19 DE AGOSTO DE 2014
PIMENTEL:
"É TUDO MITO,
NÃO EXISTE GESTÃO
EM MINAS"
Minas
247 - Formado em economia
e professor concursado da UFMG, Fernando Pimentel foi prefeito de Belo
Horizonte, entre 2001 e 2008, e ministro de Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior no governo de Dilma Roussef.
Deixou a prefeitura da capital
mineira com cerca de 90% de aprovação e agora busca o governo do Estado tendo
como principais cabos eleitorais o ex-presidente Lula e a presidenta Dilma, de
quem é amigo desde a infância.
Ao falar sobre segurança pública, o
petista foi incisivo: "tem um mito criado ao longo desses doze anos de
governos tucanos. É tudo um mito, não existe gestão".
Para tentar por fim aos doze anos de
domínio tucano no Estado, Pimentel aposta na campanha eleitoral na TV onde,
segundo ele, será possível mostrar todas as informações sobre o
"fracassado" modelo de gestão capitaneado pela dupla Aécio
Neves/Antonio Anastasia.
Em entrevista à CartaCapital,
o candidato falou sobre sua propostas, apontou os problemas de Minas Gerais e
criticou a "blindagem" que o governo tucano recebe dos meios de
comunicação do Estado.
De
acordo com Pimentel, tanto o presidenciável Aécio Neves (PSDB), que governou
Minas de 2003 a 2010, como o seu correligionário e sucessor Antônio Anastasia,
hoje candidato ao Senado, "se apropriaram da situação nacional".
"Os
programas do governo federal foram apropriados pelos tucanos de Minas. O Luz de
Minas é o Luz pra Todos do Lula, o Mães de Minas é o Rede Cegonha do governo federal.
Eles já fazem isso há 12 anos aqui", afirmou.
Pimentel
acredita que seus principais cabos eleitorais (Lula e Dilma), assim como os do
seu adversário Pimenta da Veiga (PSDB) - neste caso, Aécio e Anastasia - não
serão tão influentes na disputa. "O peso das influências vai ser menor.
Vai
existir, mas vai ser menor, porque é uma eleição de mudança, não tem reeleição.
Os dois principais candidatos, com respeito aos demais, ambos são novos. Agora
é novo, o eleitor vai precisar prestar atenção nos candidatos, em suas
propostas. E a influência do padrinho é importante, mas menos que nas
outras", disse o petista.
Dentre
os problemas abordados por Pimentel está a segurança pública. Segundo o
petista, dos BOs (boletins de ocorrência) registrados, apenas 9% viram
inquérito".
"Desses
inquéritos apenas 3% viram uma ação, um processo. É mais fácil cair um raio na
sua cabeça, em Minas, do que um crime ser investigado, depois indiciado e
sentenciado. Só apuram casos mais escandalosos, o resto some nesse
caminho", disse.
*Com informações do Pautando Minas