quinta-feira, 16 de maio de 2013

Publicado em 15/05/2013

Minas Gerais
está sem governo
Sem liderança, Anastasia tenta em vão deter disputa entre grupos do governo que se digladiam em busca de espaço e Poder para sucedê-lo em 2014
Desde que o senador Aécio Neves precipitou o lançamento de sua candidatura à presidência da república em 2014, deu-se início a sucessão ao governo de Minas Gerais. O que, até então, eram apenas pequenas discordâncias entre integrantes do governo, agigantou-se, se transformando em uma luta de extermínio, mostrando que não existe atualmente qualquer liderança capaz de conter a disputa.
Transparente e visível, o primeiro sinal desta disputa ocorreu na eleição da mesa diretora da Câmara Municipal de Belo Horizonte, onde o candidato à presidência da Casa, articulado por Marcos Pestana, presidente do PSDB no Estado, seguindo orientação de Andréa e Aécio Neves, foi derrotado pelo candidato de Danilo de Castro.
Na maquina do Governo do Estado, os dois grupos, nas secretarias, autarquias e empresas públicas, disputam força em busca do controle principalmente sobre os setores de compras e licitações, vitais para formação do conhecido Caixa, necessário para qualquer pretensão eleitoral. Nestas entidades a paralisia já se encontra instalada.
A base aliada, através dos partidos políticos que davam sustentação ao Governo do Estado, literalmente dissolveu diante do novo quadro nacional, onde PP, PSD, PSB, PDT e por último o MD, oriundo da fusão do PPS com o PMN, terão caminhos opostos ao do candidato Aécio Neves à presidência da república. Levando seus representantes no governo mineiro a adotar a estratégia de ganhar o máximo enquanto puder.
O que era uma sucessão tranquila transformou-se numa das mais complicadas dos últimos anos, principalmente após o PP, partido do vice governador Alberto Pinto Coelho, declarar apoio a Dilma. Aécio viu-se obrigado a pedir que Anastasia não saia do governo em busca da desincompatibilização para disputar o senado federal, para evitar que Pinto Coelho assuma.
Pinto Coelho, aliado a Danilo de Castro, tenta burlar a orientação de Aécio Neves para que as possíveis candidaturas não sejam colocadas através do patrocínio de diversas candidaturas a Deputado Estadual espalhadas pelo interior e na capital através da captura do prefeito Márcio Lacerda pela Câmara Municipal. 
A reação que partiria do vereador Pablito, integrante do grupo de Pestana, Aécio e Andréa, foi abortada pela crise da fraude em votação, explorada pelo representante de Danilo de Castro, Leo Burguês, orientado pelo vereador Wellington Magalhães. Em reação, o grupo de Pablito explora o escandaloso mega evento promovido irregularmente por Wellington Magalhães.
O jogo é tão bruto que o Tribunal de Justiça e Procuradoria Geral de Justiça estão entre as armas utilizadas por ambos os lados mostrando que, além de imprevisível, está longe o final desta briga. Há tudo assustado presencia o Governador Anastasia, refém de acordos políticos celebrados por Aécio.

A amigos próximos, o governador tem confidenciado que se dependesse dele já teria se livrado de Danilo de Castro, ocorre que o secretário de governo tem um “nível de informação” que tornou Aécio, Andréa, Anastasias, enfim, todo o Governo seus reféns.