Publicado em 20/09/2013
Líder
do PDT no Senado
acusa
tucanos de Minas
de
irregularidades
“O Estado de Minas Gerais foi quem contratou esta ONG que
teve o problema,
até porque as prisões que houve foi no Estado de Minas
Gerais”
Agência Estado
O líder do PDT no Senado, Acyr Gurgacz (RO), partiu
na manhã desta sexta-feira (20) para o ataque, diante das acusações de
irregularidades em convênios com organizações não-governamentais (ONGs) no
Ministério do Trabalho, comandada pelo pedetista Manoel Dias. Ao ignorar as
denúncias que envolvem pessoas próximas ao ministro, Gurgacz afirmou que o
ministério não fez contrato com "nenhuma ONG" e que foi
"especialmente" no governo mineiro, gerido desde 2003 por tucanos,
que houve a contratação de entidade com problemas.
"Há convênios do Ministério do Trabalho com
governos de Estado, especialmente nesse caso, com o governo do Estado de Minas
Gerais, o Estado de Minas Gerais foi quem contratou esta ONG que teve o
problema, até porque as prisões que houve foi no Estado de Minas Gerais,
pessoas ligadas ao governo do Estado, às prefeituras municipais e às indústrias
do Estado de Minas Gerais. Não houve nenhum envolvimento do Ministério do
Trabalho", atacou ele, em discurso no plenário do Senado.
Sem citar o nome da entidade, o líder pedetista se
referia ao Instituto Mundial do Desenvolvimento da Cidadania (IMDC), um dos
alvos da Operação Esopo, deflagrada na semana passada pela Polícia Federal para
combater fraudes em licitações e desvio de recursos públicos. Houve convênios
firmados com o IMDC nas gestões do hoje senador Aécio Neves, virtual candidato
do PSDB à Presidência da República, e do seu sucessor e atual governador
Antonio Anastasia.
Acyr Gurgacz saiu em defesa de Manoel Dias, ao
ressaltar que ele tomou "a decisão corajosa" de realizar uma
auditoria em todos os convênios realizados no ministério nos últimos 20 anos. O
líder do PDT disse que é preciso "encarar de frente essas denúncias,
apurá-las com rigor e, se houver, de fato, irregularidades, afastar e punir as
pessoas envolvidas, sejam elas quem forem, independentemente de partido
político ou de indicação política". "As pessoas que tenham,
porventura, alguma ligação com esses escândalos que apareceram na mídia nos
últimos dias têm que ser punidas", completou.