QUANDO CHEGAMOS AO PONTO ONDE O
PENSAMENTO EM FALA E A ESCRITA, DE GRANDE PARTE, QUASE MAIORIA DE NOSSOS MELHORES
JORNALISTAS E FILÓSOFOS, RELIGIOSOS E ARTISTAS, POLÍTICOS E EMPRESÁRIOS, NA
DEFESA DE QUEM ESTÁ SENDO MALEFICAMENTE FUSTIGADO E PERSEGUIDO SIMPLESMENTE
PARA RETIRAR DO CAMINHO PESSOA DE REPUTAÇÃO ILIBADAMENTE CONQUISTADA, É SINAL DE
QUE ESTAMOS PRÓXIMOS DE GOLPISMOS E
DESMANDOS NA IRRESPONSABILIDADE
DO USO ARBITRÁRIO OU EXCESSIVO DO PODER.
FCO.LAMBERTO FONTES
Trabalha em JORNALISMO INTERATIVO
Mora em ARAXÁ/MG
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11 de Fevereiro de 2016
Como
agir
em
face dos crimes
da
direita?
Convém lembrar que a história da direita
no Brasil e no mundo se confunde com o fortalecimento de uma minoria congelada,
que se apossa das riquezas e da renda da maioria da sociedade.
Para tanto, edifica armadilhas em forma
de leis, de corrupção e de justificativas para esconder a injustiça.
O que
resta para a população são sacrifícios, destruição da dignidade e redução dos
direitos humanos.
O
Estado se torna forte na preservação dos privilégios dos poderosos e
ineficiente para a maioria das pessoas.
No
Brasil a direita é cruel historicamente com o povo, com a oposição em tempos de
chumbo, com as lideranças sociais, com os intelectuais, com os estudantes e com
os trabalhadores.
Nas ditaduras exilou, prendeu, torturou e matou as melhores
cabeças.
No neoliberalismo fraturou
propositalmente a coluna material do Estado, vendendo o patrimônio público e
deixando um rastro interminável de corrupção.
Sempre
que no poder destruiu todos os projetos de teor social e democrático,
abandonando o povo nos vales das piores e danosas agruras.
É a causa do desemprego em massa, da
concentração e empilhamento das populações nas cidades, jogadas como lixos e
seres de terceira classe.
Daí a origem da criminalidade, das drogas
e da marginalidade deteriorante da vida. Nas ditaduras e no neoliberalismo com
seu pensamento único a direita deixou o País aos escombros.
Nas democracias a elite de direita age de
maneira a amarrar punhos e pernas dos filhos do povo.
A
democracia causa arrepios e urticárias nos agentes de direita. Não admitem o
crescimento de lideranças pensantes e com práticas sociais inclusivas do povo.
Seu lema é: "não podem se
candidatar, se se candidatarem não podem ganhar as eleições, se ganharem não
podem ser empossados, se forem empossados não podem governar ou legislar em
favor da justiça social".
Projetos
de caráter inclusivo são sempre mal vistos e bombardeados. Um dos exemplos
aparentemente bobos é o do Plano Cruzado de Sarney, que desencadeou fantástica
onda de consumo e de produção.
Pois a burguesia concentradora de
riquezas e de renda não tardou em boicotá-lo e destruí-lo.
Agora
com Lula, perseguido ao estilo fera invasora.
Lula
sempre foi perseguido pela direita.
Mesmo que seu governo e partido
mergulhassem num pragmatismo colorido e reformista, participando de eleições
fantoches e viciadas, governando sem muitos avanços, é visado de modo criminoso
pela direita encastelada na mídia, no judiciário, na polícia e na oposição
lacerdista, que não tem escrúpulos em acusá-lo de tudo, sem provas e sem
respeito por sua história. .
É
evidente que não é somente Lula que interessa eliminar. O alvo da bestialidade
da direita é o povo, é a distribuição da riqueza.
Portanto,
sem tergiversar, é preciso que se diga que a direita é assassina, criminosa,
perversa, bandida, desalmada, apodrecida e tudo o mais que se possa dizer para
configurar o horror que é esse grupo minoritário e dominante, que vive do
sangue da sociedade e sempre disposto a sangrar o povo.
A
pergunta é o que fazer para curar a sociedade do câncer da direita?
Algumas
respostas se revelam ineficazes e adoecidas, contaminadas em todas as ações da
sociedade.
A educação, apontada como uma possibilidade,
ainda está nas mãos do mercado corrupto, que lucra com a [de] formação das
crianças e da juventude.
Com as instituições de ensino nas mãos a
direita deforma e atrasa o processo da tomada do poder.
As
eleições são ferramentas apodrecidas a cancerígenas, incapazes de levar ao
poder os filhos e os projetos mudancistas do povo.
O
poder é aparelho viciado e entulhado pelo desprezo ao povo e intenso de moscas
que pousam nas consciências, corrompendo-as com suas picadas infectadas pelo
uso patrimonialista e privado do que é público.
Os
partidos mais populares são engessados por correntes que se estrangulam
mutuamente, que disputam o poder interno e quando chegam às instituições
públicas tropeçam nas próprias pernas, deixando a direita contente no trono.
O descompromisso com o povo e com os
movimentos sociais atinge parlamentares e executivos, que privilegiam detalhes
de seus gabinetes ao todo social e nacional.
O que
fazer para eliminar o câncer da direita?
A
União Soviética criou a figura da Sibéria, que o imperialismo se encarregou de
distorcer e mitificar, para fazer a direita trabalhar e se reeducar.
O
objetivo era encaminhar os contra revolucionários, bandidos e terroristas da
direita, sempre dispostos a boicotar e destruir os sonhos de justiça social do
povo, e fazê-los trabalhar sob pesada disciplina e controle ferrenho.
Em alguns casos aplicando pena de morte,
como acontece ainda hoje em alguns países, quando agentes de direita não têm
solução.
Tais
medidas se deparam com furiosas polêmicas do ponto de vista ético por parte de
certos humanistas.
Outra
correção foi a proposta pelos sandinistas que ocuparam o poder pelas armas na
Nicarágua. Prenderam a direita composta pela orla de bandidos integrantes do
governo do derrubado e corrupto Somoza.
Os que participavam das forças armadas,
da polícia e do judiciário eram criminosos e torturadores. Ocorreu ao governo
revolucionário, antes com muitos de seus membros presos e torturados pelos
atuais criminalizados, oferecer liberdade vigiada aos de boa vontade que
quisessem participar da campanha de alfabetização usando o método de Paulo
Freire. Muitos se somaram à vitoriosa alfabetização que zerou o analfabetismo
no País.
Nas
primeiras eleições os mesmos agentes golpearam a revolução e elegeram uma
direitista para governar a Nicarágua, colocando os projetos populares e o
compromisso com a soberania do País águas abaixo.
Outra
solução foi a aplicada pelo lulismo no Brasil. A ideia da conciliação tentou
dar ganhos para todos os lados, redundando em esmolas para os pobres e muita
riqueza e poder para a direita, que empanturrou suas cobras para o golpe contra
o povo.
Essa
solução também se apresenta débil e de resultados pouco duradouros pelo seu
caráter consumista e concentrador. Nessa perspectiva o povo não acumula forças,
consciência de cidadania e política para efetivamente avançar e ocupar o poder,
extirpando a direita de seu núcleo.
O
lulismo não tocou no cerne do poder, mesmo quando a opinião pública lhe era
majoritariamente favorável.
Esse
projeto peca pela ingenuidade e pela inocência de pensar que a direita é
conciliável, que respeita as promessas, que é tratável, que é capaz de dialogar
e colaborar socialmente.
A vida prova que a direita não é parceira do povo nem do País.
Qual é a solução?
É a
velha fórmula: acumular apoio popular e desequilibrar a correlação de forças,
construindo laços profundamente solidificados com o povo.
Basta de dar comida cara para a direita
alimentar suas cobras.
Basta
de engordar os vermes que a servem, os chamados intelectuais orgânicos do bloco
dominante, como dizia Antonio Gramsci: seus jornalistas, seus
"cientistas", seus "intelectuais", sua "classe
média".
É
chegada a hora de mostrar ao povo que os de cima nada fazem por ele e que os
debaixo têm que se levantar, sem esperar doações e sem aguardar pelo pior em
termos de derramamento de sangue e de crises ciclópicas sem fim!
Nem
judiciário nem polícia nem parlamento nem executivo por si sós e
automaticamente por benevolência solucionam a democracia e as crises econômicas,
políticas e sociais.
O povo tem que tomar todos os poderes!