segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

TUCANO NA GAIOLA É PREDAÇÃO TOTAL...

Publicado em 09/12/2013
Haverá vagas para
tucanos na Papuda?
Conta “Neves” somada ao envolvimento
do senador Aloysio Nunes e deputado José Aníbal,
ambos do PSDB, obriga deslocamento de inquérito para Brasília

Talvez porque seja uma bomba atômica, a grande imprensa pouco noticiou sobre a solicitação de deslocamento do inquérito do Cartel Alstom/Siemens, da Polícia Federal de São Paulo para Brasília. Motivo? Depoimentos prestados por dirigentes das empresas envolvidas no esquema criminoso confirmaram a participação de políticos com mandato federal, detentores de fórum especial, exigindo a condução do inquérito por um ministro do STF. 

Inquérito este que, até semana passada, vinha sofrendo pesado ataque da alta direção tucana sob a alegação de que documentos constantes no mesmo haviam sido falsificados. Tais argumentações desnudaram-se, caindo por terra, diante do depoimento do ministro da Justiça José Eduardo Cardoso no Senado Federal e Câmara dos Deputados em Brasília, comprovando que não houvera qualquer falsificação. 

Nas duas audiências ocorridas, a ação dos parlamentares do PSDB que antes prometiam comprovar suas teses, transformaram-se em lamentações da “falta de solidariedade”, do ministro da Justiça com a classe política e do vazamento das informações para a imprensa. No caso da audiência ocorrida na Câmara dos Deputados, o líder do PSDB largou a discussão do inquérito partindo para ofensas pessoais sobre a vida privada de uma colega deputada do PC do B. 

A resposta do ministro Cardoso foi firme: “Seja quem for que estiver envolvido, as investigações vão continuar”. Menos de 24 horas depois, após o depoimento de um dirigente de uma das empresas que participaram do esquema, a fala do ministro confirmou-se através da solicitação do delegado da Polícia Federal.  

Como vem sendo noticiado por Novojornal, encontravam-se paralisadas por ter sido colocadas na “pasta errada”, do arquivo do procurador Rodrigo De Grandis, diversas requisições da promotoria da Suíça para que fossem investigados participantes do esquema montado pela empresa Alstom, que movimentara em paraísos fiscais várias contas, efetuando diversos pagamentos de propinas, em especial a um político denominado “Neves”. 

À crítica da pouca vontade de alguns integrantes do Ministério Público Federal e Estadual e dos Ex- Procuradores Gerais da República em investigar e punir os integrantes do PSDB, embora não seja novidade e tão pouco esteja restrito ao Estado de São Paulo, deixou os gabinetes dos Poderes tornando-se conversa permanente entre a população.

Evidente que a alta direção da instituição, principalmente a grande maioria dos integrantes do CNMP- Conselho Nacional do Ministério Público, por questões claramente corporativistas, pouco se importa com o descrédito que a instituição vem sofrendo, abalando sua imagem perante a sociedade civil, a exemplo da impunidade dos apelidados ex-procuradores gerais, “Engavetador Geral da República” a “Prevaricador Geral da República”, do ex-senador, promotor Demóstenes Torres. 

Evidente que, após a condenação e prisão de integrantes do PT, sobra pouco espaço perante a opinião pública para a impunidade dos tucanos, prova disto é que, a grande mídia, anteriormente silenciosa em relação ao esquema do Mensalão do PSDB, já passa a cobrar punição para Eduardo Azeredo. 

Em um dos despachos que constam do inquérito, o delegado responsável pelo caso cita "provas" de pagamento de propina a "políticos vinculados ao governo do Estado de São Paulo". No fim de semana a revista “IstoÉ” informou que apenas no Governo Serra o desvio ultrapassou 1 Bilhão de Reais.

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