Publicado em 11/04/2013
Editorial: OS DEUSES DO MERCADO
Por Geraldo Elísio
“Pensando em conseguir de uma só vez todos os ovos de ouro que a galinha poderia lhe dar, ele a matou e a abriu apenas para descobrir que não havia nada dentro dela”. - Esopo.
A crise tucana aumenta em proporções iguais à crise que assola a Europa e os Estados Unidos, aguçando o apetite daqueles que pretendem alienar a soberania brasileira entregando as nossas riquezas de toda ordem ao capital internacional. À frente de tal projeto o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o fraudador da dívida externa brasileira, segundo o deputado federal delegado Protógenes Queiroz (PC do B/SP) que, na falta de melhor opção tenta fazer sucessor de Dilma Roussef o senador play boy por Minas Gerais, Aécio Neves.
Fernando Henrique bem como Aécio, péssimas heranças legadas ao Brasil pelo ex-presidente Itamar Franco, a “Virgem de Motel”, tenta desde o seu primeiro mandato transformar o Brasil em uma colônia dos EUA. O lema de FHC não deve ser “Ordem e Progresso”, mas sim “In God we trust”. Da mesma forma que a bandeira dele em vez das cores brasileiras possui “stars and stripe for evers”.
Vale à pena relembrar uma manhã em que encontrei no Mercado Distrital do Bairro Cruzeiro, em Belo Horizonte, o ex-deputado federal por Minas Gerais, professor Edgar Amorim, que pertenceu ao chamado Grupo Autêntico do extinto MDB. Um homem dos mais sérios que conheço na política e defensor de causas nacionalistas.
Ao conversarmos sobre o momento político de então – Fernando Henrique Cardoso acabara de pedir ao povo brasileiro que esquecesse tudo o que ele disse ao brincar de ser um homem de esquerda – o professor Edgar Amorim com a finesse que o caracteriza e um certo ar de decepção me respondeu:
- Creio que o Fernando Henrique Cardoso chegou à conclusão de que o Brasil nunca chegará a um lugar de destaque no plano mundial e tenta alinhar o Brasil aos Estados Unidos em condições mais vantajosas.
Mas ele próprio no decorrer da conversa disse entender que a premissa é falsa. Nos despedimos e só mais recentemente tal assunto voltou a ser aguçado em alguns círculos. A conclusão a que havia chegado o professo Amorim tinha um tanto de verdade, FHC querer alinhar o Brasil aos EUA, e outro tanto de equívoco, sendo a razão verdadeira a ambição do ex-presidente hoje do alto dos seus 80 anos amargando todos os erros que cometeu. Embora ao que pareça não se esquece dos dólares em sua conta bancaria, moedas estas onde igualmente esta cunhado “em Deus nos encontramos”, só devendo ser observado que para os adoradores do neoliberalismo o sagrado é o cifrão.
Este espaço é permanentemente aberto ao democrático direito de resposta a todas as pessoas e instituições aqui citadas.
