domingo, 23 de janeiro de 2022

A HERANÇA INICIAL DO DESMONTE DE NOSSO BRASIL, ANTES DE LULA, FOI NO GOVERNO DE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, ... "O VENDILHÃO DA PÁTRIA" E SEUS ASSECLAS, OS CAPITALISTAS DE UM SISTEMA FINANCEIRO SELVAGEM. (não querendo aqui, formar conceito por uns grunhidos de cantarola bárbara com que os vendilhões pregoavam*). DEPOIS DO GOLPE FORMADO, PRECIPUAMENTE POR MICHEL TEMER, SURGEM OS IGNORANTES ELEITORES QUE COLOCARAM NO COMANDO UM MAL MAIOR: UM GENOCIDA, PSICOPATA, ANTIPATRIOTA QUE COLOCA A “PÁTRIA ARMADA” NOS SEUS MAIS PROFUNDOS OBSCURANTISMOS DE GOLPE E DESMONTE DE NOSSA NAÇÃO. É AINDA MAIS VENDILHÃO DO QUE FHC. E TEXTO ABAIXO COM VÍDEO COMPLETO INDICADO, APONTA O ÚNICO CAMINHO PARA VOLTARMOS À TER PAZ E CREDIBILIDADE QUE FASCÍNORAS TENTAM DESTRUIR...

        

FCO.LAMBERTO FONTES
Trabalha em JORNALISMO INTERATIVO
Mora em ARAXÁ/MG

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23 / 01 / 2022, DO SÉCULO 21

''O Brasil de 2023 será muito mais destruído do que o de 2003''

Trechos da conversa de Lula com a mídia independente

Por César Locatelli

Créditos da foto: (Fernando Bizerra Jr./EFE)

Alguns trechos de fala de Lula, na quarta (19), em  entrevista coletiva  para a mídia independente, sobre o combate à desigualdade, seu projeto de poder, violência, instituições, relação com os EUA, na governança mundial, crise ambiental, governo Bolsonaro, militares, inovação e desenvolvimento industrial são apresentados na sequência.

O combate à desigualdade

“É preciso que a gente recupere a democracia para podermos colocar a desigualdade na ordem do dia, como prioridade do governo e não colocar como prioridade o teto de gastos. Para colocarmos em discussão o compromisso com a evolução social da sociedade brasileira e deixar em segundo plano o compromisso fiscalista do governo que tudo faz para garantir dinheiro para pagar o sistema financeiro e não faz nada para garantir o pagamento da dívida social que é histórica em nosso país.”

“Esses ignorantes acham que o país vai evoluir se o povo estiver passando fome, se o povo estiver desempregado, se o povo ganhar pouco. É essa sociedade que eles querem. Pouco para muitos e muito para poucos. Essa sociedade não dá certo.”

“Só tem uma razão para eu ser candidato à presidência da República que é tentar provar que esse povo pode voltar a ser feliz, pode voltar a sonhar com uma escola técnica, com uma universidade…”

“Para solucionar os problemas do país temos que por o pobre no orçamento e o rico no imposto de renda.”

O projeto de poder (Alckmin e centro-direita)

“Eu não terei nenhum problema se tiver que fazer uma chapa com Alckmin para ganhar as eleições e para governar esse país… Vamos construir um programa de interesse da sociedade brasileira… Não abro mão que a prioridade é o povo brasileiro.”

“O Brasil de 2023 será um Brasil muito, muito, muito mais destruído do que o Brasil de 2003… O que você precisa é de inteligência política para construir as pessoas que podem querer remar junto com você para fazer essa travessia oceânica… É para fazer esse país que eu preciso construir uma relação política mais ampla que o PT. E não mais à esquerda, mas ao centro e, se for o caso, até com setores de centro direita.”

“Eu ainda quero conversar com mais gente. Independentemente das pessoas serem de direita ideologicamente, eu quero saber como essa pessoa pensa humanamente. Tem gente que é conservadora do ponto de vista ideológico, mas tem uma visão humana mais digna. Essa gente precisa estar junto para recuperarmos esse país.

“Eu acho, com toda modéstia, que o PT nunca esteve tão próximo de ganha o governo do estado [de São Paulo] como está agora. Você sabe que isso não seria pouca coisa.”

Violência

“Nós precisamos mudar o papel do Estado. Quando a gente fala em violência, a gente pensa na polícia. Aí não tem solução porque mais violência, mais polícia, mais violência. O problema é que a violência é originária, na minha opinião, da ausência do Estado no cumprimento de suas obrigações com a comunidade.

Se o Estado não está lá gerando emprego, se o Estado não está lá cuidando da água, cuidando da educação, cuidando da saúde, cuidando do lazer, cuidando da cultura e só aparece lá com a polícia, de vez em quando, aí não tem solução.”

“Eles têm tanto medo de cultura que acabaram com o ministério. Pois eu vou fazer uma conferência de cultura e vou criar um comitê de cultura. Não vai ser mais só um ministro, será um comitê de cultura. A cultura vai ajudar a construir esse país mais democrático.”

Instituições

“Eu tive a sorte… de provar em vida a farsa que montaram contra mim. Outros não tiveram. Juscelino até hoje paga por um apartamento que nunca foi dele no Rio de Janeiro. Eu consegui desmontar o canalha que foi o Moro no julgamento dos meus processos.”

“Vencer significa que, além de ganhar uma eleição, nós temos que aprimorar as instituições nesse pais. Elas ainda são compostas pela plutocracia que fez a Proclamação da República ainda no tempo do império, que são os desembargadores, os juízes, são os procuradores, essa gente muito sofisticada. Ainda não tem ninguém do Prouni, ainda não tem ninguém quotas. Quando essa gente estiver participando das instituições podemos ter certeza que a democracia estará se consolidando de forma definitiva no Brasil.”

EUA, nova governança mundial e a crise ambiental

“Nós precisamos rediscutir uma nova governança mundial. A gente não vai resolver a questão ambiental se deixarmos por conta dos estados nacionais… É preciso acabar com o poder de veto na ONU. É preciso acabar com o poder dos Estados Unidos de não respeitarem nenhuma decisão.”

“Como vou tratar os Estados Unidos? Primeiro eu trato os EUA com o respeito que eu acho que eles merecem. Agora, quero que eles me tratem com o respeito que o Brasil merece. Eles têm que compreender que o Brasil é o país mais importante da América Latina. É o de maior população, é o maior economicamente. E o Brasil tem interesse em crescer junto com todos os países da América Latina e da América do Sul.”

“Ninguém quer que a Amazônia seja transformada num santuário da humanidade. As pessoas que moram lá querem ter acesso a bens materiais, querem produzir. É possível utilizar a riqueza da biodiversidade para desenvolver a Amazônia? É. Então temos que investir em pesquisa.”

“Estamos reféns das grandes empresas que produzem esses venenos. Então temos que lutar contra isso. Veja o que nós perdemos depois do golpe contra Dilma. Você se lembra da quantidade de venenos que foi autorizada a jogar na agricultura brasileira depois do golpe. Restabelecer isso significa fazer um chamamento aos empresários que têm consciência de que não vão progredir muito na venda de seus produtos ao exterior se não estiverem preocupados com a questão ambiental.”

Governo Bolsonaro e militares

“Bolsonaro é o presidente mais àquilo que há de mais atrasado na política brasileira.”

“É um descalabro, é um país que está sem governo, é um país que não tem orientação para absolutamente nada.”

“É o primeiro momento na história desse país que você não sabe para que existe governo.”

“Esses ignorantes acham que o país vai evoluir se o povo estiver passando fome, se o povo estiver desempregado, se o povo ganhar pouco. É essa sociedade que eles querem. Pouco para muitos e muito para poucos. Essa sociedade não dá certo.”

“Não posso balizar as Forças Armadas pelos que estão no governo… Essa gente não representa as Forças Armadas. Estou convencido que hoje você tem um grupo de aproveitadores… O Pazuello jamais poderia ser um general com a formação que tem, com a grosseira que ele tem, com a ignorância que ele tem. Não pode, um homem daquele, chegar a general.”

“Eu trabalho com a ideia que esses oito mil militares que estão trabalhando no governo, na burocracia, certamente irão se afastar ainda durante o processo eleitoral. E vão percebendo que que têm que pedir a conta. Vamos discutir o papel da Forças Armadas, que é mais nobre do que o que estão fazendo agora.”

Inovação e desenvolvimento industrial

“O único desafio que cabe a mim, que sou leigo em muitas das coisas, é envolver as universidade, os empresários e o Estado para que a gente possa discutir o que fazer. No tempo que eu era presidente, nós criamos, no BNDES, vários núcleos para discutir inovação industrial. Essas coisas andam muito pouco porque os empresários brasileiros não investem em pesquisa. Quem investia em pesquisa era Petrobras, era o Estado que investia.”

“Nós precisamos, primeiro, fazer uma grande discussão com a sociedade brasileira sobre o que entendemos sobre uma nova política industrial. Qual é o mercado que podemos entrar? O que podemos estruturar? Se a gente pegar nossos cientistas, nossa universidade, nossos empresários mais jovens e mais modernos e pegar o governo, nós podemos apresentar [um plano]… Temos que ter consciência que ninguém vai nos ajudar. ‘É nóis.’ É a nossa inteligência, nossos interesses soberanos.”

*   O Mito da Queda em A Queda dum Anjo de Camilo Castelo Branco

Marta Alexandra de Moura Teixeira
Dissertação realizada no âmbito do Mestrado em Estudos Literários, Culturais e Interartes,
orientada pela Professora Doutora Maria Luísa Malato da Rosa Borralho.