27 DE AGOSTO DE 2014
UNIDADE NACIONAL DE MARINA
“SÓ PODE SER COMÉDIA”
Paulo Moreira Leite classifica de "utopia de
conveniência" o discurso de união pregado pela candidata do PSB;
"Marina diz que o Brasil está cansado da polarização. Diz que o tempo de
conflito entre PT e PSDB acabou", diz ele, em seu blog no 247; PML lembra
que ideia é "fantasia que não cabe na biografia de Marina Silva", uma
vez que a ex-ministra rompeu com Lula, com o PT, com o PV e agora isolou-se no
PSB; discurso "ajuda a fingir que todos são equivalentes em virtudes e
defeitos", como Neca Setúbal, herdeira do Itaú, e o seringueiro Chico
Mendes, conforme colocou a candidata no debate de ontem à noite; mas
argumentos são "tentativa de eliminar as conquistas e vitórias
importantes dos últimos anos" e "preparar a revanche dos derrotados
de 2002", afirma o jornalista
247
– O discurso de união
defendido pela candidata do PSB, Marina Silva, é definido como "utopia de
conveniência" por Paulo Moreira Leite, em seu blog no 247.
Segundo ele, os pontos pregados pela presidenciável, de que o
Brasil cansou da polarização entre PT e PSDB, são uma "fantasia" que
não cabe em sua biografia. A ex-ministra rompeu com Lula, com o PT, com o PV e
agora isolou-se no PSB de Eduardo Campos, ressalta.
A "unidade",
segundo o jornalista, "permite fugir do debate real" e "ajuda a
fingir que todos são equivalentes em virtudes e defeitos, e podem ser colocados
no mesmo nível", como fez Marina ontem à noite no debate da TV Bandeirantes,
quando defendeu Neca Setúbal e Chico Mendes. "Este comportamento ajuda a
criar a ilusão de que todos — banqueiros e seringueiros para começar — têm as
mesmas ambições e mesmos projetos", diz PML.
"A mágica fica aqui: basta que surja uma liderança
providencial — olha a força divina, de novo — para convencer todos a dar-se as
mãos em nome do bem, sob liderança de Marina Silva. Não há projeto, não há o
que fazer. Tudo pode ser o seu avesso, ao sabor das conveniências",
escreve ainda o colunista.
A linha de argumentos de Marina "é uma tentativa de
eliminar as conquistas e vitórias importantes dos últimos anos, passar uma
borracha nos avanços obtidos e preparar a revanche dos derrotados de
2002", na opinião de Paulo Moreira Leite. "Por isso Marina fala de
uma unidade que esconde dados reais", acrescenta.
Leia a íntegra em Marina fala em unidade nacional. Só pode ser comédia
|