quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013


Editorial: EM NOME DA VERDADE
Por Geraldo Elísio

“A natureza nos uniu em uma imensa família, e devemos viver nossas vidas unidos ajudando uns aos outros”. - Sêneca

A senhora Andréa Neves – pode ficar tranqüila dona Mãos de Tesoura, eu não quero dinheiro, quero probidade – rides again. Não precisa perturbar o funcionamento do BMG e do Banco Rural, o preferido de nove entre dez escândalos nacionais. Agora, se a senhora puder me informar se o Brasil dispõe de um Banco Central que não compactue com operações financeiras ilegais eu ficarei feliz. Será manchete em meu espaço.
Nas enciclopédias ou na Wikipédia, vamos ver que Inês de Castro casou-se com o infante Pedro I de Portugal, um romance mal visto pelo povo e pela corte. Em resumo o pai do infante mandou exilá-la e finalmente dona Inês foi morta, numa história de amor que tem todos os ingredientes capazes de fazer juz ao sem juízo Cupido, o mitológico Deus do amor, inclusive, em meio a tantas peripécias, dona Inês se transforma em rainha depois de morta.
A moral da rex publica, a coisa pública, em Minas Gerais, sem açúcar e afeto – copy rigth by Chico Buarque de Holanda – desde há algum tempo vem sendo executada,  mas como todo mal ou todo bem um dia chega ao fim, haverá de ressurgir como magestade a exemplo de Inês de Castro. Da mesma forma como a imprensa renascerá para a missão de informar e não desinformar, rendendo-se ao fascínio dos botos portadores de mala preta a jogar por terra uma luta de anos contra a censura duramente imposta ao tempo do golpes civil-militar de 64. Que diferença faz senhora Andréa uma censura imposta por um cidadão fardado da censura que mesmo sem o verde-oliva dos uniformes ostenta o verde-dólar ou a miríades de cores das notas do dinheiro brasileiro a entrar sob sorrisos e salamaleques pelas tesourarias das mídias prostituídas? E quem será o rufião a transportar tais malas de dinheiro? A esta informação também me sentiria grato.
Resta uma outra observação importante. Nada tenho de pessoal contra a senhora ou ninguém. Apenas exerço o meu papel de jornalista que a senhora na qualidade de colega bem sabe qual é. E faço uma proposta simples, se eu estiver errado – claro que sei da minha insignificância e da significância da senhora para o processo de deterioração da mídia brasileira. Porém seja magnânima com os humildes. Repito, não tenho interesse no dinheiro dos cofres aos quais a senhora tem acesso. Só peço que me processe se eu estiver dizendo heresias. E as autoridades competentes a senhora e eu apresentaremos expontaneamente a quebra de nossos sigilos bancário, fiscal e telefônico. Ficaremos – eu já estou – em paz com a nossas consciências.
Este espaço é permanentemente aberto ao democrático direito de resposta a todas as pessoas e instituições aqui citadas.