segunda-feira, 12 de maio de 2014

DO BRASIL247:... MARCUS VINÍCIUS - - - DA BAND:... BOECHAT - - - DO SBT:... RACHEL SHEHERAZADE

6 DE MAIO DE 2014
UMA INOCENTE MORREU, SATISFEITA SHEHERAZADE?
Ministro Paulo Bernardo, não espere que outra vítima 
seja imolada pelos algozes do pensamento único. 
Ministro José Cardozo, assuma suas obrigações. 
Não deixem o Brasil sucumbir à insânia dos barões da imprensa






MARCUS VINÍCIUS

No livro “Brasil, um país do futuro” (1941), o escritor e jornalista Stefan Zweig destaca a tolerância como característica marcante dos brasileiros. Quando aqui chegou, em 1940, estava horrorizado com o nazi-facismo, que transformara a Europa em escombros e seres humanos em números tatuados no braço e remetidos aos campos de concentração. Enalteceu a mistura de raças, credos, a diversidade cultural de nosso povo. Quão espantado ficaria o intelectual austríaco se assistisse aos telejornais de nossa TV aberta e aos sites patrocinados pela mídia conservadora brasileira.
A doutrina do ódio, o apelo à violência, a disseminação da intolerância por parte dos grandes veículos de comunicação passou a ser um mantra. Nas telas do Jornal Nacional, nos comentários de Miriam Leitão, Arnaldo Jabor e Willian Waack o Brasil é uma grande m.! Não há esperança.
Um amigo, jornalista há mais de 20 anos como eu, desabafou: “o padrão Globo se rendeu ao binômio buraco de bala, buraco no asfalto”. É o jornalismo-horror, que parece ter sido feito com trilha sonora de funk-nejo. Neste tipo de noticioso o país é um lixo, os políticos não prestam. Só a revolta do povo, fazendo justiça com as próprias mãos resolve.
E foi seguindo esta trilha de ódio e perseguição que surgiu a jornalista(?) Rachel Sheheazade com seus editoriais fascistóides no SBT.  
“Justiça pelas próprias mãos”
É o que induzia a loira nos seus comentários no telejornal de Silvio Santos.
Pois Shereazade venceu. Muitos supostamente acreditaram no que dizia e foram fazendo vítimas Brasil afora.  A última foi a dona de casa Fabiane Maria de Jesus, 33.  Confundida com uma suposta sequestradora, foi morta pelos justiceiros tão reverenciados por Rachel Sheherazade .
Satisfeita Sheherazade? Serão necessárias outras vítimas como Fabiane de Jesus para os donos da mídia pararem com a insanidade? Ou o que querem mesmo é um banho de sangue? É isto que pedem quando cobrem com entusiasmo movimentos como “Não vai ter Copa” e as badernas criadas pelos Black-Blocks?
Graças à democracia, reconquistada nas jornadas cívicas do movimento Diretas Já, há muitas vozes contra o pensamento único dos veículos conservadores. As mentiras da “grande mídia” são desmentidas dia-a-dia pelo trabalho de blogueiros como Altamiro Borges, Miguel do Rosário, Conceição (Maria Frô). Ricardo Viana e os sites de Luis Nassif, Paulo Henrique Amorim.
São eles e centenas de outros, que lembram que há 50 anos o presidente João Goulart foi deposto com ajuda do Globo, Folha, Estadão, Diários Associados & outros, porque fazia reformas que ampliavam direitos dos trabalhadores. Jango foi derrubado porque criou o 13º salário, regulamentou a remessas de lucros pelas multinacionais, defendeu a Petrobrás e ousou falar em fazer a reforma agrária.
Estes mesmos jornalões e estas mesas famílias que controlam a mídia no Brasil não podem aceitar que um governo trabalhista dê certo, ou que o povo seja feliz. Por isto torcem contra a Copa e escondem que o Brasil é um dos três países que mais cresceram no mundo em 2013, ficando atrás apenas da China e da Coreia do Sul. Distorcem as manchetes. Não mostram que o país tem um dos menores índices de desemprego do mundo, ou que as obras de infraestrutura para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas de 2016 vão beneficiar milhões de brasileiros.
Os profetas do apocalipse da Globo, Band , Cultura e SBT, os monges do ódio em suas colunas na Veja, Folha, Globo, Estadão torcem contra o Brasil. Semeiam a discórdia. Insuflam raiva e ressentimento. O resultado não pode ser outro, senão ataques de fúria como o que vitimou a dona de casa em Guarujá(SP) ou a morte do cinegrafista da Band,  Santiago Idílio de Andrade, vítima de um rojão disparado por um manifestante black-block no Rio de Janeiro.
Sheherazade e seus colegas da bancada da intolerância deveriam pedir perdão à família de Fabiana de Jesus. Deveriam se desculpar perante o povo brasileiro por dizer tantas mentiras, por fazerem apologia à violência e por tentarem transformar o Brasil numa versão tropical do III Reich.
A visão de Stefan Zweig continua nítida para milhões de brasileiros que, apesar da Globo & associados, continuam a acreditar no país. Mas assim como a ascensão do nazi-facismo levou Zweig à depressão e ao suicídio, a manipulação da mídia pode comprometer o futuro da nossa nação. É preciso dar um basta. Liberdade de expressão não significa liberdade para mentir, insuflar o ódio e distorcer os fatos. O escândalo Murdoch, na Inglaterra, que levou o país de sua majestade a regulamentar a mídia, mostra que há limites para tudo.
Ministro Paulo Bernardo, não espere que outra vítima seja imolada pelos algozes do pensamento único. Ministro José Cardozo, assuma suas obrigações. Não deixem o Brasil sucumbir à insânia dos barões da imprensa. Usem suas prerrogativas. Imponham limites àqueles que não respeitam a democracia e o povo brasileiro.
Marcus Vinícius é jornalista, economista e edita o www.marcusvinicius.blog.br

 Para ler mais sobre o linchamento de Fabiane de Jesus clique aqui.

Mais sobre a morte do cinegrafista Santiago Idilio de Andrade, aqui:




Boechat manda indireta para Sheherazade

Jornal da Band 
Publicado em 05/05/2014

Boechat comenta notícia sobre a morte de uma mulher vítima
de espancamento por populares após suspeita de prática de magia negra
com crianças no Guarujá (SP).