FCO.LAMBERTO FONTES
Trabalha em JORNALISMO INTERATIVO
Mora em ARAXÁ/MG
1 blogspot, + 1 página no facebook, + de 80 grupos no facebook, + twitter,
+ de 900 blogs e comunidades no google+, + de 412 conexões no LinkedIn.
497.592 visualizações em 40 meses
Nada,
nenhum argumento político ou jurídico será mais desmoralizante, aqui ou lá
fora, para o golpe no Brasil que o comprometimento e o comportamento de seus
agentes executores.
Um bando de escolares em excursão não
produziria sequer a metade do que aqueles senhores, bem cevados de verbas
públicas, expuseram para a vergonha do nosso país.
Conseguiram, em algumas horas, revelar mais
da natureza do atraso, da mediocridade, do indecoroso deste episódio que horas
e horas de qualquer discurso que os denunciasse.
Em poucas horas, os jornais do mundo
inteiro estarão às risadas com as cenas que se passaram na Câmara.
Deus, a esposa, os filhinhos, os netinhos,
o papai, a mamãe… As razões dos votos para derrubar um governante eleito por 54
milhões de votos.
Você consegue imaginar aquelas cenas num
parlamento da França, dos EUA, da Espanha, até, aqui, da Argentina ou do
Paraguai?
Porque se democracia for o espetáculo de
bordel que nos apresentaram os deputados, para que lutar por ela?
Infelizmente, se é o mais explícito e
caricato, não é o único.
A Justiça se transformou em polícia e o
Supremo, com todo o formalismo pedante de seus ministros, apadrinhou a
pantomima grosseira, porque deixou que se desenvolvesse e porque deixou a
dirigi-la um ladravaz com as provas e o cinismo mais que evidentes.
É melhor que suas Excelências aceitem que
as chamemos de covardes, porque se não foi covardia, o que se dirá é bem pior.
Falta pouco para completar a trinca de
instituições nacionais destruídas, o que se completará com a subida de uma
figura sem qualquer opinião e com sobeja ambição, cuja carência de legitimidade
o tornará refém ou cúmplice dos apetites de assalto ao poder que vimos na
chanchada da noite de domingo.
Ao regime que teremos, em alguns dias,
quando a papelada golpista fizer seus trâmites burocráticos, só resta a
alternativa de derrubá-lo pela força das ruas.
E, creia, em poucos dias eles estarão
de não poder sair às ruas, porque não têm como explicar a bacanal provinciana
que estrelaram sob o patrocínio de senhores e senhoras muito bem postados na
mídia, que chegaram a ficar ser graça quando viram os modos da matilha que
açularam e que mandaram, com seus dentes e garras, sobre o governo eleito.
A Nação os viu.
O Mundo os viu.
Nenhuma palavra que se tenha dito sobre
eles parece, agora, exagerada.
Com aquela gente no comando da República,
já não se pode falar mesmo em democracia.
Talvez em suinocracia,
quando os porcos
assumem o Governo do País.