FCO.LAMBERTO FONTES
Trabalha em JORNALISMO INTERATIVO
Mora em ARAXÁ/MG
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07/12/2015
·
POLÍTICA
Mais
um “cunhista”
pego
na propinagem.
João
Magalhães, de Minas
Um dos
peemedebistas mais próximos de Eduardo Cunha, o mineiro João Magalhães (na
foto, com Cunha), ficou mais “enrolado” hoje, com a divulgação, pelo Estado de Minas, de novos detalhes de seu envolvimento na
concessão ilegal de uma lavra de turmalina com potencial avaliada em US$
1 bilhão, recebendo para isso uma propina de US$ 500 mil quando era deputado
federal.
Um diálogo gravado foi divulgado pelo jornal mineiro, relatando
a conversa entre o dono da mineradora beneficiado, Ubiratan Batista de Almeida,
e um interlocutor de nome Altino:
Ubiratan:
Ô, Zé, com seu irmão não vou acertar nada, esse negócio vou passar direto pro
João. Eu só tô em São Paulo. Nós viemos aqui num negócio de doleiro, você
entendeu? Pra passar isso aqui pra conta dele, eu não tenho como passar isso aí
pro Beto, não, você entendeu?
Altino: Vai passar pro João Magalhães?
Ubiratan: É pro João Magalhães.
Altino: Quanto você tá pagando, Bitan?
Ubiratan: Cinco zero zero (500).
Altino: Cinco zero zero?
Ubiratan: Isso. É o que foi combinado, você entendeu? Eram três, depois passou pra cinco.
Altino: De verde (dólar), né?
Ubiratan: Hein?
Altino: De verde, né?
Ubiratan: É, é.
Altino: Vai passar pro João Magalhães?
Ubiratan: É pro João Magalhães.
Altino: Quanto você tá pagando, Bitan?
Ubiratan: Cinco zero zero (500).
Altino: Cinco zero zero?
Ubiratan: Isso. É o que foi combinado, você entendeu? Eram três, depois passou pra cinco.
Altino: De verde (dólar), né?
Ubiratan: Hein?
Altino: De verde, né?
Ubiratan: É, é.
Magalhães mandava num dos diretores do Departamento de Produção
Mineral, Celso Dâmaso, demitido por dIlma Rousseff logo após revelar-se seu
envolvimento com corrupção na Operação Sete Chaves, da Polícia Federal. Íntimo
de Cunha, que estendeu seus tentáculos para a área da mineração, junto com o
deputado Artur Maia, hoje um dos
indicados para compor a Comissão Especial do Impeachment.
Magalhães agora é deputado estadual e já teve um pedido de
prisão feito pela Polícia Federal, negado pelo STF – ao contrário do que
aconteceu com Delcídio Amaral, por ser parlamentar.
Os pesos e as medidas, como se vê, são bem diferentes.