Publicado
em 14/01/2014
Campanha de
Aécio Neves
entra em colapso
Andréa sente-se desprestigiada nas decisões políticas e afasta-se com
a falsa justificativa de que irá cuidar de sua irmã Ângela, internada
no RJ
O que parecia sob controle vem há mais de uma semana desmontando-se,
como consequência da insistência de Andréa Neves em manter o controle absoluto
sobre as estratégias e decisões da sucessão mineira e nacional na qual seu
irmão Aécio é um dos postulantes.
Desde o final do ano passado, todos os desentendimentos e mudanças
repentinas de Aécio e Andréa Neves foram atribuídos ao estado de saúde de sua
irmã Ângela Neves da Cunha. Assim como, a justificativa apresentada por Andréa
para afastar-se da cena política: “cuidar de sua irmã que se encontrava
internada no Hospital Barra D'Or, no Rio de Janeiro”
Ocorre
que Ângela Neves da Cunha permaneceu internada apenas até o dia 21 de dezembro
de 2013, ocasião em que teve alta, segundo o corpo clínico do hospital, “devido
sua melhora”. Ou seja, quase duas semanas depois, de sua alta, sua internação
foi apresentada como justificativa para a saída de Andréa do Servas e da cena
política.
Este fato
confirmou a suspeita da existência de uma gigantesca crise entre os coordenadores
da campanha de Aécio Neves, que culminou com a saída de seu marqueteiro, por
desavenças com Andréa, crise esta que se entendeu ao processo sucessório para o
governo de Minas.
Segundo
assessores próximos: Tudo em função da exigência de Andréa em se manter no
comando das decisões, o que conflitou com os demais coordenadores que viram
nela o maior obstáculo pra pacificação entre os grupos.
Em Minas
Gerais, a maneira de Andréa impor sua vontade em relação à sucessão, que até
agora era tolerada pela base aliada, explodiu, principalmente depois de
noticiado por Novojornal, “Andréa Neves quer ser a
tertius do PSDB ao Governo de Minas”.
Insatisfeito,
Pimenta da Veiga ameaçou abandonar a disputa ao governo de Minas, o que obrigou
Aécio a contrariar sua irmã, convocando uma reunião de emergência para informar
que Pimenta seria seu candidato.
A
insatisfação de Pimenta da Veiga, somada a falta de rumo de Anastasia e Dinis
Pinheiro, vinha trazendo insegurança à reeleição da base aliada do PSDB que já
calcula uma perda de 30% das cadeiras que ocupa na Assembléia Legislativa e 20%
da Câmara Federal.
Enquanto isto, os “Lordes de Aécio”, Nárcio Rodrigues,
Alexandre Silveira e Domingos Sávio aproveitando-se da “confusão”, estariam
celebrando alianças com candidatos até mesmo da oposição nas bases de seus
colegas do PSDB e Danilo de Castro teria se afastado para dedicar-se apenas a
reeleição de seu filho Rodrigo de Castro.
Anastasia
na última semana dera um basta ao se recusar a se candidatar ao Senado, com a
imposição colocada por Andréa, de nas eleições de 2016 sair candidato a
prefeito de Belo Horizonte, para que ela na condição de primeira suplente
assumisse sua vaga, caso não fosse à candidata ao governo de Minas
Gerais.
Junto com
Andréa saiu o denominado “Grupo Mineiro”, que esta sendo substituído por
integrantes da estrutura tradicional do PSDB, a exemplo do ex-chefe de gabinete
de FHC, Xico Graziano.
Para analistas políticos, estes fatos demonstram
que nem os aliados de Aécio Neves acreditam na viabilidade de sua candidatura,
pois sabem do artificialismo de sua liderança, criada através de pesado esquema
financeiro que patrocinou junto à mídia o culto a sua imagem.
Outros
fatos que teriam provocado a recusa de Andréa Neves em permanecer em Belo
Horizonte na condução das ações políticas foram:
O
ajuizamento de Ações Civis Públicas, por práticas de improbidade administrativa
com pedido de bloqueio dos bens de seus principais “aliados”, nas áreas da
fazenda, saúde, e cultura, com o recado de familiares dos processados de que
não afundariam sozinhos.
O mal
estar causado após comprovado o seu envolvimento na compra do Jornal “Hoje em
Dia”, sacrificando o seu concorrente “Estado de Minas”, considerado “amigo de
primeira hora”, no momento em que o mesmo encontra-se atravessando pesada
crise.
O
eminente ajuizamento de Ações Civis Públicas contra ela por envolvimento e
manipulação na distribuição da verba de publicidade do Governo de Minas, fato
noticiado por Novojornal em Janeiro de 2013: “Andréa Neves: A Dama de R$ 2
Bilhões de Reais”.
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