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18/09/2015
Altamiro Borges, em seu blog
O golpe é para
'privatizar tudo'
Créditos da foto:
Marcos Fernandes
A economista Elena Landau,
que foi apelidada de
'musa das privatizações'
durante o reinado de FHC,
escancara os interesses
que movem esta conspiração.
Animados com a possibilidade do impeachment da presidenta
Dilma, alguns tucaninhos começam a abrir o bico e a revelar as verdadeiras
razões deste golpe.
Em artigo publicado na Folha desta quinta-feira (17), a
economista Elena Landau, que foi apelidada de "musa das
privatizações" durante o triste reinado de FHC, escancara os interesses
que movem esta conspiração.
Para ela, "é hora de privatizar" - de preferência,
entregando o patrimônio público e as riquezas nacionais para o capital
estrangeiro.
A entreguista Elena Landau, conhecida por seu doentio
complexo de vira-lata, teve papel de destaque no criminoso processo da
"privataria tucana" - tão bem descrito no livro do jornalista Amaury
Ribeiro Jr...
Ela foi assessora da presidência do BNDES e diretora do
"Programa Nacional de Desestatização" do governo FHC. Ela faz parte
do grupo de economistas ultraneoliberais da PUC-RJ, que tem entre os seus
expoentes figuras como Armínio Fraga, Pérsio Arida, Gustavo Franco e André Lara
Resende.
Ela também tem sólidas ligações com o império, tendo estudado
no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), um antro mundial das teses
destrutivas e regressivas do neoliberalismo.
Com este currículo, Elena Landau tornou-se a musa dos tucanos
e porta-voz dos interesses de rapina das corporações estrangeiras.
A partir da vitória de Lula, em outubro de 2002, a economista
caiu no ostracismo e passou a cuidar dos seus negócios. Só voltava à tona nas
campanhas eleitorais, ajudando na elaboração dos programas dos candidatos
derrotados do PSDB - José Serra, Geraldo Alckmin e, no ano passado, do
cambaleante Aécio Neves.
A Folha tucana, sempre tão generosa, até garantiu um palanque
para a economista neoliberal, mas sem maior repercussão. Agora, com a ofensiva
golpista pelo impeachment de Dilma, Elena Landau adquire novamente
"prestígio".
No artigo intitulado "É hora de privatizar", ela
demonstra que mantém o bico tucano afiado. Do seu palanque, ela critica o
pacote fiscal apresentado nesta semana pelo governo federal. Ele seria muito
tímido.
"Os ajustes propostos não atacam erros fundamentais que
levaram ao descalabro nas contas, entre eles o gigantismo do Estado, e pouco
avança neste campo. A privatização não foi mencionada uma vez sequer".
Para ela, "a privatização é parte da solução dessa
crise.
Ela não depende, na maioria dos casos, de apoio do
Legislativo.
Apenas da vontade política do Poder Executivo".
Após passar um período de esquecimento, ela até tenta se
jactar dos seus feitos no desastroso reinado de FHC. Vaidosa, ela se gaba do
"sucesso" do Programa Nacional de Desestatização.
Só não diz que parte do patrimônio público foi vendida a
preço de banana - é só lembrar da entrega da Vale - e que, mesmo assim, o país
ficou de joelhos por três vezes diante do FMI e quase quebrou totalmente.
FHC e Landau, entre outros privatistas e entreguistas, foram
escorraçados do governo pelo voto popular.
Agora, eles desejam voltar ao poder através de um golpe para
concluir o serviço sujo da privatização.
"A crise abre oportunidade para nova rodada de
privatizações... A lista de ativos federais, estaduais e municipais a serem
vendidos pode e deve ser ampliada. Há oportunidades na área de distribuição de
gás, transportes e saneamento.
A quantidade de empresas e o montante de recursos a serem
arrecadados é grande. Some-se ainda o plano de desinvestimento da Petrobras e
os valores duplicam.
O PND (Plano Nacional de Desestatização) precisa sair de sua
longa hibernação e o BNDES deve recuperar sua vocação para coordenar o projeto
de desestatização nacional, com lei específica e regras claras.
A gravidade da crise não permite tergiversação", conclui
a economista neoliberal.