sexta-feira, 28 de junho de 2013

Publicado em 28/06/2013

EDITORIAL:
OU FICAR A PÁTRIA LIVRE OU MORRER PELO BRASIL

Geraldo Elísio escreve no "Novojornal". Prêmio Esso Regional de jornalismo, passado e presente embasam as suas análises

Por Geraldo Elísio

“Se todos quisermos poderemos fazer deste país uma grande nação. Vamos fazê-la”. - Tiradentes

Sinto-me na obrigação de oferecer algumas dicas úteis para os cidadãos mineiros pacíficos e que realmente desejam o bem de Minas Gerais e do Brasil, dispensando de tais organizações cidadãs os vândalos de qualquer natureza.
1 – Na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, que merece uma visita dos grupos de manifestantes, pró-cidadania, existe um pedido de CPI do Mineirão que ainda não pôde ser viabilizado pela falta de cinco assinaturas. Na mesma Assembléia existe um grupo chamado de “Bancada da Bola”, parlamentares que são ligados ao esporte. Se eles assinarem a questão estará resolvida. Vamos ver quem são eles e porquê ainda não assinaram:
“Caixa, Caixa, Caixa, Caixa... É caixa preta! Vamos abrir e verificar quais as irregularidades que fragilizam os setores de saúde, cultura, educação e segurança pública não é deputado Alberto “Caixa”?
Marques um ex-craque de futebol que em campo segundo se sabe nunca pisou na bola, mas no âmbito do Legislativo está cometendo falta grave contra os seus eleitores que a ele poderão mostrar o cartão vermelho na próxima eleição visto a traição dos compromissos populares com a ética e a transparência. Craque na acepção total do termo ele não pode temer “zagueiros corruptos”. De ir em frente e assinar marcando um “gol de placa” como tantos outros que já marcou.
“John Milk”, João Leite o “Arqueiro de Deus” goleiro que fez história no futebol mineiro e ainda tem a responsabilidade de ser pastor evangélico com a responsabilidade maior de ter como obrigação influir nos integrantes da Bancada Evangélica que ainda não assinaram o documento. Aliás, a John Milk e a todos os parlamentares evangélicos eu indago se cometo algum erro na citação que faço logo abaixo?
A narrativa de Jesus expulsando os vendilhões, também chamada de limpeza do Templo, ocorre nos quatro evangelhos canônicos do Novo Testamento.Neste episódio, Jesus e seus discípulos viajam a Jerusalém para a Pessach (a Páscoa judaica) e lá ele expulsa os cambistas do Templo de Jerusalém (o Templo de Herodes ou "Segundo Templo"), acusando-os de tornar o local sagrado numa cova de ladrões através de suas atividades comerciais. No Evangelho de João, Jesus se refere ao Templo como "casa de meu Pai", clamando para si assim o título de Filho de Deus.
Este é o único relato de Jesus utilizando-se de força física nos evangelhos. A narrativa ocorre perto do final dos evangelhos sinóticos (em Marcos 11:15-19; Marcos 11:27-33; Mateus 21:12-17; Mateus 21:23-27; Lucas 19:45-48 e Lucas 20:1-8) e perto do início do Evangelho de João (em João 2:13-16), o que leva alguns acadêmicos a postularem que se tratam na verdade de dois eventos separados, uma vez que o João relata mais de uma Páscoa.
O relato se inicia afirmando que Jesus visitou o Templo de Jerusalém, o Templo de Herodes, cujo pátio é descrito como repleto de animais e mesas dos cambistas, que trocavam o dinheiro padrão grego e romano por dinheiro hebraico e de Tiro1 . A cidade estaria lotada com judeus que tinham vindo para a páscoa, algo em torno de 300.000 ou 400.000 peregrinos.
Fazendo um chicote com algumas cordas, «...expulsou a todos do templo, as ovelhas bem como os bois, derramou pelo chão o dinheiro dos cambistas, virou as mesas e disse aos que vendiam as pombas: Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai uma casa de negócio.» (João 2:15-16).
No relato de Mateus:
“ «... expulsou todos os que ali vendiam e compravam, derribou as mesas dos cambistas, e as cadeiras dos que vendiam as pombas; e disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a fazeis covil de salteadores.» (Mateus 21:12-13)”
Em João, esta é a primeira de três vezes que Jesus vai a Jerusalém para a Pessach e o evangelista afirma que, durante esse período, ocorreram diversos sinais (não especificados) milagrosos realizados por Jesus, que fizeram as pessoas acreditarem em seu nome, mas o próprio Jesus não confiava neles, porque conhecia a todos (João 2:24).
Em Marcos 12:40 e em Lucas 20:47, Jesus novamente acusa as autoridades do Templo de ladrões e, desta vez, afirma que as viúvas pobres, como vítimas, são a prova. Os vendedores de pombas estavam vendendo os animais que seriam sacrificados pelos pobres que não podiam comprar sacrifícios mais caros e, especificamente, pelas mulheres. De acordo com Marcos 11:16, Jesus proibiu as pessoas de realizarem qualquer tipo de comércio no Templo - uma sanção que certamente arruinaria os sacerdotes.
Mateus afirma que os líderes do Templo questionaram Jesus se ele estava ciente que as crianças gritavam Hosana ao Filho de David, e Jesus respondeu «Sim; nunca lestes: Da boca de pequeninos e crianças de peito tiraste perfeito louvor?» (Mateus 21:16), aceitando a aclamação e citando Salmos 8:2.
Como o deputado Célio Moreira representa o grupo católico os textos das Sagradas Escrituras também devem ter serventia para ele na hora de pensar em assinar ou não a possibilidade de esclarecer dúvidas quanto a procedimentos inexatos, visto que os pecados de alguém não se transformam em  virtudes em outrem.
Disto isto é bom lembrar que as suspeitas envolvem comercializações ilegais que prejudicam mulheres, homens e crianças no chamado “templo do futebol” e que o povo deseja saber se são verdadeiras e em sendo quais são os culpados. Afinal quem não deve não teme. E ao final da CPI, se não houver erros o governador Anastasia poderá dizer com orgulho desta obrigação, e, em havendo culpas determinar as correções e punições caso exista dolo.
Mas existe ainda o João Vitor Xavier, excelente profissional do setor esportivo, com ótimo potencial de convencimento e que nenhuma razão tem para se omitir no quadro atual de ter uma ação decisiva na apuração de qualquer irregularidade. O povo saberá reconhecer o valor dele e o prestígio do mesmo aumentará. Caso contrário ele ficará marcado pela dúvida da conivência, do falso espírito de corpo ou no mínimo da covardia.
O deputado Perrela, um homem honrado, certamente não vai querer deixar de apor a sua assinatura em tão significativo documento, marcando a sua presença nesta hora em que a juventude brasileira desperta e exige uma total reforma comportamental e política. Responsabilidade semelhante tem o deputado Gustavo Valadares, íntegro como o seu pai, o ex-deputado Ziza Valadares, exponte de oposição ao tempo do golpe civil militar de 64 e ex-presidente do Clube Atlético Mineiro, portanto interessado em que todos os esquemas de corrupção sejam apurados. De resto a CPI do Mineirão deve ser assinada por todos os parlamentares, em primeiro lugar acredito eu pelos governistas, como prova pública de suas crenças na honestidade do governo que defendem, e eliminando o conceito de que eles próprios podem ter dúvidas quanto a isto.
E aproveitando o embalo a Assembléia Legislativa de Minas Gerais, diante da comprovação das enormes lesões que sofrem o Brasil e o Estado de Minas Gerais, com o esbulho por forças internacionais do nióbio de Araxá, antecipando-se às ações do povo nas ruas deve igualmente propor uma CPI para apurar todas as irregularidades que nos fazem tão pobres exatamente por sermos tão ricos. Creio que se o povo fizer uma manifestação solicitando apoio junto ao Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais e junto ao Palácio Tiradentes destes locais não sairão decepcionados, pois haverá de falar mais alto o espírito irredento da mineiridade para honra e glória da memória de José Joaquim da Silva Xavier, o Tiradentes, herói da independência brasileira e oprobio do traidor Joaquim Silvério dos Reis, o traidor dos inconfidentes e todos os seus descendentes.