Publicado em 20/12/2013
O abraço de afogados:
quem conhece sabe que é o
início do fim
Aécio e Andréa Neves sobreviveram protegidos pelo silêncio da
mídia mineira. Ao tentarem alçar vôo nacional, sendo observados pela mídia
digital
a máscara caiu
Por Marco Aurélio Carone
No passado, os veículos da imprensa
nacional mantinham ativas e independentes sucursais nos diversos Estados do
País. Minas não era exceção. Houve tempo, que os funcionários destas sucursais
na capital mineira somados suplantavam o número de funcionários trabalhando nos
veículos da imprensa local.
Como
exemplo, basta citarmos as sucursais do "Estado de São Paulo",
“Última Hora”, “Jornal do Brasil”, “O Globo”, enfim, o que ocorria em Minas
Gerais era rapidamente repassado.
Evidente que naquela época como agora, os
Poderes, econômico e político interferiam nas publicações das matérias. Mas,
através de relatos e conversas informais entre os jornalistas das sucursais
mineiras com seus colegas de outros estados, transmitia-se com fidelidade o que
aqui estava acontecendo.
Com
a crise batendo a porta destes veículos e diante do “acordo” celebrado com o
Governo de Minas, quando se instituiu o FEE mensal, valor pago aos veículos
para publicação de releases, estas sucursais foram sendo extintas, permanecendo
algumas poucas com reduzido número de jornalistas, com a adoção da
pré-aprovação das pautas a serem cumpridas por seus jornalistas.
Desta
forma, a imprensa nacional ficou refém, pois tem que utilizar como informação o
que a imprensa local publica, sendo induzida ao erro.
Como de amplo
conhecimento, a imprensa local, vivendo uma enorme crise financeira, viu-se
obrigada a subordinar-se a vontade do maior anunciante, e praticamente
exclusivo, o Governo de Minas.
Até
1991, no segundo governo de Hélio Garcia, esta relação, embora irregular, era
sutil, sem maiores imposições.
Porém, na mesma porta que entrou Washington
Mello para exercer o cargo de assessor de imprensa, entrou junto o modelo hoje
em vigor.
Evidente, que diante do que vem ocorrendo a partir de 2003, o esquema
de Mello pode ser considerado “juvenil”.
Com
a posse de Aécio em 2003, implantou-se um modelo draconiano, através da
negociação das verbas de publicidades, pertencentes ao Governo.
As verbas das
autarquias e empresas públicas foram concentradas em uma secretaria e
administradas e direcionadas para os veículos segundo a vontade de Andréa
Neves.
O
critério para o recebimento desta verba passou a ser o de total submissão
editorial ao Governo de Minas.
A esta degradada relação houve resistências,
assim como e em idêntico número as vítimas, mas ela se manteve protegida pelas
montanhas de Minas.
O comportamento e costume de Aécio, de seus auxiliares e de
seu governo passaram a ser assunto proibido na imprensa regional. Dar espaço e
voz a aqueles que pensavam diferente do Governo, passou a ser crime.
Denúncias
não eram toleradas, os veículos que ousassem fazer, eram punidos severamente
com a perda da propaganda oficial e demissão do profissional que a fizera, além
da perseguição pelos órgãos de repreensão do governo, para surpresa de todos,
capitaneados por integrantes do MPMG, participantes da ala do ex-procurador
Jarbas Soares e posteriores sucessores.
Novojornal desde 2006 vem destoando desta realidade, pois além de seu mínimo custo,
foi criado e mantido através da venda de patrimônio pessoal de seu diretor
responsável, que por já ter dirigido diversos veículos da mídia, inclusive dois
jornais diários na capital, planejara o retorno do investimento em 10 anos,
prazo normal para o setor.
Com
a lógica de que os veículos da imprensa só sobreviveriam se recebessem verba de
publicidade do governo, Andréa Neves não aceitava que o Novojornal sobrevivesse. Através de uma “parceria” com Jarbas
Soares, o então procurador Geral do Ministério Público, tentou em 2008 fechar e
desmoralizar o portal jornalístico, não obtendo sucesso.
Vieram
dezenas de processos, igualmente não surtiu qualquer efeito, pois continuávamos
a noticiar.
Passou-se então a perseguir nossos colaboradores e funcionários,
além de ameaçar e constranger nossos anunciantes.
Desesperados, passaram a
utilizar a máquina policial no intuito de intimidar e tentar ter acesso as
nossas fontes de informação.
Por último utilizando-se de um promotor, que seu
passado demonstra, “disposto a tudo”, acusou o diretor responsável do Novojornal de ser relações públicas de
uma quadrilha de falsários.
O
motivo:
Novojornal deu voz ao
denunciante do esquema criminoso montado para abastecer financeiramente a
campanha ao governo de Minas, do atual senador, Aécio Neves denominado “Lista
de Furnas”. Documento periciado e atestado como autentico pela Polícia
Federal.
Para
a grande maioria dos amigos e familiares tratava-se de uma luta inglória, pois
o poder que Aécio e seu grupo conseguiram no País e no exterior era gigantesco.
Impossível de ser confrontado.
Devo
admitir que por diversas vezes me perguntei se valia a pena. As ofertas
milionárias e a cobrança de familiares e amigos defendendo a busca de um acordo
para levar vantagem, obrigaram-me a afastar dos mesmos.
Agora, anos depois,
leio entrevista de seu próprio assessor de marketing afirmando ser impossível
sua pretensão de ser candidato a presidência diante do que foi noticiado pelo Novojornal.
A
mídia nacional vem diariamente recorrendo ao trabalho do Novojornal para fundamentar suas
pautas e noticiar o Aécio Neves que ninguém conhecia.
Documentos que comprovam
as matérias são solicitados e fornecidos. Desesperada, Andréa busca ajuda
do “Gangster da Imprensa” Leonardo Attuch, para plantar uma matéria na revista
“IstoÉ” no intuito de denegrir a imagem do portal e de seu diretor
responsável.
Mais
uma vez deu errado. “IstoÉ” esqueceu-se que fora ela o primeiro veículo a
noticiar que a “ Lista de Furnas” era verdadeira, provocando, além de enorme
insatisfação e discussão na redação, a internação de um de seus melhores
jornalistas.
O
questionamento, por parte da mídia independente, dos motivos que levaram a
revista a praticar tal absurdo acabaram por trazer a tona um esquema montado
por Aécio Neves junto a Editora Três, dona da publicação.
Descobriu-se
que assim como em relação ao livro “Privataria Tucana”, existia a digital de
Aécio, nos ataques que “IstoÉ” vem fazendo ao PSDB paulista.
Desmoralizado, é
hoje conhecido nacionalmente como um garoto mimado, despreparado e teleguiado
por sua irmã, que cuida até mesmo de suas constantes internações por
dependência química, busca o Poder por capricho e vaidade, para atender os seus
interesses financeiros, de seus familiares e patrocinadores.
Sem
falsa modéstia, entendemos que dentro de nossas limitações, contribuímos para
que a população tenha conhecimento de quem e Aécio Neves e sua irmã Andréa,
assim como, o que ocorreu em Minas Gerais neste período sombrio.
Nosso
diretor responsável, quando questionado, pelo já falecido pai dos irmãos Neves,
Aécio Cunha sobre os motivos das críticas do Novojornal ao comportamento de sua filha a quem ele considerava um
gênio, respondeu:
Ela
o criou, o escravizou e vai matá-lo.