TERÇA-FEIRA,
17 DE SETEMBRO DE 2013
Censura do Governo de Minas
chega à comunicação da ALMG
O
deputado Rogério
Correia (PT)
afirmou, nesta segunda-feira (16/9/13), que a censura imposta pelo governo
tucano em Minas Gerais já chegou até ao setor de comunicação da Assembleia
Legislativa. É que na última sexta-feira, dia 13, uma audiência pública da
Comissão de Direitos Humanos foi totalmente ignorada pela assessoria de
comunicação da Casa e não recebeu nenhuma cobertura jornalística. A reunião,
realizada no acampamento dos professores estaduais, em frente à residência
oficial do governador Antônio Anastasia, debateu violações aos direitos humanos
em casos de violência contra educadores da rede pública estadual mineira.
Foi
“uma ação explícita de boicote à Comissão, aos deputados e aos professores que
demandaram dessa Instituição, o que é inadmissível”, afirmou o parlamentar em
ofício encaminhado ao presidente da ALMG, deputado Diniz Pinheiro.
No
documento, Rogério
Correia pediu
explicações e providências para o ocorrido, já que se tratava de uma atividade
institucional e que foi marcada com antecedência. O requerimento para a realização
da audiência foi aprovado no dia 2 de setembro.
Segundo o deputado, “o que mais causou estranheza foi que um
membro da equipe de comunicação chegou a comparecer à atividade, mas recebeu
ordem de retornar à Assembleia”.
Luta
dos educadores:
No acampamento
há mais de duas semanas, os professores da rede estadual querem o pagamento do
Piso Salarial Nacional, o descongelamento da carreira entre outras
reivindicações.
Eles também protestam contra a falta de investimento do mínimo
constitucional de 25% na Educação em Minas, cuja dívida já soma R$ 8 bilhões.
Leia a
íntegra do ofício encaminhado ao presidente da ALMG:
“Belo
Horizonte, 16 de setembro de 2013.
Exmo. Sr. Dinis Pinheiro
DD. Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Minas
Gerais.
Na última sexta-feira, dia 13 de setembro, a Comissão de
Direitos Humanos, em audiência pública externa, esteve presente no acampamento
dos professores estaduais em frente ao Palácio das Mangabeiras para debater
violações aos direitos humanos em casos de violência contra educadores da rede
pública estadual de ensino de Minas Gerais.
Como uma atividade institucional da
Assembleia, deveria haver cobertura da área de comunicação da Casa que
normalmente consiste em gravação para a veiculação de “flashs” por parte da TV
Assembleia, reportagens e fotos para os informativos, mas, inexplicavelmente,
não houve qualquer cobertura e, portanto, qualquer menção nos informativos,
como por exemplo, no “Assembleia Informa” desta segunda-feira, dia 16 de
setembro, ou mesmo no site da Assembleia.
O que mais nos causou estranheza foi
que um membro da equipe de comunicação chegou a se fazer presente na atividade
mas recebeu ordem de retornar à Assembleia, o que demonstra que foi uma ação
explícita de boicote à Comissão, aos deputados e aos professores que demandaram
dessa Instituição, o que é inadmissível.
Esta audiência pública foi objeto do requerimento nº 7.403/2013,
aprovado na reunião da Comissão de Direitos Humanos do dia 02 de setembro,
quando estiveram presentes, no curso da reunião, os deputados: Durval Ângelo /
PT (Presidente), Rômulo Viegas / PSDB (Vice-Presidente), Rogério Correia / PT,
Célio Moreira / PSDB e Lafayette de Andrada / PSDB.
Sr. Presidente, uma casa democrática não pode permitir este tipo
de cerceamento à informação e à atividade parlamentar, o que exige a devida
urgência na apuração e na tomada de providências que se façam necessárias.
Sem mais para o momento;
Atenciosamente,
Deputado Rogério Correia
Vice-líder do Bloco Minas Sem Censura”
Vice-líder do Bloco Minas Sem Censura”
Fonte: Minas Sem Censura
Censura
derrubada
Após
denúncia feita pelo deputado Rogério Correia e pelo Bloco Minas Sem Censura, a
Assembleia Legislativa voltou atrás e publicou, com quase uma semana de atraso,
a matéria sobre a audiência pública realizada no acampamento dos professores da
rede estadual de ensino! Eis a notícia:
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