Publicado em 18/12/201
“Caso Novojornal”
expõem esquema de Aécio na revista IstoÉ
Como
na confecção do dossiê transformado no livro “Privataria Tucana”,
paulistas
descobrem que Aécio esta por trás dos ataques da IstoÉ
Na segunda e terça-feira desta semana,
integrantes do PSDB paulista não falaram em outra coisa que não fosse a
publicação da reportagem pela revista “IstoÉ”, informando que a “ Lista de
Furnas”, seria falsa.
Informações sabidamente irreais, e o
pior, “IstoÉ” já publicara matéria afirmando o contrário, pois os
documentos já foram periciados pela Polícia Federal que atestou sua
autenticidade, e fruto deste laudo o Ministério Público Federal do Rio de
Janeiro apresentou há dois anos uma denúncia contra o principal arrecadador do
esquema criminoso, Dimas Fabiano Toledo.
Intrigava
o PSDB paulista o que estaria por trás das ações da “IstoÉ”, pois encontra-se
há quase três meses embaixo de pesado ataque da revista que vem desnudando o
esquema de corrupção montado através de um cartel de empresas capitaneadas pela
Siemens e Alstom, fornecedoras do Metrô de São Paulo.
As
primeiras suspeitas de condução e direcionamento na publicação das reportagens
vieram através do fato de só ser noticiado por “IstoÉ” as irregularidades
relativas ao cartel no setor de transporte metroviário, que está restrito a São
Paulo e Brasília, sem abordar o setor elétrico, onde as irregularidades são
maiores e envolvem principalmente a CEMIG e a Light, ambas pertencentes ao
Governo de Minas Gerais.
O
envolvimento da Cemig no esquema criminoso é tão gritante que o principal
operador do esquema José Luiz Alqueires abandonou a presidência da Alstom para
assumir a direção da Light assim que a concessionária de energia foi comprada
pela Cemig.
Segundo
assessores do PSDB paulista o ex-governador José Serra já vinha a mais de um
mês insistindo com o governador Geraldo Alckmin na tese de que por trás do
ataque seletivo da “IstoÉ” estaria o grupo de Aécio Neves, desconfiança
que segundo estes mesmos assessores agigantou-se diante da “concessão”,
feita pela revista em publicar a matéria sobre a “Lista de Furnas”, sabidamente
de interesse do senador mineiro.
Somado
a este fato, já existia o precedente ocorrido em relação ao comprovado
patrocínio de Aécio Neves através do Jornal Estado de Minas na coleta de
documentos contra José Serra, sua filha e outras lideranças do PSDB que
acabaram gerando o livro “Privataria Tucana”.
O
que era suspeita nesta terça-feira (16) tornou-se realidade ao se descobrir que
o ex- sócio da revista “IstoÉ”, Fernando Moreira Salles que na década de 80
comprara a empresa tampando um rombo de U$ 1,5 milhão, voltara desde março
deste ano a aportar recursos na mesma. Fernando é hoje presidente da CBMM, que
tem como única renda a exploração de Nióbio, através de um contrato de
arrendamento celebrado de maneira irregular, pois não precedido de licitação,
com o Governo de Minas Gerais através da CODEMIG.
Segundo
relatório do Ministério Público do Tribunal de Contas de Minas Gerais, o valor
da venda do nióbio vem sendo declarado pela CBMM a um preço inferior ao de
mercado internacional, no mesmo relatório consta que esta diferença alcança
U$10.000 dólares a tonelada. Fato amplamente denunciado há anos por Novojornal
e que mereceu recente reportagem de autoria da repórter Lilian Primi publicada
na edição de outubro de 2013 da revista “Caros Amigos”.
Fernando
Moreira Salles, consultado por uma liderança paulista teria desconversado
alegando que se tratava apenas de um negocio, porém a quantia “investida”, nos
últimos seis meses chega a mais de R$ 28 milhões de reais, somados a este
investimento, os tucanos paulistas descobriram que um dos coordenadores da
campanha de Aécio Neves, Mario Garneiro, ex- sócio do dono da “IstoÉ”, Domingo
Alzugaray, no Banco Múltiplo Transcontinental, passou desde o início do ano a
buscar patrocínios internacionais para alavancar a revista em busca de fazer
frente a concorrente “Veja”.
A
liderança tucana que questionou Fernando ressalta que ele a início negava e que
só admitiu o fato, depois de confrontado com documentos que comprovavam o
aporte de capital registrado no balanço da CBMM. Admitindo ainda que
fundos de investimentos chineses e japoneses que compraram parte do capital da
CBMM também estariam fazendo pesado investimento na Editora Três.
Aécio
questionado e ciente do tratamento que teria doravante do PSDB paulista,
ameaçou renunciar sua candidatura. Segundo um assessor, revoltados com seu
comportamento e para deixá-lo pagar o preço de sua traição, Serra, Geraldo Alckmin
e outras lideranças do PSDB paulista decidiram lançar imediatamente e por
definitivo a candidatura de Aécio a presidência. Abandonando-o a seguir.
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