Publicado em 03/12/2013
Comissão de
Direitos Humanos
denuncia
irregularidades
na Cemig
A
comissão de Direitos Humanos da ALMG, debateu a pedido do Deputado Rogério
Correia, a situação dos eletricitários do estado de Minas Gerais. Em greve
desde o dia 25/11, os trabalhadores denunciam a falta de segurança e condições
de trabalho, os baixos salários pagos pela estatal, bem como as condições de
demissão de servidores da Cemig Serviços S.A.(CemigS). Participaram da reunião
representares do Ministério do Trabalho, do Sindicato dos Eletricitários de
Minas Gerais (SindiEletro-MG) e da Central Única dos Trabalhadores de Minas
Gerais (CUT-MG).
O
auditor fiscal do Ministério do Trabalho, Francisco Antônio de Barros, aponta a
terceirização como um mal que atinge o funcionário. O auditor relata ainda que
já foram feitas várias fiscalizações e denuncias sobre as terceirizações
ilícitas da Cemig. “Infelizmente o que nós encontramos nas audições fiscais são
várias irregularidades. Terceirizações irregulares e precarizações das
condições de trabalho”, declara.
Ainda
segundo o representante do Ministério do Trabalho, a situação dos funcionários
da Cemig S é alarmante. “Estes cidadãos prestaram um concurso público para
trabalhar na Cemig e de repente com menos de um ano esta empresa é extinta e
eles são compelidos a integrar um quadro de ‘demissão voluntária’ da empresa”.
Para
Rogério, o Governo rompeu um acordo feito com a ALMG de aproveitar estes
trabalhadores no quadro de funcionários da empresa. Segundo o deputado, a Cemig
tentou inserir os funcionários concursados no quadro das empresas
terceirizadas.“O Governo agiu com truculência, impedindo, inclusive, a entrada
da Comissão de Direitos Humanos na sede da empresa para prestar solidariedade
aos funcionários que estavam em greve”, denuncia.
Segundo
Franklin Moreira, diretor do SindiEletro-MG, o Governo de Minas age como
vampiro, retirando os lucros da Cemig. “A prioridade da Cemig atualmente
consiste no repasse de dividendos para acionistas. Em um ano foram R$4,5
bilhões”, relata.
Para Franklin é necessário o intermédio da ALMG para
que a categoria alcance suas reivindicações. Para o diretor do SindiEletro-MG,
“a Cemig age com truculência e vai se valer de um expediente de um modelo
sindical falido, que é usado para dividir os trabalhadores que impôs uma
decisão com apenas duas rodadas de negociações”. Franklin ainda aponta que a
Cemig só vai voltar a negociar as reivindicações se o sindicado aceitar a
proposta de acabar com o valor do PLL
A
presidente da Cut-MG, Beatriz Cerqueira, prestou solidariedade a greve dos
eletricitários e ressaltou a importância de ocupar as ruas. “As manifestações
de junho nos mostrou que os movimentos de rua tem muita força”. Beatriz ainda
sugere os servidores em greve acompanhem a agenda do governador, “para quebrar
algumas barreiras já pré-estabelecidas.”
NO LINK ABAIXO O VÍDEO COM A MANIFESTAÇÃO DO DEP. ROGÉRIO CORREIA: