FCO.LAMBERTO FONTES
Trabalha em JORNALISMO INTERATIVO
em ARAXÁ/MG.
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Rodrigo MV
publicou no grupo movimento Pro-Araxá
Ontem tive o desprazer de levar minha mãe ao PAM e constatar a maneira como os cidadãos araxaenses são tratados. Uma única coisa eu não posso afirmar com certeza, mas acho que só havia um médico. Chegando ao local por volta das 20:00 preenchi os papéis com minha mãe e a coloquei sentada em um dos bancos disponíveis para os pacientes, olhei para o chão e vi várias marcas de sangue que seguiam desde o lado de fora do hospital até as duas portas que separam os que devem esperar muito dos que têm que esperar um pouco menos, essas manchas eram de um sangue já seco e conversando com os que ali estavam fiquei sabendo que um acidentado chegou ali por volta das 18:00 e seu sangue estava lá desde então, ninguém limpou aquilo e nisso todos que passavam pelo local iam pisando. Outra coisa que me chamou muita atenção foi, por causa do calor lá de dentro onde não há (ou não usaram) nenhum ventilador ou algo que pudesse refrescar os pacientes, fui para a varanda e percebi ratos pulando pela grama, não era um, eram muitos, fora o número gigante de guimbas de cigarro amontoadas em um canto. Como se não bastasse o calor, o fedor dos cigarros, ainda passaram inúmeros carros com o som em altíssimo volume bem na porta do hospital onde pessoas buscam ajuda por dores e transtornos. Saí de lá próximo de 23:30 e o sangue continuou ali, junto com os ratos, cigarros e barulheira, e tudo bem enfeitado com propaganda eleitoral de vários candidatos pendurados (em formato outdoor) em algumas grades e muros. O pior de tudo é que esse é o único local que atende emergências para pessoas que não podem ou não querem pagar um plano de saúde. Desrespeito total.