Publicado em 15/05/2013
Minas
Gerais
está
sem governo
Sem liderança, Anastasia tenta em vão deter
disputa entre grupos do governo que se digladiam em busca de espaço e Poder
para sucedê-lo em 2014
Desde
que o senador Aécio Neves precipitou o lançamento de sua candidatura à
presidência da república em 2014, deu-se início a sucessão ao governo de Minas
Gerais. O que, até então, eram apenas pequenas discordâncias entre integrantes
do governo, agigantou-se, se transformando em uma luta de extermínio, mostrando
que não existe atualmente qualquer liderança capaz de conter a disputa.
Transparente e visível, o primeiro
sinal desta disputa ocorreu na eleição da mesa diretora da Câmara Municipal de
Belo Horizonte, onde o candidato à presidência da Casa, articulado por Marcos
Pestana, presidente do PSDB no Estado, seguindo orientação de Andréa e Aécio
Neves, foi derrotado pelo candidato de Danilo de Castro.
Na maquina do Governo do Estado, os
dois grupos, nas secretarias, autarquias e empresas públicas, disputam força em
busca do controle principalmente sobre os setores de compras e licitações,
vitais para formação do conhecido Caixa, necessário para qualquer pretensão
eleitoral. Nestas entidades a paralisia já se encontra instalada.
A base aliada, através dos partidos
políticos que davam sustentação ao Governo do Estado, literalmente dissolveu
diante do novo quadro nacional, onde PP, PSD, PSB, PDT e por último o MD,
oriundo da fusão do PPS com o PMN, terão caminhos opostos ao do candidato Aécio
Neves à presidência da república. Levando seus representantes no governo
mineiro a adotar a estratégia de ganhar o máximo enquanto puder.
O que era uma sucessão tranquila
transformou-se numa das mais complicadas dos últimos anos, principalmente após
o PP, partido do vice governador Alberto Pinto Coelho, declarar apoio a Dilma.
Aécio viu-se obrigado a pedir que Anastasia não saia do governo em busca da
desincompatibilização para disputar o senado federal, para evitar que Pinto
Coelho assuma.
Pinto Coelho, aliado a Danilo de
Castro, tenta burlar a orientação de Aécio Neves para que as possíveis
candidaturas não sejam colocadas através do patrocínio de diversas candidaturas
a Deputado Estadual espalhadas pelo interior e na capital através da captura do
prefeito Márcio Lacerda pela Câmara Municipal.
A reação que partiria do vereador
Pablito, integrante do grupo de Pestana, Aécio e Andréa, foi abortada pela
crise da fraude em votação, explorada pelo representante de Danilo de Castro,
Leo Burguês, orientado pelo vereador Wellington Magalhães. Em reação, o grupo
de Pablito explora o escandaloso mega evento promovido irregularmente por
Wellington Magalhães.
O jogo é tão bruto que o Tribunal de
Justiça e Procuradoria Geral de Justiça estão entre as armas utilizadas por
ambos os lados mostrando que, além de imprevisível, está longe o final desta
briga. Há tudo assustado presencia o Governador Anastasia, refém de acordos
políticos celebrados por Aécio.
A amigos próximos, o governador tem
confidenciado que se dependesse dele já teria se livrado de Danilo de Castro,
ocorre que o secretário de governo tem um “nível de informação” que tornou
Aécio, Andréa, Anastasias, enfim, todo o Governo seus reféns.