sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

AÉCIO E ANASTASIA, E OS ATUAIS GESTORES ENXOVALHAM EMPRESAS PÚBLICAS COMO A CEMIG E CODEMIG...QUE, EM PRINCÍPIO, DEVERIAM SER POR PRECEITOS ÉTICOS E DA PROBIDADE ADMINISTRATIVA...

 
Publicado em 18/12/201

“Caso Novojornal”
expõem esquema de Aécio na revista IstoÉ

 Como na confecção do dossiê transformado no livro “Privataria Tucana”,
paulistas descobrem que Aécio esta por trás dos ataques da IstoÉ

Na segunda e terça-feira desta semana, integrantes do PSDB paulista não falaram em outra coisa que não fosse a publicação da reportagem pela revista “IstoÉ”, informando que a “ Lista de Furnas”, seria falsa. 

Informações sabidamente irreais, e o pior, “IstoÉ” já publicara matéria afirmando o contrário,  pois os documentos já foram periciados pela Polícia Federal que atestou sua autenticidade, e fruto deste laudo o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro apresentou há dois anos uma denúncia contra o principal arrecadador do esquema criminoso, Dimas Fabiano Toledo.

Intrigava o PSDB paulista o que estaria por trás das ações da “IstoÉ”, pois encontra-se há quase três meses embaixo de pesado ataque da revista que vem desnudando o esquema de corrupção montado através de um cartel de empresas capitaneadas pela Siemens e Alstom, fornecedoras do Metrô de São Paulo. 

As primeiras suspeitas de condução e direcionamento na publicação das reportagens vieram através do fato de só ser noticiado por “IstoÉ” as irregularidades relativas ao cartel no setor de transporte metroviário, que está restrito a São Paulo e Brasília, sem abordar o setor elétrico, onde as irregularidades são maiores e envolvem principalmente a CEMIG e a Light, ambas pertencentes ao Governo de Minas Gerais.  

O envolvimento da Cemig no esquema criminoso é tão gritante que o principal operador do esquema José Luiz Alqueires abandonou a presidência da Alstom para assumir a direção da Light assim que a concessionária de energia foi comprada pela Cemig. 

Segundo assessores do PSDB paulista o ex-governador José Serra já vinha a mais de um mês insistindo com o governador Geraldo Alckmin na tese de que por trás do ataque seletivo da “IstoÉ” estaria o grupo de Aécio Neves,  desconfiança que segundo estes mesmos assessores  agigantou-se diante da “concessão”, feita pela revista em publicar a matéria sobre a “Lista de Furnas”, sabidamente de interesse do senador mineiro.  

Somado a este fato, já existia o precedente ocorrido em relação ao comprovado patrocínio de Aécio Neves através do Jornal Estado de Minas na coleta de documentos contra José Serra, sua filha e outras lideranças do PSDB que acabaram gerando o livro “Privataria Tucana”.

O que era suspeita nesta terça-feira (16) tornou-se realidade ao se descobrir que o ex- sócio da revista “IstoÉ”, Fernando Moreira Salles que na década de 80 comprara a empresa tampando um rombo de U$ 1,5 milhão, voltara desde março deste ano a aportar recursos na mesma. Fernando é hoje presidente da CBMM, que tem como única renda a exploração de Nióbio, através de um contrato de arrendamento celebrado de maneira irregular, pois não precedido de licitação, com o Governo de Minas Gerais através da CODEMIG.

Segundo relatório do Ministério Público do Tribunal de Contas de Minas Gerais, o valor da venda do nióbio vem sendo declarado pela CBMM a um preço inferior ao de mercado internacional, no mesmo relatório consta que esta diferença alcança U$10.000 dólares a tonelada. Fato amplamente denunciado há anos por Novojornal e que mereceu recente reportagem de autoria da repórter Lilian Primi publicada na edição de outubro de 2013 da revista “Caros Amigos”. 

Fernando Moreira Salles, consultado por uma liderança paulista teria desconversado alegando que se tratava apenas de um negocio, porém a quantia “investida”, nos últimos seis meses chega a mais de R$ 28 milhões de reais, somados a este investimento, os tucanos paulistas descobriram que um dos coordenadores da campanha de Aécio Neves, Mario Garneiro, ex- sócio do dono da “IstoÉ”, Domingo Alzugaray, no Banco Múltiplo Transcontinental, passou desde o início do ano a buscar patrocínios internacionais para alavancar a revista em busca de fazer frente a concorrente “Veja”. 

A liderança tucana que questionou Fernando ressalta que ele a início negava e que só admitiu o fato, depois de confrontado com documentos que comprovavam o aporte de capital registrado no balanço da CBMM.  Admitindo ainda que fundos de investimentos chineses e japoneses que compraram parte do capital da CBMM também estariam fazendo pesado investimento na Editora Três. 

Aécio questionado e ciente do tratamento que teria doravante do PSDB paulista, ameaçou renunciar sua candidatura. Segundo um assessor, revoltados com seu comportamento e para deixá-lo pagar o preço de sua traição, Serra, Geraldo Alckmin e outras lideranças do PSDB paulista decidiram lançar imediatamente e por definitivo a candidatura de Aécio a presidência. Abandonando-o a seguir.

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