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DE OUTUBRO DE 2014
EX-DIRETOR DA GLOBO
QUER INVESTIGAR A GLOBO
Jornalista Paulo
Nogueira, que foi diretor de todas as revistas da Globo e fundou,
posteriormente, o portal Diário do Centro do Mundo, pede ajuda para
"investigar, como ninguém fez, o espetacular caso de sonegação da Globo na
Copa de 2002"; no projeto de crowdfunding - financiamento para
iniciativas de interesse coletivo - a equipe diz que o "DCM quer ir a
fundo neste caso" e que a verba será investida "para cobrir custos de
produção";
arrecadação sairá do ar em três dias
arrecadação sairá do ar em três dias
247 - Ex-diretor da Globo, o jornalista Paulo Nogueira pede ajuda dos
leitores para investigar a sonegação cometida pela empresa dos irmãos Marinho.
Fundador do portal Diário do Centro do Mundo, ele criou um
projeto de crowdfunding - financiamento para iniciativas de interesse
coletivo - que está a três dias de sair do ar.
No texto, a equipe do DCM diz que o site "quer ir a
fundo neste caso" e que a verba será investida "para cobrir custos de
produção", como viagens para o Rio e para Brasília a fim de buscar a
Justiça sobre o caso.
"Já passou da hora do Brasil colocar o dedo nesta
ferida", diz o texto. Leia aqui o texto do DCM:
A
sonegação da Globo
A Rede Globo comprou os
direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002 através de uma empresa que ela
mesma criou nas Ilhas Virgens Britânicas.
Pela transação, não pagou impostos.
Depois, a Rede Globo no Brasil comprou esses mesmos direitos da empresa de
fachada no Caribe por um preço bem superior.
Mais uma vez, não pagou impostos. É a
clássica forma de remeter ao exterior dinheiro que deveria ter sido
contabilizado como lucro no Brasil e, por isso, tributado.
Em vez de lucro, saiu
como despesa.
O serviço de
inteligência da Polícia Federal detectou indícios de sonegação e auditou as contas
da Globo. Em 2006, chegou à conclusão de que a empresa deixou de recolher
impostos que, à época, com multa e correção, chegavam a R$ 615 milhões.
Hoje, a dívida passa de R$ 1 bilhão, cem
vezes mais o que a emissora arrecadou no Criança Esperança.
O caso da sonegação veio à tona em 2013.
Através de uma assessoria de imprensa que não faz parte dos quadros próprios da
empresa, disse que quitou a dívida, mas diante de uma campanha que circulou na
internet exigindo que a empresa mostrasse o DARF (documento de arrecadação
junto ao Fisco), a Globo se calou.
O processo sobre a sonegação foi furtado.
A autora do furto, funcionária da Receita do Rio de Janeiro, chegou a ser
presa, mas, defendida por um dos mais caros escritórios de advocacia do Brasil,
foi colocada em liberdade por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal,
Gilmar Mendes.
O DCM quer ir a fundo neste caso,
detalhando a investigação da Receita, a apuração da Polícia Federal e o papel
de todos os personagens envolvidos no que pode ser caracterizado como o maior
escândalo de sonegação do Brasil.
Nossa equipe vai ao Rio de Janeiro, onde
estão os protagonistas do caso, bem como a vara da Justiça Federal que apurou o
furto do processo da Receita. Lá também mora a funcionária pública condenada
por este crime.
Vamos a Brasília, para entrevistar o
ministro da Fazenda, responsável pela Receita Federal. Na capital da República,
também se encontra Gilmar Mendes, o ministro que libertou a funcionária
condenada pelo furto do processo da Globo na Receita.
Queremos também mostrar onde e como
funciona a offshore da Globo nas Ilhas Virgens Britânicas.
Já passou da hora do
Brasil colocar o dedo nesta ferida.
Como o dinheiro será
investido:
Ele será utilizado
exclusivamente para cobrir custos de produção. Pagará o jornalista Joaquim de
Carvalho, experiente profissional com passagem pelos principais veículos de
comunicação do Brasil, e seus gastos em passagens aéreas e deslocamentos de
carro.
Roteiro
Rio de Janeiro – entrevistas com
auditores da Receita (que descobriram a fraude); procuradores da República (que
investigaram o furto do processo); policiais federais (que trabalham no
inquérito sobre a sonegação), representantes da Globo (atuais e os da época,
Marluce é uma boa aposta), ex-funcionária da Receita que sumiu com o processo.
No Rio, podemos ter acesso ao processo judicial que condenou essa
ex-funcionária).
Brasília – entrevistas com o
ministro da Fazenda (responsável pela Receita – a Globo pagou ou não pagou?) e
com o ministro da Justiça (responsável pela Polícia Federal – o inquérito
andou?), deputados que se debruçaram sobre o tema ou que estejam dispostos a
colher assinatura para uma CPI, Gilmar Mendes, que colocou a funcionária da Receita
em liberdade.
Ilhas Virgens Britânicas – para
mostrar que a Empire é só fachada – dá resultado impactante perguntar no prédio
se alguém conhece a empresa, que chegou a ter capital de 220 milhões de
dólares.
São Paulo – A
capital, nossa base, é o lugar onde podemos entrevistar especialistas em
direito internacional e em planejamento tributário, para traduzir o que
significa essa engenharia toda de sonegação.
Dúvidas Comuns:
Pergunta: O repórter vai
sozinho?
Resposta: Sim, com
equipamento de vídeo.
Pergunta: O que acontece
com meu dinheiro se a meta não for atingida?
Resposta: Segundo o
Catarse, ele volta na íntegra para você.
Pergunta: Como recebo
minha recompensa?
Resposta: Links e
listas, por e-mail, e produtos físicos por correio.
Pergunta: Onde serão
publicados vídeo-reportagem e as matérias?
Resposta: No Diário do
Centro do Mundo (www.dcm.com.br)
Pergunta: Só os
apoiadores terão acesso ao material?
Resposta: Não. Será aberto, embora
assistam antes da estréia oficial.