versal “Sem um satélite próprio o País depende de
estrangeiros para proteger suas riquezas, fluir informações militares e até
controlar o tráfego aéreo”, na matéria assinada por Cláudio Dantas Cerqueira,
informa: ”Desde que o Brasil perdeu o controle sob seus satélites, com a
privatização da Embratel em 1988, nenhum caso semelhante ocorreu". Mas o
que preocupa especialistas brasileiros em segurança é a mera possibilidade de
que isso venha a acontecer. “Não há como negar, é uma ameaça à segurança
nacional”, diz o engenheiro José Bezerra Pessoa Filho, do Instituto de
Aeronáutica e Espaço (IAE) e ex-diretor da Associação Aeroespacial Brasileira
(AAB). Sua opinião é compartilhada por diversos analistas e autoridades. “São
informações fundamentais para a proteção de milhares de pessoas”, afirma Thyrso
Vilela, diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento da Agência Espacial
Brasileira (AEB).”
Isto significa que só os tucanos que se fingem de
ingênuos (Geraldo Alkimim, José Serra, Aécio Neves, por exemplo) podem dizer
que foram surpreendidos com a arapongagem dos EUA sobre a telefonia e os dados
de brasileiros, enviados via outros meios da Internet também.
“Não faltaram advertências de analistas para avisar
com todas as letras que a entrega da Embratel para uma empresa dos EUA, como
foi o caso da MCI World Comm na privataria tucana de 1998, era estender o
tapete vermelho para o governo dos USA grampear as redes e satélites
brasileiros”.
O dinheiro dos paraísos fiscais descritos no livro
"A Privataria Tucana", do jornalista Amaury Junior, “falou mais alto,
e o tucanato de FHC vendeu a Embratel de porteira fechada, com satélites, redes
de fibra ótica e tudo. Nos primeiros anos pós-privatização, a Embratel era
hegemônica nas redes nacionais e internacionais de longa distância.
“Nas ligações locais de Brasília o controle estava
nas mãos da Brasil Telecom, empresa controlada pelo Citibank através do banco
Opportunity”. Do banqueiro condenado Daniel Dantas que mereceu dois habeas
corpus relâmpagos do ministro do STF Gilmar Dantas, segundo o
jornalista Ricardo Noblat. Depois de ele ter sido preso pelo delegado
Protógenes Queiroz, da PF, hoje deputado federal. “Uma completa dominação”.
“As empresas tiveram por um bom tempo o controle
sobre todas as ligações nacionais e internacionais, sobre o tráfego de dados na
Internet. Podem perfeitamente ter gravado clandestinamente ligações com fins de
espionagem diplomática, militar, comercial, industrial, e de chantagem, e
repassado ao governo estadunidense informações sensíveis. E não havia nada que
impedisse isso, pois não adianta nada estar proibido na Lei, se as ações de
espionagem são, por sua natureza, clandestinas e secretas, e se não há
controle nacional sobre as atividades.
Mesmo depois que o mando acionário foi transferido
pela Telmex, o controle estadunidense sobre as informações continuou presente,
através de serviços de empresas dos EUA para a operadora mexicana, e de
equipamentos, softwares e controle de satélites.
“Pode-se afirmar, sem exagero, que o governo FHC
fez um verdadeiro planejamento estratégico meticulosamente preparado para o
governo estadunidense bisbilhotar a tudo e a todos”.
“Agora que o senado decidiu abrir uma CPI para investigar
a espionagem, o vendilhão da pátria número 1, FHC, tem que ser convocado, se
preciso por condução coerciva pela Polícia Federal, para explicar o
inexplicável”.
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geraldo.elisio@novojornal.com