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6
DE FEVEREIRO DE 2015
DILMA:
"TEMOS FORÇA PARA
VENCER
O GOLPISMO"
Em encontro do PT, a presidente Dilma Rousseff fez,
nesta sexta (6) um discurso com justificativas para a nova política econômica
do país e defendeu a política de conteúdo nacional e do regime de partilha da
Petrobras; ela criticou "aqueles que querem o retrocesso e o golpismo,
ainda que de forma dissimulada", numa clara referência a FHC, que sugere o
impeachment dela; Dilma ressaltou ainda que "prometeu e irá cumprir uma
nova etapa de desenvolvimento, com foco na educação e na necessária elevação da
competitividade da economia"; "Nós somos os melhores para vencer
os desafios, porque escolhemos sempre e, principalmente, diante da crise, o
lado dos trabalhadores e do povo brasileiro. Quem tem um lado é sempre melhor.
Temos lado e competência e vamos fazer", afirmou
247 MINAS - A presidente Dilma
Rousseff foi a última a discursar durante o encontro de 35 anos do PT, que ocorreu, nesta
sexta-feira (6), em Belo Horizonte, em Minas Gerais.
Ela falou logo após um longo
pronunciamento do ex-presidente Lula, que declarou apoio às
medidas econômicas tomadas pelo governo.
Antes dele, governadores petistas, o
presidente da legenda Rui Falcão e o ex-presidente uruguaio, José Mujica,
também discursaram.
"O PT chega aos 35 anos, é um partido jovem, mas já inicia
o seu quarto mandato presidencial, após 12 anos de transformação social.
O
Brasil é hoje um país muito melhor.
É um país onde as pessoas deixaram a
miséria, onde milhões de jovens entram na universidade, onde milhões de
trabalhadores estão no mercado de trabalho com carteira assinada.
Por isso, a
nossa responsabilidade é imensa. Os brasileiros esperam que honremos a
continuidade do que fizemos, mas também esperam que aprofundemos as
transformações no Brasil, ampliemos a democracia.
Nós não vamos ficar
eternamente uma nação emergente. Os brasileiros esperam que trilhemos o caminho
para uma nação desenvolvida, com mais oportunidades para todos",
afirmou.
"A história do PT é um roteiro. A gente pode acompanhar
como um filme. Um roteiro de identificação com o povo brasileiro e sempre teve
como base uma identificação com os movimentos populares, com os sindicatos, com
os intelectuais, com as igrejas, com os que lutaram contra a ditadura e com os
empresários progressistas do país", reforçou.
Dilma frisa que pediu o voto aos brasileiros prometendo uma nova
etapa de desenvolvimento para o país.
"Dissemos que nossa proposta era uma
política social baseada em novas oportunidades e uma política econômica em
concordância com a política social", afirmou ela, destacando que, em 12
anos, os governos petistas "erradicaram a pobreza extrema do país".
"Essa é a nossa prova. Ninguém tira isso de nós", ressalvou.
Ela afirma que também prometeu uma nova etapa de
desenvolvimento, com foco na educação e na necessária elevação da
competitividade da economia.
"Esse é o nosso compromisso, é o meu
compromisso com o Brasil nos próximos 4 anos e eu vou tomar todas as medidas
para construir um Brasil mais desenvolvido e menos desigual. É esse o nosso
objetivo.
Tudo que estamos fazendo tem o objetivo de manter e fortalecer o
modelo de desenvolvimento que mostrou ser possível conciliar crescimento
econômico, distribuição de renda e inclusão social", afirmou.
Dilma falou ainda que os ajustes que estão sendo feitos pelo
governo são "necessários, para manter rumo e ampliar oportunidades, para
ter força para priorizar todos os avanços sociais e econômicos".
"As
mudanças que as pessoas esperam dependem muito da estabilidade da nossa
economia. Precisamos garantir o controle da inflação, das contas públicas, a geração
de emprego e renda, que é o objetivo fundamental que nós temos",
explicou.
"Hoje a economia vem sofrendo os efeitos de dois choques:
um é externo, da redução expressiva das taxas de crescimento do mundo. No plano
interno, o Brasil sofreu um das piores secas dos últimos anos, que provocou
choque no preço dos alimentos. Temos agora o problema da seca,
surpreendentemente no Sudeste e não no Nordeste, o que teve um impacto no preço
da energia", afirmou.
Dilma explicou ainda que é preciso promover um
"reequilíbrio fiscal" para garantir o emprego e a renda.
A presidente
ressaltou que as medidas visam a preservar o Bolsa Família, o Minha Casa Minha
Vida, o Pronatec, o Ciência Sem Fronteiras e as ações de combate à violência
contra a mulher e de simplificação da burocracia para os pequenos
empreendedores.
"Vamos também executar uma nova carteira de obras de
infraestrutura", prometeu.
Ela ainda falou que não pode permitir que a "falsa
versão" dos fatos.
"Nós temos que travar a batalha da comunicação.
Temos que levar nossa versão à opinião pública.
Quando falarem que vamos mudar
os direitos trabalhistas, digam que não é verdade, que jamais iremos retirar
direitos.
O nosso governo é dos trabalhadores", afirmou.
Dilma também
afirmou que está trabalhando para garantir o fornecimento de energia elétrica.
"O povo votou em nós porque acredita em nós, em nossa honestidade de
propósitos", afirmou.
A presidente disse que irá propor ao Congresso
alteração na lei para que o governo federal atue pela segurança pública.
Quanto à corrupção, Dilma frisou que irá manter, "sem
transigir um só momento", o compromisso com o respeito ao dinheiro
público, a autonomia da Polícia Federal e com o respeito à independência do
Ministério Público.
Sobre a Petrobras, a presidente disse que a estatal é a
empresa mais estratégica para o país.
"A que mais contrata e investe no
país", destacou ela.
"Temos que ter orgulho da Petrobras. Não podemos aceitar
que tentem tornam a Petrobras vergonha do Brasil.
Não podemos permitir que
diminuam a importância dela para o país e evitar que os fatos irregulares
possam voltar a ocorrer", afirmou Dilma, frisando que manterá o modelo de
partilha, a política de conteúdo nacional. "Vamos continuar acreditando na
mais brasileira das empresas", ressaltou.
"Temos que fechar as portas
para a corrupção, mas não temos que fechar as portas para o crescimento, o
desenvolvimento e o emprego.
Os pescadores de águas turvas não vão acabar com o
modelo de partilha e de conteúdo nacional", afirmou.
"Diante da crise sempre tivemos força para reagir.
Nós
somos capazes de reagir.
Se a gente olhar para o futuro, vamos ver que nós
temos uma força imensa, que é a nossa capacidade de sermos firmes, corajosos,
eficazes diante do desafio e da dificuldade.
Temos essa coragem política que
faz com que a gente não desanime diante dos desafios.
Cada um de nós deve agora
colocar essa coragem política diante de si mesmo e dizer que nós não podemos
vacilar, nem ter medo.
Se tiver erro, aqueles que erraram que pague por eles.
Mas temos que preservar a história deste partido e dos governos meu e de
Lula", complementou.
"Nós somos os melhores para vencer os desafios, porque
escolhemos sempre e principalmente diante da crise o lado dos trabalhadores e
do povo brasileiro.
Quem tem um lado é sempre melhor.
Temos lado e competência
e vamos fazer.
Se existe um partido credenciado para conduzir o Brasil num
período difícil, sem revogar o direito dos trabalhadores, é o PT",
disse.
"Os que são inconformados com o resultado das urnas só tem
medo de uma coisa: eles têm medo da democracia.
Nós temos força para enfrentar
e vencer os que buscar o retrocesso, para vencer o oportunismo e o golpismo,
inclusive de forma dissimulada.
Vamos vencer aqueles que não se conformam que
os avanços sociais foram conquistados no nosso governo.
Estamos juntos para
vencer aqueles que tentam forjar catástrofes e querem aventuras", concluiu