domingo, 16 de novembro de 2014

DUAS MATÉRIAS AQUI SOBRE A OPERAÇÃO LAVA JATO, TRAZEM IMPORTANTES INFORMAÇÕES ACERCA DAS PUNIÇÕES AOS CORROMPEDORES DE POLÍTICOS E SEUS ASSECLAS. DILMA DISSE QUE “NÃO FICARIA PEDRA SOBRE PEDRA” E QUE ISTO MUDARIA O BRASIL PARA SEMPRE!!! - VONTADE POLÍTICA NÃO LHE FALTA:

FCO.LAMBERTO FONTES
Trabalha em JORNALISMO INTERATIVO
 em ARAXÁ / MG.
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A política e suas circunstâncias: informação, análise e opinião
14/11/2014 
LEI SANCIONADA POR DILMA 
EMBASA AS PRISÕES 
DA ELITE DOS EMPREITEIROS
Pena para empresas vão de multas milionárias à extinção


O que há de novo na Operação Lava Jato, que chega hoje a sua sétima fase com a prisão de executivos de grandes empreiteiras, é o fato de, pela primeira vez, os corruptores estarem sendo alcançados, Até aqui, o combate à corrupção mirava apenas os corruptos, lado mais fraco da corda, composto geralmente por funcionários públicos ou políticos, embora fosse óbvio que não existem corrompidos sem corruptores.  
O máximo que podia acontecer, em relação aos corruptores, era a criminalização das pessoas físicas responsáveis, que conseguiam escapar graças a recursos judiciais. Lembremos de Cacciola, Daniel Dantas e tantos outros.
Isso está sendo possível graças à Lei nº. 12.846 que a presidente Dilma sancionou no final de 2013 e entrou em vigor em janeiro passado. Sua grande novidade foi definir como corruptores tanto as pessoas físicas como as pessoas jurídicas (não só empresas como também fundações, centros assistenciais, instituições educacionais etc.).  Hoje pelo menos nove empresas tiveram executivos presos: Camargo Corrêa, Odebrecht, OAS, UTC Engenharia, Engevix, Iesa, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Mendes Júnior. 
Aplicada, a nova lei pode render a condenação criminal dos sócios e executivos e punirá as empresas com multas que variam de 0,1% a 20% sobre o faturamento bruto, nunca inferior ao valor da vantagem irregular conseguida. Se for impossível aferir esse montante, as multas irão de R$ 6 mil e R$ 60 milhões. A pena pode ser, inclusive, a de extinção da empresa, com perda total ou parcial dos bens, afora proibições diversas como a de voltar a fornecer ao Estado, obter crédito ou facilidades tributárias. Todas as pessoas jurídicas atingidas passam a figurar no Cadastro Nacional de Empresas Punidas (CNEP).
A lei enquadra como corruptor todo aquele que prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a agente público ou a terceira pessoa a ele relacionada; financiar, patrocinar ou custear a prática de ato ilícito; utilizar-se de interposta pessoa física ou jurídica para ocultar ou dissimular seus reais interesses ou a identidade dos beneficiários dos atos praticados (laranjas); frustrar, impedir licitação ou afastar licitante de modo fraudulento ou com o oferecimento de vantagem. Tudo isso aconteceu, desde sempre, nos esquema de corrupção no Brasil, que não começaram agora.
A delação premiada, também prevista nesta lei (assim como na lei contra lavagem de dinheiro) beneficia as pessoas jurídicas que, assim como pessoas físicas, como Paulo Roberto Costa, decidirem colaborar com as investigações, fornecendo informações importantes que venham a ser comprovadas.
As prisões de hoje são um sinal de que a lei pode pegar. Claro que agora virá o jus esperneandi das empresas e o Judiciário fará seu papel. Mas a nova lei, combinada com a delação premiada, tende a representar um salto importante no combate à corrupção. Dilma e o atual Congresso, ambos apedrejados por conta dos ilícitos recentes, têm o mérito por estes avanços.


Tereza Cruvinel atua no jornalismo político desde 1980, com passagem por diferentes veículos. Entre 1986 e 2007, assinou a coluna “Panorama Político”, no Jornal O Globo, e foi comentarista da Globonews. Implantou a Empresa Brasil de Comunicação - EBC - e seu principal canal público, a TV Brasil, presidindo-a no período de 2007 a 2011. Encerrou o mandato e retornou ao colunismo político no Correio Braziliense (2012-2014). Atualmente, é comentarista da RedeTV e agora colunista associada ao Brasil 247.


DILMA CONSEGUIRÁ

DAR O XEQUE-MATE

NOS GOLPISTAS?

"O chamado “petrolão”, ao atingir as principais empreiteiras do país e chamuscar todos os partidos, em especial os núcleos representados no Congresso, resultará no fortalecimento de Dilma Rousseff", prevê o jornalista Miguel do Rosário, do blog O Cafezinho;
"Ao dar liberdade e autonomia aos delegados e agentes da PF, sem exercer qualquer pressão sobre o Ministério Público, Dilma fez a sua grande aposta. Ela também fez seu movimento no Grande Jogo. Deu corda para os golpistas se enforcarem", afirma; leia a íntegra do seu artigo

Por Miguel do Rosário, do blog O Cafezinho
Aconteceu uma coisa interessante, que fará os coxinhas surtarem.
O chamado “petrolão”, ao atingir as principais empreiteiras do país e chamuscar todos os partidos, em especial os núcleos representados no Congresso, resultará no fortalecimento de Dilma Rousseff.
A tentativa da “Republica do Paraná”, de orientar politicamente as investigações, fornecendo vazamentos seletivos à imprensa de oposição, acabou surtindo efeito contrário.
O escândalo é vasto demais mesmo para a nossa grande imprensa.
Junto à opinião pública, apesar dos esforços da mídia (que só tem um objetivo: golpe), prevalecerá a impressão de que Dilma está cumprindo o que prometeu.
Não sobrar pedra sobre pedra.
Até porque é isso mesmo o que está acontecendo.
Ao dar liberdade e autonomia aos delegados e agentes da PF, sem exercer qualquer pressão sobre o Ministério Público, Dilma fez a sua grande aposta.
Ela também fez seu movimento no Grande Jogo.
Deu corda para os golpistas se enforcarem.
Pense bem.
É interessante para Dilma que os delegados da PF, os procuradores e o próprio juiz não tenham identificação política ou ideológica com ela, nem com seu partido.
Se tivessem, todos estariam acusando-na de “bolivariana”.
Seus próprios aliados, no Congresso, vários deles prejudicados pelas investigações, a estariam acusando de “traição”.
O fato evidenciará o republicanismo da presidenta e de seu governo, dando autonomia – inclusive a delegados ligados ao PSDB - para que todos exerçam seu trabalho com independência.
É uma jogada arriscada, naturalmente.
Mas que, se conduzida com firmeza, poderá dar resultados concretos contra a corrupção política.
Dilma sancionou recentemente a lei que, pela primeira vez em nossa história, permitirá a condenação também dos corruptores.
Quando a Lava Jato chegar nos políticos, estará em mãos de Teori Zavascki, um juiz severo, garantista, reservado, sem amor aos holofotes.
Zavascki é garantia de que o processo não se transformará em circo golpista, e, ao mesmo tempo, de que ninguém será poupado.
Ou seja, o juiz perfeito para levar adiante um processo doloroso de depuração.
Isso se a República do Paraná não melar tudo antes com delações forjadas e vazamentos ilegais.
O único perigo seria paralisar as obras em andamento, visto que os executivos presos pertencem às principais empreiteiras do país.
Sergio Moro ao menos teve essa preocupação, e não pediu nenhuma medida que pudesse paralisar as atividades de empresas que empregam centenas de milhares de trabalhadores, e respondem por obras estratégicas no Brasil: obras para governadores e prefeitos de todos os partidos, que fique bem claro.
O golpe vai se virar contra os golpistas.
O jogo de xadrez está mais complexo e surpreendente do que nunca.
Ao que parece, Dilma permitiu que seus adversários fizessem alguns movimentos apressados, até mesmo comessem algumas peças.
Mas preparou um xeque-mate.