PUBLICADO EM 23/11/13
VALERIODUTO
Walfrido Mares Guia
pediu a prescrição de crimes
Walfrido completou 70 anos, idade em que pode pedir
redução da pena
Ex-ministro responde a crimes de peculato e formação de quadrilha na
campanha de 1998
LUCAS
PAVANELLI
O processo do mensalão mineiro, também chamado de valerioduto
tucano, deve entrar em nova fase em janeiro do ano que vem. A próxima audiência
está marcada para 10 de dezembro, quando serão ouvidas testemunhas de defesa do
ex-presidente do Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge), José Afonso Bicalho.
A partir de então, a expectativa é que, no início do ano que vem,
a Justiça mineira comece a interrogar os acusados.
Nesta quinta-feira, foram ouvidas testemunhas de Renato Caporali
Neto, ex-diretor da Comig, antiga estatal de mineração.
Durante a audiência, a defesa do ex-ministro Walfrido dos Mares
Guia (PSB) pediu prescrição dos crimes a que está sendo acusado no processo do
valerioduto tucano.
Walfrido completou 70 anos no fim do ano passado, idade mínima em que
pode pedir a redução de metade da pena, caso seja acusado. Ele responde a
crimes de peculato e formação de quadrilha. Especialistas em direito penal
afirmam que o benefício pode ser concedido em qualquer tipo de crime, já que
está previsto no artigo 115 do Código Penal.
Trâmite.
O processo do mensalão mineiro, ao contrário do mensalão que vem
sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi desmembrado. No Supremo,
respondem o deputado federal e ex-governador de Minas, Eduardo Azeredo (PSDB),
e o senador Clésio Andrade (PMDB).
Já na Justiça mineira, respondem outros 11 acusados que não tem
direito a foro privilegiado.
Entenda
Caixa
2. De acordo com a denúncia, estatais mineiras desviaram pelo menos
R$ 3,5 milhões dos cofres públicos para a campanha de Eduardo Azeredo ao
governo de Minas em 1998.