25 de fevereiro de 2014
Gleisi rebate
críticas de FHC
sobre a
condução da economia
pelo PT
Ex-ministra da Casa Civil subiu na tribuna do Senado para rebater
críticas de tucano durante as comemorações de 20 anos do Plano Real
Débora Álvares - Agência Estado
Brasília - A senadora e ex-ministra da Casa Civil da
Presidência da República Gleisi Hoffmann (PT-PR) subiu nesta terça-feira, 24,
mais uma vez à tribuna do Senado para defender o governo. Ela revidou
declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que, em pronunciamento
na solenidade que comemorou os 20 anos do Plano Real, atacou a condução da
economia durante os governo Lula e Dilma.
FHC disse
ter procurado Lula para pedir apoio à instalação do Plano Real, o que teria
sido negado pelo petista. "Não cabe à oposição, ou não cabe à situação, a
um governo, solicitar apoio à oposição para os seus planos, para os seus
projetos, para as suas ações", destacou a ex-ministra. À época, Fernando
Henrique era ministro da Fazenda do governo de Itamar Franco.
Gleisi
classificou a afirmação de FHC sobre Lula como uma "tentativa de
desmerecimento". "O maior apoio que o presidente Lula e que o PT
poderiam dar ao Real foi dado por eles nove anos depois, quando assumiram este
País, reafirmando os pressupostos da estabilidade macroeconômica.
A senadora
disse ainda que o ex-presidente tucano entregou o País "em condições tão
adversas como as que tinha enfrentado" quando implantou o Real.
"Coube àquela oposição, ao presidente Lula, ao PT, reconduzi-lo e garantir
a estabilidade macroeconômica brasileira".
Ela
defendeu os rumos traçados pelo governo Lula no campo econômico. "Tivemos
que aumentar o primário, sim. Tivemos de fazer ajustes nos juros para mostrar
que este País tinha condições de coordenar as suas contas".
Gleisi
aproveitou para atacar o projeto de lei de iniciativa do pré-candidato do PSDB
à presidência, o senador Aécio Neves (MG), que pretende transformar o Bolsa
Família em um programa de Estado. "Não fizemos nenhum discurso para tentar
se apropriar do plano; tão somente fizemos o que tinha de ser feito."
Em um
momento que o País corre o risco de ter a nota rebaixada pelas agências de
classificação de risco, a senadora petista destacou que o Brasil está entre
"os maiores destinos de investimentos diretos". "Resguardando
todos os pressupostos da macroeconomia, ousamos investir e fazer políticas
sociais para melhorar a vida do nosso povo".