terça-feira, 12 de novembro de 2013

CABEÇAS VAZIAS E BOLSOS CHEIOS...OS PRÍNCIPES DA PRIVATARIA...

Publicado em 11/11/2013
PROGRAMA DO AÉCIO
É O FHC DEPOIS DA LIPO
O problema começa no título: o economista que faz a cabeça do Aécio
é o grande empresário Alexandre Accioly, amigo e compadre de Aécio

Por Paulo Henrique Amorim

Accioly é dono da rede de fisiculturismo Bodytech, na zona Sul do Rio (onde mais seria?), e tem uma filosofia empresarial que replica a do amigo e compadre: 


Foi o que fez Aécio em Minas: deixou tudo com o Anastasia e a irmã. 

O Valor omitiu esse grande pensador na lista dos que fazem a cabeça do Aécio.

Omite também o Príncipe da Privataria, o que substituiu Tancredo na posição de demiurgo do Aécio.

Como se sabe, depois de Ulysses tanto insistir, Tancredo ofereceu a Fernando Henrique o cargo de “Ministro da Articulação Sociológica do Governo no Congresso”. O cargo correspondia a ter uma sala, uma secretária e um carro oficial – e poder nenhum.

Porque, como se sabe, “não se pode levar esse rapaz a sério”, na opinião do avô do Aécio. Pois o Príncipe é hoje o patrono de Aécio, após abandonar o Cerra à beira da estrada.

Dentre os economistas notáveis que “fazem a cabeça” do Aécio há os suspeitos neolibelês (**) de sempre.

Armínio 40% de Juros, Edmar Bacha, que trocou a reputação de economista para ser banqueiro, e Gustavo Franco, que foi demitido pelo Fernando Henrique depois de levar o Brasil à bancarrota.

E Elena Landau, devotada conselheira do Daniel Dantas e, antes disso, privatista infatigável. Ela só não vendeu a Petrobrax porque não teve tempo.

Há novidades na lista do Valor, mas são economistas cuja reputação ainda está por firmar-se.

Aparecem como “especialistas imparciais” no PiG (*), aqueles a quem o Requião chama de “nada sabem de tudo”.

Quais são as ideias que fazem a cabeça do Aécio (outras do Accioly não se conhecem) ?

O primeiro ano de Governo será de forte ajuste fiscal – ou seja, tome juros na veia ! 40% à la Armínio !

(Nenhuma novidade: a Bláblárina já tinha defendido isso, para a incontida felicidade do Itaú, de novo, alvo da “ortodoxia tucana”…) Os economistas neolibelês (**) pregam também uma revisão da rede de proteção social – leia-se o Bolsa Família -, responsável, segundo eles, por uma insuportável carga tributária.

Velha cantilena.

O que eles querem mesmo é realizar o sonho do Cerra: vender o Bolsa Família à Walmart.

Querem reduzir drasticamente as alíquotas de importação.

E dane-se a indústria nacional.

E abram-se as portas à indústria estrangeira.

Para isso, deverão jogar o câmbio às alturas para baratear as importações e levar o Cerra ao desespero (Cerra, como se sabe, tem uma fixação: o câmbio).

Os jenios do Aécio querem rever a Lei do Salário Mínimo, porque “vai obrigar o Governo a elevar impostos”.

Bingo !

Pau no salário mínimo !!!

Também não é novidade nenhuma.

Na entrevista coletiva que concedeu à Folha (***), o Dudu pregou a política do “pau no salário mínimo” !

Quem precisa de salário mínimo ?, perguntava o Príncipe quando governava o Brasil e achatava o salário mínimo. Os neolibelês do Aécio também querem “oxigenar” o mercado de trabalho.

Ou seja, rasgar a CLT!

(Esse pessoal tem um problema com o Vargas que não foi resolvido até hoje: salário mínimo, CLT, Petrobras…)

E, por fim, como não podia deixar de ser, “uma agenda de privatizações, concessões e parcerias público-privadas sem vedações (sic) ideológicas”.

“Vedação ideológica” deve ser essa praga do “nacionalismo”.

É a velha mania de vender a Petrobrax, agora revigorada pela necessidade de rasgar o contrato de partilha e realizar o sonho do Cerra – entregar o pré-sal à Chevron.

Clique aqui para ver que o Aécio voltou ao local do crime: a Petrobrax.

Esses tucanos são engraçados.

Não tem uma ideia original.

E pensam que conseguem formular velhas ideias com novas palavras e os parvos se deixarão enganar.

O Dudu, a Bláblárina, o Aécio e o Cerra não trazem nada de novo.

Eles são o que o Príncipe definiu com mordaz precisão: serve qualquer um deles, desde que não seja a Dilma.

É só isso o que eles são: o não-Dilma, o não-Lula !

Não precisam de ideias.

Nem novas nem velhas.

São as de sempre.

A menos que os sócios do Accioly tenham outras...