Publicado em 22/10/2013
Economia fraca
arranha vitrine
de Aécio Neves em Minas
Baixo crescimento da economia mineira,
inferior à média nacional,
faz petistas criticarem “pibinho” da gestão
tucana, que governa MG desde 2003
Vitrine do senador mineiro Aécio Neves (PSDB) para a corrida
presidencial do próximo ano, Minas Gerais está com a economia estagnada e com
índices piores do que a média nacional e de Estados vizinhos há mais de um ano.
No segundo trimestre de 2013 (último dado disponível), o Estado
governado pelos tucanos desde 2003 recuou 0,1% - já o PIB nacional surpreendeu
e subiu 1,5%.
O tema entrou na pré-campanha, e a
oposição liderada pelo PT já fala em “pibinho”.
Pernambuco, berço do pré-candidato do
PSB, Eduardo Campos, tem um crescimento acumulado nos últimos 12 meses maior do
que o do país, segundo dados do Estado.
Ainda no segundo trimestre, o Rio Grande
do Sul, puxado pelo desempenho da agricultura, cresceu 6,4%. Em São Paulo, o
crescimento foi de 1,2% e, na Bahia, 2,2%.
A agropecuária é uma das causas do mau
desempenho em Minas Gerais, terceiro Estado mais rico do país, enquanto a
supersafra do Centro-Oeste e do Sul ajudou a alavancar o PIB nacional.
Também pesa contra o Estado a dependência
de poucos setores, como mineração. Levantado pela oposição, o tema já chegou ao
debate político nesta pré-campanha.
Vice-líder do PT no Legislativo mineiro,
Rogério Correia usou nos seus boletins informativos a expressão “pibinho” -
mesmo termo empregado por Aécio para criticar o desempenho da política
econômica da presidente Dilma Rousseff.
O deputado peemedebista Sávio Souza Cruz,
líder da oposição, diz que a economia mineira corre o risco de se tornar ainda
mais “primária”, dependente de matérias primas básicas, se não houver impulso à
industrialização.
No próximo ano, o PT deve lançar o
ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento e Indústria) como candidato ao
governo de Minas. No PSDB de Aécio e do governador Antonio Anastasia, o
ex-ministro Pimenta da Veiga tenta viabilizar seu nome.
Dependência
A diversificação da atividade econômica
tem sido o centro da discussão. O PIB dependente de produtos como minérios e
café deixa o Estado mais vulnerável a incertezas externas, como agora.
Segundo a Fundação João Pinheiro, centro
de estudos ligado ao governo estadual, a baixa na produção do café contribuiu
para a queda de abril a junho. No primeiro trimestre do ano, em que a economia
mineira recuou 0,2%, pesou a menor demanda internacional por minérios.
O economista Edson Domingues, da
Universidade Federal de Minas, diz que o Estado não tem conseguido atrair
investimentos como outras regiões do país e que há problemas de infraestrutura,
como na malha rodoviária e em ferrovias.
"Algumas indústrias do Estado não
têm um dinamismo tão grande quanto em outras regiões", afirma o professor.
Às vésperas do ano eleitoral, o PSDB se
move para tentar anular o discurso da oposição e vai preparar um documento
mostrando que Minas cresceu mais do que a média do país na década passada. As
informações são da Folha.
NOTÍCIA RELACIONADA:
http://www.novojornal.com/minas/noticia/o-estado-de-minas-gerais-esta-parado-e-agora-30-09-2013.html