terça-feira, 23 de julho de 2013

UM GAMBÁ CHEIRA O OUTRO...

DIGA-ME 
COM QUEM 
TU ANDAS...

E EU DIREI QUEM TU ÉS:
"CITAÇÃO BÍBLICA"
João Bittar, Aracely de Paula, Aelton Freitas e Bosco


Sargento Amilton, Aelton Freitas e Miguel Júnior


Aracely de Paula, Lidia Jordão, Bosco, Toninho Leonardo...

Sargento Amilton e Aelton Freitas

Aelton Freitas, Aracely de Paula, Lidia Jordão, João Bittar, 
Bosco, Toninho Leonardo, todos juntos
Aracey de Paula e Aelton Freitas

Aelton Freitas, Barroso e Políticos de Tapira
FARINHAS DO MESMO SACO
 23/07/2013  Política
http://www.jornaldeuberaba.com.br/cadernos/politica/4471/aelton-freitas-desaparece-apos-denuncia-em-programa-de-tv
Aelton Freitas desaparece após denúncia em 
programa de TV
foto de Enerson Deiton
Aelton Freitas mostra como ganhar uma campanha, com regras ilegais

Compra de votos, invenção de boatos, fofocas estão entre os conteúdos da “aula” dada pelo presidente estadual do Partido da República (PR), o deputado federal Aelton Freitas, na revista dominical da Globo, o Fantástico. O conteúdo do vídeo foi assunto ontem em grande parte da mídia impressa, televisiva e até nas redes sociais. O vídeo mostra o deputado explicando como se disputa uma eleição comprando votos e espalhando boatos sobre os concorrentes e foi gravado em setembro de 2012, na retal final das eleições para vereador e prefeito, o deputado está em um restaurante em Capetinga, cidade com pouco de 7 mil  habitantes no Sul de Minas e mais de 6.100 eleitores. Na mesa, estão o então prefeito da cidade, Carlos Roberto Custódio, conhecido como Carlito, o candidato a prefeito, Donizete do Escritório, e o candidato a vice, Adriano do Gás. Também estão na mesa as mulheres deles e um assessor do deputado.

Em uma das lições dadas pelo deputado está a técnica do “cartãozinho”. “Nós vamos fazer 200 cartõezinhos. Esse cartãozinho vale R$ 100. O cara não vai votar em você. Vai votar nos R$ 100 que o cartãozinho que está no bolso dele vale. E outra: só vão pagar se tiver sido eleito”, explica o parlamentar no vídeo. Ele ainda ensina a espalhar boatos contra adversários políticos. Depois dessas lições, Aelton explica como retribui a votação recebida: ele usa a verba das chamadas emendas parlamentares para favorecer os municípios onde obteve mais votos: “Um parlamentar tem R$ 12 milhões de emenda por ano. Eu procuro distribuir essas emendas proporcionais aos votos que eu tenho”.

Incomunicável – A reportagem do JORNAL DE UBERABA entrou em contato com o deputado e toda a sua assessoria, tanto em Uberaba como em Brasília, via e-mail e por telefone. Aelton não atendeu aos telefonemas, bem como seus assessores. O escritório local do deputado estava trancado.  A reportagem foi informada, extraoficialmente, que os funcionários do deputado estão em recesso e que só retornam em agosto, o que é de estranhar, já que historicamente o recesso só se dá no início do ano. Vale lembrar que Uberaba é a principal base eleitoral do deputado Aelton de Freitas.

Assim, não foi possível ouvir a versão de Aelton Freitas sobre o episódio. No final da noite de ontem, um assessor do deputado envoi comunicado à redação doJU informando que Aelton Freitas vai remeter nota oficial à imprensa com a maior brevidade possivel. Apesar de já ter sido amplamente divulgadas, mostramos alguma das lições. Além da técnica do “cartãozinho” e de espalhar espalhar boatos contra o adversário, para que o candidato perca tempo para apagar estes boatos. existem outrs “ensinamentos”.Vale ressaltar que esta prática é muito usada em todo o país, inclusive em Uberaba e as pessoas que esparramam os boatos são as chamadas “matraqueiras”.
Brincadeira – Aelton Freitas, que não foi encontrado pela reportagem do JU, vale reafirmar, disse à reportagem do Fantástico que tudo passou de uma brincadeira e nega que tenha ensinado a comprar votos na eleição municipal de Capetinga e afirma que jamais comprou votos.  “Eu nunca participei, eu nunca comprei. Estou há 20 anos na política, nunca comprei. Fiz alguma brincadeira, que eu sou muito de contar piada em reuniões, depois pedi desculpas no final da reunião pelo que eu tinha falado e pelas brincadeiras de mau gosto, me despedi e fui embora. Porque, quando é brincadeira, pode fazer de mau gosto, igual quando você brinca, às vezes, com a raça, com a cor de uma pessoa, você conta uma piada pesada, aquilo pode se tornar um processo”.

Isso é fato, quem conhece o deputado sabe que ele realmente tem um senso de humor excelente e é dado a brincadeiras e tiradas. Em relação às “matraqueiras”, o deputado primeiro diz que é natural, do jogo e que “campanha é um jogo”, mas logo volta atrás ao ser questionado se difamar adversários é normal: “Não, não é. Prefiro falar o que você quer ouvir: não é”. A pena pra quem compra votos pode chegar a quatro anos de prisão, mais multa. Já os crimes de calúnia, difamação ou injúria podem dar de 3 meses a 2 anos de prisão e também multa. Segundo o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Arnaldo Versiani, o vídeo por si só não prova que qualquer crime tenha sido cometido. “Isso a meu ver não está caracterizado. O que há, de certa maneira, é uma incitação a práticas criminosas, como, por exemplo, fazer com que eventuais adversários passem a se preocupar com desmentir boatos e, com isso, tentar conturbar o processo eleitoral”, explica o ex-ministro.

“Ele está induzindo os candidatos a vereador ou a prefeito a cometerem uma ilegalidade. Então, na minha forma de ver, eu entendo que ele já se enquadraria para ir para a Comissão de Ética da Câmara”, avalia Ricardo Caldas, professor do Instituto de Ciência Política da UNB. “Ele usa o critério de onde ele tem votos e onde ele quer ter mais votos. Quer dizer: o interesse público muitas vezes pode passar ao largo”, diz Gil Castelo Branco, secretário geral da ONG Contas Abertas. A Câmara e o Senado estão em recesso. Uma cópia do vídeo foi entregue anonimamente ao Ministério Público em Minas, que enviou o material para a Procuradoria Geral da República.