quinta-feira, 7 de novembro de 2013

PSDB: A INCAPACIDADE DE CONSTRUIR UM PROJETO PARA SI E PARA O BRASIL...

Publicado em 06/11/2013
PSDB não cria projeto
partidário e a história se repete

PSDB não conseguiu ser alternativa de oposição nos últimos anos por não ter projeto viável, regra continua com indecisão de candidato presidenciável



Enquanto Dilma está em campanha e Eduardo Campos se consolida como candidato com a presença ameaçadora de Marina Silva, o PSDB vive o mesmo dilema que o assombrou em 2009 e 2010: definir seu candidato e antecipar sua entrada na campanha.

Para 2014, além de transformar Aécio em candidato, o cenário ideal para os tucanos seria fazer de José Serra um cabo eleitoral estratégico no maior colégio eleitoral do País. Todavia, turbinado pelas pesquisas que o colocam como o mais viável para forçar um segundo turno - apesar de também aparecer como o mais fácil de ser derrotado pelo PT -, Serra parece seguir pré-candidato e vem obrigando Aécio a perder tempo na busca de consenso partidário.

Como o PSDB não conseguiu se colocar como alternativa de oposição nesses últimos quatro anos - por não apresentar um projeto de país viável para a sociedade -, o dissenso tem potencial para promover cizânias internas que podem afetar a unidade partidária. Seja quem for o candidato em 2014.

Exemplo é a bancada de deputados federais do partido que pressiona por um anúncio do candidato presidenciável ainda neste mês.

"Imaginamos que ele [Serra] ia percorrer o país para fortalecer o relacionamento de ambos, mas jamais que ele fosse permanecer no PSDB imaginando que fosse o candidato à Presidência", afirmou Carlos Sampaio (SP), líder da bancada.

Um dos principais aliados de Serra, o deputado Jutahy Magalhães Jr. (PSDB-BA) reagiu à articulação da bancada tucana e atacou um dos operadores de Aécio. "É incompreensível a postura do deputado Marcus Pestana (MG), conhecido em Minas Gerais como exibicionista e desagregador. Quer se cacifar para conquistar a inalcançável candidatura ao governo."

E o cenário à volta dos tucanos não melhora as coisas. Enquanto Dilma permanece bem à frente nas intenções de voto podendo liquidar a fatura no primeiro turno. Campos, ao lado de Marina, se aproxima a ponto de ameaçar a presença do PSDB no segundo turno. Mais uma vez o partido corre o risco de ser vítima da sua própria incapacidade de construir um projeto partidário.