sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Na audiência pública das Comissões de Direitos Humanos e da de Transporte, Comunicação e Obras Públicas, solicitada pelo deputado Rogério Correia, realizada na manha desta terça-feira, 03/12, trabalhadores da Cemig expuseram sua insatisfação com a administração da companhia.



Publicado em 03/12/2013  
Comissão de Direitos Humanos
denuncia irregularidades 
na Cemig



A comissão de Direitos Humanos da ALMG, debateu a pedido do Deputado Rogério Correia, a situação dos eletricitários do estado de Minas Gerais. Em greve desde o dia 25/11, os trabalhadores denunciam a falta de segurança e condições de trabalho, os baixos salários pagos pela estatal, bem como as condições de demissão de servidores da Cemig Serviços S.A.(CemigS). Participaram da reunião representares do Ministério do Trabalho, do Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais (SindiEletro-MG) e da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT-MG).
O auditor fiscal do Ministério do Trabalho, Francisco Antônio de Barros, aponta a terceirização como um mal que atinge o funcionário. O auditor relata ainda que já foram feitas várias fiscalizações e denuncias sobre as terceirizações ilícitas da Cemig. “Infelizmente o que nós encontramos nas audições fiscais são várias irregularidades. Terceirizações irregulares e precarizações das condições de trabalho”, declara.
Ainda segundo o representante do Ministério do Trabalho, a situação dos funcionários da Cemig S é alarmante. “Estes cidadãos prestaram um concurso público para trabalhar na Cemig e de repente com menos de um ano esta empresa é extinta e eles são compelidos a integrar um quadro de ‘demissão voluntária’ da empresa”.
Para Rogério, o Governo rompeu um acordo feito com a ALMG de aproveitar estes trabalhadores no quadro de funcionários da empresa. Segundo o deputado, a Cemig tentou inserir os funcionários concursados no quadro das empresas terceirizadas.“O Governo agiu com truculência, impedindo, inclusive, a entrada da Comissão de Direitos Humanos na sede da empresa para prestar solidariedade aos funcionários que estavam em greve”, denuncia.
Segundo Franklin Moreira, diretor do SindiEletro-MG, o Governo de Minas age como vampiro, retirando os lucros da Cemig. “A prioridade da Cemig atualmente consiste no repasse de dividendos para acionistas. Em um ano foram R$4,5 bilhões”, relata.
Para Franklin é necessário o intermédio da ALMG para que a categoria alcance suas reivindicações. Para o diretor do SindiEletro-MG, “a Cemig age com truculência e vai se valer de um expediente de um modelo sindical falido, que é usado para dividir os trabalhadores que impôs uma decisão com apenas duas rodadas de negociações”. Franklin ainda aponta que a Cemig só vai voltar a negociar as reivindicações se o sindicado aceitar a proposta de acabar com o valor do PLL
A presidente da Cut-MG, Beatriz Cerqueira, prestou solidariedade a greve dos eletricitários e ressaltou a importância de ocupar as ruas. “As manifestações de junho nos mostrou que os movimentos de rua tem muita força”. Beatriz ainda sugere os servidores em greve acompanhem a agenda do governador, “para quebrar algumas barreiras já pré-estabelecidas.”
NO LINK ABAIXO O VÍDEO COM A MANIFESTAÇÃO DO DEP. ROGÉRIO CORREIA: