segunda-feira, 8 de julho de 2013

A PÁTRIA TRAÍDA

Publicado em 08/07/2013

EDITORIAL:
TRAIÇÃO À PÁTRIA

Geraldo Elísio escreve no "Novojornal". Prêmio Esso Regional de jornalismo, passado e presente embasam as suas análises

Por Geraldo Elísio

“Vivam os meus inimigos! Eles, ao menos, não me podem trair.” - 
Henri Montherlant

Além de fraudador da dívida externa brasileira (com qual propósito?) segundo o deputado federal delegado Protógenes Queiroz (PC do B/SP), licenciado da Polícia Federal, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, aquele que pediu aos brasileiros para esquecerem tudo o que ele disse e escreveu, e hoje pertence à Academia Brasileira de Letras, segundo matéria divulgada pelos WikiLeaks tornou-se oficialmente o segundo Joaquim Silvério dos Reis, traidor da Pátria, conspirando contra os interesses brasileiros.

Os telegramas vazados pelo grupo liderado por Julian Assange revelam veto e ações do EUA contra o desenvolvimento tecnológico brasileiro. Telegramas da diplomacia dos EUA mostram que a Casa Branca toma ações concretas para impedir, dificultar e sabotar o desenvolvimento tecnológico brasileiro em duas áreas estratégicas: energia nuclear e tecnologia espacial.
Sem surpresa para este repórter, ficou comprovado o papel desempenhado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em perfeita sintonia com o Departamento de Estado norte-americano. Ainda no primeiro mandado de FHC, vale rememorar, um dia eu encontrei no Mercado Distrital do Cruzeiro com o ex-deputado federal Edgar Amorim, do PMDB/MG e reclamei com ele do processo de desnacionalização promovido por FHC.

Nacionalista sério e honrado, o professor, Edgar Amorim respondeu acreditar que Fernando Henrique tinha chegado à conclusão da inviabilidade do Brasil como País de primeiro mundo e tentava alinhá-lo em condições mais vantajosas junto aos norte-americanos, opinião contestada por outros nacionalistas igualmente sérios que além de mencionar aspectos pecuniários diziam Fernando Henrique estar movido pela vaidade e interessado em ser apontado secretário geral da ONU quando deixasse a presidência da República.

No artigo assinado pelo jornalista Beto Almeida é dito que “o primeiro dos telegramas divulgados, datado de 2009, contam que o governo dos EUA pressionou autoridades ucranianas para emperrar o desenvolvimento do projeto conjunto Brasil-Ucrânia de implantação da plataforma de lançamento dos foguetes Cyclone-4 – de fabricação ucraniana – no Centro de Lançamentos de Alcântara, no Maranhão.

O telegrama do diplomata americano no Brasil, Clifford Sobel, enviado aos EUA em fevereiro daquele ano, relata que os representantes ucranianos, através de sua embaixada no Brasil, fizeram gestões para que o governo americano revisse a posição de boicote ao uso de Alcântara para o lançamento de qualquer satélite fabricado nos EUA.

A resposta americana foi clara. A missão em Brasília deveria comunicar ao embaixador ucraniano, Volodymyr Lakomov, que os EUA não queriam nenhuma transferência de tecnologia espacial para o Brasil.
 “Queremos lembrar às autoridades ucranianas que os EUA não se opõem ao estabelecimento de uma plataforma de lançamentos em Alcântara, contanto que tal atividade não resulte na transferência de tecnologias de foguetes ao Brasil”, diz um trecho do telegrama.

Na seqüência da matéria o representante americano é ainda mais explícito com Lokomov: “Embora os EUA estejam preparados para apoiar o projeto conjunto ucraniano-brasileiro, uma vez que o TSA (acordo de salvaguardas Brasil-EUA) entre em vigor, não apoiamos o programa nativo dos veículos de lançamento espacial do Brasil”.
O Acordo de Salvaguardas Brasil-EUA (TSA) foi firmado em 2000 por Fernando Henrique Cardoso, mas foi rejeitado pelo Senado Brasileiro após a chegada de Lula ao Planalto e a guinada registrada na política externa brasileira, a mesma que contribuiu para enterrar a ALCA. Na rejeição o parlamento brasileiro considerou que seus termos constituíam “afronta à Soberania Nacional”. Pelo documento, o Brasil cederia áreas de Alcântara para uso exclusivo dos EUA sem permitir nenhum acesso de brasileiros. Além da ocupação da área e da proibição de qualquer engenheiro ou técnico brasileiro nas áreas de lançamento, o tratado previa inspeções americanas à base sem aviso prévio.

Os telegramas diplomáticos divulgados pelo Wikileaks falam do veto norte-americano ao desenvolvimento de tecnologia brasileira para foguetes, bem como indicam a esperança mantida ainda pela Casa Branca, de que o TSA seja, finalmente, implementado como pretendia o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Mas, não apenas a Casa Branca e FHC esforçaram-se pela limitação do Programa Espacial Brasileiro. Neste esforço ONGs, financiadas por programas internacionais atuaram para travar o salto tecnológico brasileiro para entrar no clube dos países com capacidade para a exploração econômica do espaço sideral e lançamento de satélites. 

A mídia nacional com importante papel não destacou a confissão de sabotagem norte-americana contra o Brasil.
Outro telegrama da diplomacia norte-americana divulgado pelo Wikileaks também revela intenções de veto e ações contra o desenvolvimento tecnológico brasileiro e veio a tona pela "Revista Veja", falando da preocupação com o trabalho do físico brasileiro, o cearense Dalton Girão Barroso, do Instituto Militar de Engenharia, do Exército. Ele publicou livro com simulações por ele desenvolvidas, que teriam decifrado os mecanismos da mais potente bomba nuclear dos EUA, a W87, cuja tecnologia é super protegida. Face à precisão dos cálculos de Girão, os norte-americanos desconfiam existir no Brasil um programa nuclear secreto, contrariando o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (Tlateloco), firmado pelo Brasil em 98. Igual ao Acordo de Salvaguardas Brasil-EUA, sobre o uso da Base de Alcântara, o TNP foi firmado por Fernando Henrique. 
Baseado apenas em imperial desconfiança de que as fórmulas usadas pelo cientista brasileiro poderiam ser utilizadas por terroristas, os EUA, pressionaram a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que exigiu explicações do governo Brasil, chegando mesmo a propor o recolhimento-censura do livro “A física dos explosivos nucleares”.
Exigência considerada pelas autoridades militares brasileiras como “intromissão indevida da AIEA em atividades acadêmicas de uma instituição subordinada ao Exército Brasileiro”. Algumas fontes revelam as Forças Armadas Brasileiras teriam vetado as ações desejadas pelos yankees.

Enquanto isto os EUA sonegam a proposta que Mahmud Ajmadinejad, presidente do Irã apresentou à Assembléia Geral da ONU, para que fosse levada a debate e implementação: “Energia nuclear para todos, armas nucleares para ninguém”.
Foi publicada reveladora declaração do ex-presidente FHC: “Não havendo inimigos externos nuclearizados, nem o Brasil pretendendo assumir uma política regional belicosa, para que a bomba?”

O que o traidor da Pátria se esquece é que todas as nossas riquezas naturais nunca serão nossas se as Forças Armadas Brasileiras não dispuserem de meios eficazes de defendê-las. Fernando Henrique Cardoso na sua esperança de acabar de doar as riquezas naturais brasileiras lança como candidato à Presidência da República o senador Aécio Neves, tetraneto do “Fanfarrão Minésio”, Luís da Cunha Menezes,  nas “Cartas Chilenas”, apontado como o corrupto verdugo a favor do governo de Portugal quando do Brasil colonial, quando logo depois de sua saída do cargo que ocupava foram presos os inconfidentes degredados e enforcado o herói nacional Joaquim José Da Silva Xavier, o Tiradentes. 

O que se espera é que o povo nas ruas a partir do despertar do Gigante, impeça tais atos de lesa pátria, inclusive voltando os olhos para a questão do nióbio de Minas Gerais (Araxá) e São Gabriel da Cachoeira (Amazonas), literalmente roubados ao Brasil.