sábado, 13 de abril de 2013

Publicado em 12/04/2013
Editorial:
MADE IN BRASIL
Por Geraldo Elísio

“Polícia é polícia e bandido é bandido”. – Lúcio Flávio Vilar Lírio – Filósofo da bandidagem carioca.

O jornal inglês “Financial Times” divulgou, em “furo de reportagem” de quem “descobre a roda” que no Congresso brasileiro “a raposa está frequentemente cuidando do galinheiro”.

Entre as supostas "raposas" citadas pelo diário britânico, estão o deputado e pastor evangélico, Marcos Feliciano, presidente da Comissão de Direitos Humanos do Congresso, autor de uma série de comentários racistas e homofóbicos.

 Também o novo presidente da Comissão de Finanças e Tributação, João Magalhães, que está respondendo a processo no STF, acusado de corrupção; os petistas José Genoino e João Paulo Cunha, condenados no processo do mensalão, integrantes da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (?) e Blairo Maggi, atual líder da Comissão do Senado para o Meio Ambiente e um dos maiores produtores mundiais de soja.

Segundo o diário, o Congresso “é refém de diversos grupos de interesse que podem mudar suas alianças a qualquer momento”. Traduzindo o que o redator quis dizer, fisiologismo.

Para o “Financial Times”, as comissões brasileiras, ainda que sem dispor de um poder remotamente comparável ao das comissões do Congresso americano, "são simbólicas dos poderosos grupos de interesse que atuam na política brasileira, comuns a todos os partidos”.

O redator não se lembrou de acrescentar que quem sempre sai perdendo é o povo.

Indo além, diz o jornal londrino: “É por esse motivo que os presidentes brasileiros normalmente tentam incluir o máximo possível de partidos em seus ministérios".

E sustenta que ainda assim a presidenta Dilma Rousseff não consegue assegurar “a lealdade do Congresso”, numa tradução eufêmica de que quem tem amigos como ela não precisa nem de inimigos.

São listadas como derrotas de Dilma no Congresso, a tentativa de aprovar um “Código Florestal mais simpático ao meio ambiente", que acabou sendo frustrada pelo bloco ruralista, e a "batalha que ela perdeu" pela distribuição igualitária de royalties do petróleo entre os Estados, com “os congressistas votando de acordo com suas interesses regionais”.

Como gosto do uso de ditados populares há um deles que me chama muito a atenção: “Diga-me com quem andas que direi quem tu és”.

Este espaço é permanentemente aberto ao democrático direito de resposta a todas as pessoas e instituições aqui citadas.